quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PER SI(PER SI!) - etimo lexico


A Cadeira de Inquisição
de per si (per si!)
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!A Cadeira de Inquisição
de per si
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!A Cadeira de Inquisição
de per si
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!

golfo omã

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domingo, 27 de janeiro de 2013

FAUCE(FAUCE!) - dicionario etimologia lexico verbete


O pensamento com perspectiva filosofante
não  passa de um ceticismo teórico,
mas a vida
não se reduz à razão,
pois esse reducionismo empobrece
a relação humana
que é mais rica
que o Quietismo.

A filosofia enquanto crítica acerba
do conhecimento teórico
não permite que o pensamento
chegue ao ponto de fé
ou ao ponto de orvalho
face de areia
lavada pelos olhos
do outro que chora.

A fé,  que é a vida,
que é a esperança,
que salva,
que é o amor,
que é a caridade,
na acepção latina de "caritas" :
amor divino,
a fé e a razão
têm que ser equalizada
na equação
que cabe na física e na matemática
em linguagens poéticas para-glaciares,
sem a libido,
mas não no homem
e na mulher,
onde cabe o amor,
que na paixão vem destroçar
- o coração irrequieto.

A filosofia moderna
livre até no conhecimento,
e do próprio conhecimento liberta,
insurreta, sempre amotinada,
iconoclasta,
indiferente à limitação que representa a ciência,
mera encenação para gente limitada
que não tem cérebro para ato filosófico,
sabe que  o conhecimento científico,
ou da razão ("Scientia rationis")
se restringe ao teorético,
e, portanto, não contamina a prática
do homem comum
nem a práxis do sábio,
pois o fazer
casa-se com o saber
que é pura fé,
vida, amor, caridade...,
porquanto a sabedoria
é inata, ingênita,
viva na inteligência viva da criança
e morta nos adultos amortecidos,
embotados, estapafúrdios, basbaques...

Quando eu era um filósofo epicúreo

olhava com tamanho desdém,
abrangia com um olhar irônico,
sobranceiro e eivado de indiferença
todos os seres humanos.
Hoje fico a cismar
se não foi pelo meu antigo desprezo
pela torpe humanidade
que me apaixonei de verdade
e,à primeira vista me encantei,
desmensuradamente
ao deparar com a medusa
subindo as escadas
que eu então descia
e o desdém aliado à sua beleza
evocou-me o meu ar escarninho de antanho
como o escárnio(escárnio!)
apegado à minha inteligência livre e natural,
tirada ao gênio da natureza,
- ao gênio nas crianças!

Será que quando vi a medusa
o que amei foi o epicureu em mim,
observando-o nela refletido
como se fora um Narciso
em forma feminina?!

Ah! o amor!
A paixão, pacto com fogo,
esta lava
que lava a face,
a face de areia
em banho na clepsidra,
com a água da clepsidra,
que apaga a areia
e cava a face
como se fosse uma fauce(fauce!)
ou  uma cova
antes da cova a final.
Vinca-a, ao andar sobre a areia,
o tempo, este filósofo epicurista,
aqui escriba.

As faces dela e minha
na areia da ampulheta
contadas em tempo
são fauces
e foices da morte
que sega.

Quando a vi
subindo a escada
toda tesa(tesa!)
em sua beleza exuberante
fiquei embevecido, extasiado!
Só depois do choque tremendo
é que me ocorreu
que eu era assim
um deus epicúreo
com todo o direito
de desprezar o mundo
dos homens vis
e das mulheres venais
que valem os seus míseros reais,
mas não valem uma flor-de-lis,
nem um miosótis pequenino :
- gente abortada,
sem beleza e destituída de inteligência,
sem dignidade nem honra,
decrépitos, insolentes, levianos,
ineptos para o amor,
inermes vermes...

Vi-a e só então recordei-me,
caí em mim de maduro,
- que eu sou assim
igual a ela,
não similar nem semelhante,
mas igual a ela na equação,
seja no odor que exala da carne
e dos cabelos negros
ou no que mais possa ser
a quatro olhos negros na noite.

