sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

BURGUESA, BURGUESA! - verbete glossario lexicografia


Mister não há 
de alguém em sã consciência
escrever nada;
nem uma linha do lacertídeo,
o escriba das paredes,
carece das marcas
em forma de sinais
que emergem a cabeça em signos
quando o homem
pões os dedos no lápis
a desenhar símbolos, 
esculpir figuras na geometria
descrevendo em parábolas cartesianas
sua rota pelas latitudes e longitudes.
Mas nada disso é necessário,
pois tudo já está escrito
pelos profetas dos tempos,
jaz nos livros iluminados
copiados pelos monges,
amanuenses medievais,
prisioneiros de mosteiros e regras,
lançados ao rol dos condenados
para servir ao sagrado,
tal qual o criminoso comum
escravo do profano,
amante do mundano,
apaixonado pelo século.
Logo, caso escreva
sujo o texto
ao apor meu nome,
que é um peixe intrujão na história,
pois o nome de quem escreveu o opúsculo,
o autor das garatujas
- não sou eu,
porém o herói
que não assinou o alfarrábio
por  desnecessário
e até leviano, fútil fazê-lo,
porquanto seria uma fraude,
fundada num  furto de propriedade intelectual,
apor nome de autor falso à obra,
que é de obra de Deus ("Opus Dei")
transmitida ao seu profeta
que não requer pseudônimo
nem qualquer outra expressão de vanidade burguesa
ou não-burguesa.
 
Apor nome
em texto alheio,
conquanto se creia
que o livro seja de sua lavra
ou de lagarta largada interna
(  o que é mais provável),
é surripiar direitos autorais
de um herói dos deuses,
um campeão de Deus
ou do próprio Senhor do Universo
pela boca de seu profeta
e a mão do escriba erudito
que remonta a estirpe de escribas
que vem detrás dos milênios
a escrever e reescrever
as Escrituras Sagradas,
como se fosse
labor de um único escriba genial
que viveu os milênios,
não na carne,
mas na alma.
 
Deixa ao galo,
longe dos gargalos
por onde bebeu o ébrio
constituir seu ensaio
em madrigal para a madrugada,
pois o galo, sim,
pavoneando-se em seus cantos
é  anjo e  mensagem
ao abrir o dilúculo
e acordar a bela Aurora
pressurosa rosa.
Deixa ao galo
a tarefa de consertar a noite
em Concerto para Madrugada, piano e Orquestra n 1
em Si bemol menor, opus 23.
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domingo, 26 de janeiro de 2014

RIBOMBA, RIBOMBA?!... lexicografia verbete glossario

Todos ou quase todos
têm seu conforto
seu Paráclito
seu santo espírito
seu médico de confiança
no qual crêem piamente
no crédito do credo
do crido crível pelo crente
que crê no incrível
mas não no incréu.
Têm seu amor,  filho ou filha,
pai, avô, tataravó...
por quem julgam ser amados Jorge
ou Jorges Amados por Amandas amadas
- amapolas no campo de amapolas
de Monet vivo
na natureza natimorta.

Eu não creio em nada
mas na penúria de solidão de ilha
sou meu traidor
arguí intrigas contra mim
em foro íntimo
e nas coortes.

O judas que vegeta comigo
vendeu-me por trinta moedas
para adquirir o Campo do Oleiro, quiçá.

O Judas que tramou contra mim
que não é de Judá
também é Iscariotes.
O Judas que me entregou com o beijo da paz
ao Caifás que caiu do céu
foi o mesmo que posteriormente
traiu Jesus no horto das Oliveiras
em Getsêmani.

Todavia ninguém me atraiçoou
perante a lei
e a Justiça.
 
Ninguém viu
nem pode enxergar
com olhos de cegos
conduzindo outros olhos cegos
ao médico que urdiu minha morte
ao advogado que logrou me furtar.