Somos um ser ( em dois!) assim
- sem perfumes, nem disfarces, nem ciúmes...
simples, porém não simplórios,
capazes de desprezar o mundo inteiro,
mas a nos amar
até a eternidade passar
e escrever o saltério e os cantares
dessa paixão de vulcão em erupção
nos céus, em rolos de pergaminho,
e na terra, onde nasce o papiro,
epicúrea medusa!

( Excerto dos "Apócrifos da Medusa" e do livro "Os  Cantos Sobranceiros do Jardim de um Deus Epicúreo")

Ficheiro:AUGUST RODIN O pensador (vista frontal).jpg
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EXCERTO DOS "APÓCRIFOS DA MEDUSA" - etimo lexico


O amor beija de verdade
com unhas e dentes
língua e saliva trocada
sem nojo
com gosto
Beija furiosamente
com todo o ser,
o corpo em frenesi
a alma em gáudio
O primeiro beijo do amor
tem toda a sede do deserto
- sede que acha sede no oásis.
O amor é oásis no deserto
e oaristos sob o ruflar das cefeidas.
Ósculo que sela o pacto
- este o selo do "pathos".
O amor é um "pathos"
que faz esquecer a renite da filosofia
e a economia da política
Aliás tudo é política
na economia humana!,
ainda o amor,
a paixão efervescente,
incipiente, incisiva, evasiva...

A paixão beija na boca com  sofreguidão,
beija bem demais!
- e sempre esganada,
sempre desesperada
como se aquele fosse
o último beijo,
o beijo de adeus!
A paixão sempre dá adeus
porque não sabe
se haverá amanhã,
se outro dia virá
com a bola do sol
e a lã caprina da noite
escura no ventre livre,
escusa que nem precisa se escusar.

Amar se aprende
ou nos pegamos amando outrem?!
Na quadra infantil
somos tão mimados,
parece que o sol cintila
dentro do nosso corpo
(e como rutila!)
que o mundo em pessoas
se volta para a criança
como se fora um rei guerreiro, tirano,
uma rainha mimosa, despótica.
Chega a puberdade
e o amor é retirado bruscamente
quando, então, o "abandonado" à indiferença
e pertinazes cobranças
se sente perdido
e se procura em outro
- que passa a ser seu sol exterior
iluminado pelo na pele
e no interior,
no plexo em brasas,
nos abraços abrasivos,
num amor de abracadabra,
com fulcro no pensamento mágico.
O adolescente ensaia o amor,
que, na maioria das vezes,
jamais chega,
ou se chega, não temos maturidade,
mesmo aos 30, 40, 50 ou mais anos,
para amar ou não sabemos mais amar,
nem ser amados.
já nos esquecemos
porque estamos casados,
acomodados, acovardados,
proibidos de amar pela moral,
a falsa moral,
pelas leis e pelos costumes
e outros estrumes
que sedimentam a hipocrisia
e amplia a solidão a dois, a três...
a quantos filhos e amigos forem
os comensais e os beberrões
a rir de suas momices toscas
com se fossem
as pessoas mais felizes do mundo
enquanto houver acepipes,
quitutes e bebidas fermentadas ou destiladas.

Amar é sinônimo de vida,
mas somos proibidos por lei
de amar e temos que amargar
um péssimo enlace matrimonial
tudo por medo de mudar,
como se não fôssemos mudando
ata a transformação da morte.
A lei e os médicos meticulosos
nos aventam a ideia esdrúxula
de que somos eternos
e que o amor dura
igual a pedra dura
ou a tez da juventude,
com os arroubos todos.
- Um teatro para marionetes,
míseros títeres
é esse amor legal,
responsável (com quem?
- se não respondem
nem corresponde o sentimento
do casal em divórcio
- sem voz
e sem razão salutar?!
Precisamos viver esse velório
por causa dos filhos,
que nos deixarão?!).

O amor é, de fato,
a economia da loucura;
por isso os velhos e jovens
e as pessoas maduras
de todas as idades,
são coagidos por lei
a desistir da amar.
O amor é proibido e coibido.
Por que se fala tanto
e em todo canto
- de amor?!
Porque é raro
e não é tolerado
- pelos invejosos
e, principalmente, pelas invejosas, frustradas.

O amor beija na boca,
mas só com esta paixão
se faz tanto,
pois se não se estiver
doudamente apaixonado
não há ósculo
nem amplexo
mas nojo, repulsa.
O amor se busca
um no olho do outro
e depois um na boca do outro...
beijo febril qual vulcão em chamas
erupção e lava ardente
e fluxo piroclástico.
Somente a paixão grega agrega
que é o mesmo amor latino, romano,
que na igreja é chama de serafim
na palavra "Caritas".
Só o amor, a paixão,
vence o asco
e beija com ternura,
embora ansiosamente,
sequioso da água
da boca do outro
ou da outra.
água para beber,
água para a vida eterna,
fonte do amor sublime
que na igreja é o amor dos serafins
que em chamas é denominado "Caritas"
e no anjo grego
se diz ágape.
( o amor não é escolhido por nós,
mas pelo corpo,
que o reconstitui das cinzas do vulcão,
levanta-o das cinzas da fênix,
das cinzas do tempo).

O amor beija
e com esse ato bizarro
vence o asco natural.
A paixão faz perder o juízo,
o siso vira cizânia
e joga sobre o corpo
cinzas de penitencia
cilício e outros instrumento de tortura
trapos cobrem o penitente...:
a paixão é a economia da loucura.

O amor empreende fuga
da colônia penal
sob a qual vivemos
sob  os nomes mais angelicais
de cultura e civilização,
fábricas de prisioneiros da responsabilidade,
que nos faz esquecer
que não somos eternos,
mas ternos seres
despojados da ternura
pelas vestes da lei.

Amar é sair de si
doar-se a outro
sem qualquer interesse
que não seja amar
e ser correspondido plenamente
até o tempo assassino
matar o amor
e os enamorados.

Eu sou um filósofo,
não um professor de filosofia,
- e um filósofo é um poeta
um homem livre
inclusive da alienação que representa;
um filósofo é às vezes
um epicureu, outras um cínico,
na acepção de escola filosófica,
um estóico, um tomista...
enfim, um homem que absorveu
todo o acervo filosófico e poético,
toda a literatura,
toda a erudição de  todos os tempos
e das várias culturas, línguas e civilizações.
o filósofo é um homem livre,
não se deixa prender nas armadilhas políticas;
um homem independente,
emancipado,
livre de si e do peso dos imbecis
e da da parvoíce deles
e de sua grei.
O filósofo , que nem se admite filósofo,
porquanto não faz da filosofia profissão de fé
e está cônscio da alienação
que é o papel teatral, cômico,
do professor de filosofia,
que assume ares de filósofos
para os pobres efebos.
Um filósofo faz da filosofia
um cepticismo teórico do conhecimento,
consonante Nietzsche,
mas nunca um ceticismo prático
dos porões onde estão presos os bobalhões,
dos histriões que pensam ter poder :
reis, governadores, catedráticos, escritores...
- porque um ceticismo prático não existe,
o homem é mais complexo que o filósofo,
que o poeta , o monge, o político...
de que todos os atores do ser humano
representando a peça teatral na moda do tempo
ou o texto em contexto.
O cepticismo é teorético,
pois na realidade intrincada e rica
do ser humano vivo,
atarefado atravessando o rio caudaloso da vida,
distraído e inquieto com esta travessia,
preciso da fé,
- da fé no amor  reciprocado
em eco na garganta profunda,
de onde se grita
- por ela,
a medusa, neste instante,
longe fisicamente,
mas quão próxima mentalmente,
nas mensagens que vem
e ondas eletromagnética no ar,
dispersas ( em Persas!),
comunicando-se comigo
e eu com ela
de átomo em átomo,
batendo o tambor atômico
que a tecnologia ainda não descobriu
na psiquê humana
e quiçá animal.
Alias, a fé é a profissão de fé do poeta,
do profeta e do sacerdote,
do místico sublime,
do asceta e do monge,
de cada uma das alienações do homem
e da mulher!
cada um de seu lado
e com seu interesse político
( tudo é política
na economia humana!)