Isso ninguém viu
porque a venda da Justiça
tapava-lhes o olho
- de piratas
na caixa de biscoitos
- piraquê
vendido no mercado
de Santa Maria
em latitude onde brota,
espoca e espuma
a torrente de um rio grande
que ribomba do sul.
Ribomba?!...

Ver para quê?!...:
- Para crer?!
Deixa de ser
credor da credulidade,
homem incréu,
Judas de véu
- e grinalda.
Judas desvelado
na aletheia do Juízo :
"Aletheu"!

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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

LÁTEX,LÁTEX - glossario verbete lexicogtafia



Nada, nem o pensamento,
que é algo como o ponto
e o segmento de reta,
ou seja, quase nada
posto e contraposto
a gosto e  desgosto
da geometria,
exprime a vida no vivente,
contente ou descontente
ilumina o sentimento de vida,
a sensação de estar vivo,
o frêmito inenarrável
de partilhar de tudo
que corre no universo
aonde nada,
voa, anda , corre, medita
o corpo vivo,
cheio de um  espírito
que roda o pneu na alma
pneumática na árvore
ao escorrer em látex(látex!)
do tronco ferido da seringueira
e, posteriormente, de Charles Goodyear,
até encher de ar
ao pneu do bólido de fórmula 1
guiado pelos foles com ventos musicais
que animam piloto e automóvel
em matérias diferentes
mas com espíritos similares
aos lares de onde provêm
e vem a prover os suportes tecnológicos
entre as mãos da natureza e da cultura
que lutam em um cabo de guerra.
 Nada,  nem tudo o que o pensamento revestido,
 travestido de palavras e conceitos possa exprimir
expressa a sensação mínima de estar vivo:
a expressão, mesmo a dos maiores poetas,
filósofos e grandes escritores
e artistas que sinalizam a vida
por outros meios de simbolização e linguagens.
Nada disso chega perto da expressão da vida,
mesmo quando vivos e coevos
os autores e atores da vida
no seu berro em sintagmas
mais cálidos que magma.

Pegureiro, pegureiro,
o caminho do toureiro
sem eira nem beira
está mensurado pela jeira do campo
e pelo  lírio que ruboriza
o vale da torrente do Cédron,
por onde correu o Rei Davi,
por onde perambulou Jesus
em grande luz
antes de apagar-se na cruz
do lusco-fusco ao fogo-fátuo.

Pegureiro, pegureiro,
o caminho é ligeiro
e pisa nele a pisada
que pesa o caminhar
sem pesar de pé
de arameu errante
diáspora fora
sôbolos ribeiros de  Babilônia
por onde se achou Camões
quando em achas de vida
em combustão de paixão,
mas não nas hachuras
de uma professora que tive.

Evoco numa prece
que desce, cresce
e que diz,
ó perdiz,
perdida perdiz!,
que a força glicêmica,
motriz, matriz,
que chacoalha a vida
com o triplo de energia vital
do que a glicose é capaz
sequer de armazenar :
- Esta eufêmia é o amor :
explícita paixão
que arrebata o vulcão
e se organiza no orgasmo
que vai num átimo
da música de Buxtheude a Bach
no Órgão sagrado
onde se acha escondido em geoglifos,
mas queimando em achas de luz
para leitura dos sábios
e pastores apaixonados,
o opúsculo do organista de Sainte-Chapelle
e os ensaios em versos
com baladas,  romances, sagas e gestas
com perspectivas filosofantes
de poetas e novelistas genuínos
que foram organistas de sonhos
da Igreja de Santa Maria Novella
e a deixaram lá
em lá maior
esse frenesi de vida vibrante
cujo empuxo é o amor em flor
deixado deitado em campos de lírios amarelos
e fulvos no olhar
a que não falta ferro e fogo
retirados ao vale do ribeiro do Cédrom
e posto nos livros iluminados
dos Mosteiros da Ordem de Cister
aonde o sonho de Cristo
se retirou para dormir em paz
ao bimbalhar dos milênios.
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