O amor beija
com duas línguas de fogo
ou em fogo no serafim :
a paixão, que beija em grego
e o ósculo do amor em latim.

Amar é agir como se o tempo não existisse;
é como se não fôssemos jamais
destruir nossas faces de areia
ao levá-la à água doce
e lavá-la com a água
que mensura o tempo na clepsidra
ou na ampulheta
que vai contando o tempo
em areia da face
que passa pelo rio da vida,
arroio que rói.

Desmanche de faces
não conta no nebuloso
Relógio de Areia
em Nebulosa no céu.
Quão nebulosa é ela!...

Oh! o amor à amada medusa,
musa!
- dura setecentos anos
escrito em poemas no cálcio dos ossos
- de um Matusalém.
( O amor é outro Matusalém
que vai além
- do mal e do bem!,
do pobre e restrito,
tímido, maniqueísmo no pensar :
a  máquina maniquéia de pensar).

( Sou, de certa forma, incréu,
não creio em nada
de modo absoluto,
nem tampouco na "ditadura do relativismo",
consoante diz o Papa Bento XVI,
mas, sem ser quixotesco,
entrego-te a minha vida,
- a ti que és a medusa!

- de dar medo!).
(Excerto dos "Apócrifos da Medusa").
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

MOCHO(MOCHO!) - enciclopedia dicionario wikdicionario



Em menino, as moças,
mormente minha prima distante,
Maria Helena,
era uma anã marrom da classe y,
conquanto não fosse ela de baixa estatura
e crescesse em vanidade.
Não obstante, desprezava-a eu
por me parecer volúvel
e apaixonar-se frequentemente
por rapazes feios e imbecis.
( Como se o mundo contivesse
um contingente melhor de gente!
o mundo no zoológico social
é mais ou menos assim
(uma comédia dantesca,
se não a "Commedia dell'Arte" ) :
Adultos boçais, burlescos,
velhos caindo de ridículos
e tantas populações de idiotas
- horripilantes anti-deuses gregos,
anti-heróis da tragédia,
- do poema trágico
que é o canto da vida
em pura poesia
de sublime esteta,
do poeta trágico
dissecando a anatomia da morte
no ser humano vivo
- o herói, o deus apaixonado!
Que este é o homem,
"Ecce Homo"!
e não o cômico pateta,
"patético", histriônico,
fantasiada com capa e máscara
a velar sua mendacidade,
sua miséria de corpo presente
e espírito ausente.
( Vê-se que comecei a observar os papalvos
ainda em tenra idade).

Aquela Helena desvalida, inane,
que não era de Tróia,
nem valia (avalia!...)
uma guerra de Tróia,
( dos meus ciúmes infantis?!)
fez-me ver as mulheres
com maus-olhos
ou com tapa-olho para pirata
no curso de um lapso de tempo tampão.
Olhar temporão, extemporâneo...

Depois conheci algumas mulheres
nebulosas e frias, álgidas
como ( não como!)  a Nebulosa do Bumerangue
que não chega a rasgar as trevas
do céu em noturno de Chopin ao piano.

Arquitetei algumas mulheres
dentro de minha aldeia mental,
a aldeia congelada em minha imaginação,
para onde podia fugir,
um escapismo do mundo cão :
- Canis Major e Canis Minor
no céu que é um bando de anum
e noite de morcego cego,
 coruja no coruchéu
e mocho(mocho!) no campanário
da igreja de Santa Maria Novella,
onde imaginei um organista virtuose
que escrevera um opúsculo obscuro,
"quase"-apócrifo, "meio"-canônico,
tudo em ficção de interlúdio.

Das mulheres arquitetadas por mim,
talhadas por Fídias e Pigmalião,
pintadas por Modigliani e Picasso,
que adoravam pintar
e amar mulheres azuis-Picasso
e de um furta-cor-Modigliani,
- dessas belas senhoras
 uma empreendeu uma fuga da minha aldeia,
atravessou o fosso que a separava do mundo
e veio parar na Medusa de Bernini,
mas logo que me viu
ganhou vida,
saiu, fugiu da prisão do mármore,
que prendia-a à estátua,
e de mulher de pedra,
qual é a maioria,
maioris ou não maoris,
os maiorais nativos da Nova Zelândia.

Depois da fuga
ela pôs víboras
em suas madeixas negras,
a fim de se defender
da maioria em assembléia,
a maioria não-maori,
- e tomou conta de minha alma,
graças à sua virtude,
graças, Medusa bela,
à sua fortaleza de caráter!
( Eu que não sou nenhum pastor,
mas o pastor apaixonado sou!...).

Ela nasceu dentro de mim,
na aldeia abandonada à imaginação do arquiteto
e engenheiro  de estruturas poéticas,
- nutriu-se do líquido amniótico
 do meu sonho,
que gestou uma mulher,
depois fugiu num veleiro brigue,
com vento à bolina,
cresceu e multiplicou-se
em duas filhas
e agora que a encontrei
quero por-me dentro dela
- num filho,
que serei eu, dentro dela,
em parte e pacto de sangue com ela.
Eterna aliança. 


( Excerto do livro "O Opúsculo do Organista Imaginário da Capela Gótica de Sainte-Chapelle")

 
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

CODINOME(CODINOME!) - etimo wikdicionario dicionario


No Livro da Medusa
está escrito por mim
que minh'amada
é uma Medusa:
mulher, mito e animal
e, evidentemente, vegetal,
porquanto é o sistema do vegetal,
dito vegetativo,
que há em todo animal,
que mantém os seres vivos
vivos.
(Aloe "Medusa",
aloe medusa!).

Água-viva é minh'amada Medusa:
um ser para mar
e muito amar...
- a maré...:
 baixa-mar!
preamar! :
sobe-mar!
- dos Sargaços!
Eis as ordens dos minoritas!

Lua e mar,
mar e lua,
a se mirar
na amplidão
do coração que cora no mar,
pois o luar
vem amar o mar
ao mergulhar
com corpo de mergulhão
e, destarte, amar o mar
enquanto lua,
na palavra para fêmea
e mar,
na fonética e grafia para macho,
no encontro macho e fêmea
criado pelo Criador incriado,
ingênito,
unigênito em Jesus Cristo :
o homem e o Deus
concebido pela imaculada.

( O flerte do mar
e da lua
constituem elementos de tragédia
na paixão e suicídio
da louca Ismália
no poema trágico
de Aphonsus de Guimarães,
um pobre, rico Aphonsus!
cheios de responsos
nos sinos que bimbalham
na paixão Segundo o pobre Alphonsus,
em magoados responsos.
Traria  Ismália,
em seu seio virginal(?),
todo o "Setenário das Dores de Nossa Senhora",
em "Câmara Ardente"
de uma "Dona Mística"
na espécie "extante" de Adélia Prado...:
outra "Dona Doida",
na poesia que envolve em anelo
uma economia da loucura:
"Encomium Moriae".
( P.S. : Em função desta economia,
sempre política,
que nos massacra a todos,
o codinome(codinome!) medusa...
para dizer,
em indústria de silêncio
a laborar de rocio a rocio
sem ouvintes impertinentes,
- para ousar expressar
 o quanto a amo,
do "quantum" deste amor
há em meu peito arfante,
e tentar, assim,
debuxar, bosquejar,
delinear, esboçar,
uma descrição
com discrição...
com licença
- poética
sua, madame,
minha dama!)).

Minh'amada medusa
nada no mito e no mar,
no mar  de amar o vermelho do sangue
em hemoglobina,
compostos constituintes
do  inteligente e sábio
sistema nervoso vegetal,
que em mim têm regência,
pois é o que me faz vegetal
e, concomitantemente,
um ser vivo
para a medusa
na planta do corpo.
Aloe Medusa!
Aloe maculata,
aloe saponaria,
aloe umbellata,
aloe perfoliata,
aloe latifolia,
aloe leptophylla,
aloe brevifolia,
aloe brevioribus,
aloe prolifera,
aloe ciliaris,
aloe variegata...

Medusa

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