domingo, 12 de abril de 2009

SÃO FRANCISCO DE ASSIS : SANTIDADE NA ITÁLIA

Odor mesclado de terra, ervas e água do pote da chuva /
designa uma divindade etérea no olfato /
contemplada na teogonia do poeta /
motor primevo da ciência /
encetando o pensamento sobre os sentidos /
depois a filosofia concebendo os objetos do saber /
e por fim a ciência cuja língua de arcanjo tem espaço e tempo nas matemáticas /
puros objetos do intelecto /
( a matemática é a poesia da ciência /
aplicada à física assim como a teogonia se aplica à constituição social ) /

Do outro lado da natureza percebida pelos sábios /
na vida social homens jogam futebol /
gritando do mesmo modo que os chimpanzés machos /
para ganhar mulheres e poder político /
Eis os donos e servos do mundo social /
que alcançam riquezas ou servem de lacaios /
enquanto o poeta contempla e transcende /
mas vive sob a gravidade de uma pobreza /
que beira ao frade de Assis descalço /
metido em seu surrão miserável /
longe do mundo dos animais humanos em suas pelejas e pendengas estúpidas /

WIKIPEDIA, LA ENCICLOPEDIA LIBRE :São Francisco de Assis nascido Giovanni Battista di Pietro Bernardone, (Assis, VerãoOutono - junho/dezembro de 1181 ou 11823 de Outubro de 1226) foi um frade católico, fundador da "Ordem dos Frades Menores", mais conhecidos como Franciscanos. Foi canonizado em 1228 pela Igreja Católica.Por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente: as igrejas católicas costumam realizar cerimônias em honra aos animais próximas à data que o celebram, dia 4 de outubro. São Francisco nasce em 1181, filho de Pietro Bernadone dei Moriconi e da nobre Pica Bourlemont, em uma família da burguesia emergente da cidade de Assis que, graças a atividades de comercio em Provenza (França), conquistou riqueza e bem estar. Sua mãe o batizou com o nome de Giovanni (apóstolo Giovanni) na igreja construída em homenagem ao padroeiro da cidade, o mártir Rufino. De toda forma o pai decide de trocar o seu nome para Francisco, inovador para aquele tempo, em honra a França, a que ele atribui o sucesso de sua atividade comercial a qual lhe trouxe fortuna.

Segundo chamado Divino

conheça o estranho, não logrou perceber figura alguma na estrada, o homem desaparecera misteriosamente.

Ano de 1206


Renúncia aos Bens Mundanos, por Giotto di Bondone

Comparece ante o Bispo Dom Guido III acusado pelo pai de furto, devolve ao genitor o que lhe pertence, até as roupas e se declara servo de Deus. Pede ao Bispo sua bênção e abandona a cidade em busca dos caminhos do Senhor. É o começo da sua vida religiosa. O Bispo vê nesse gesto o chamado do Altíssimo e se torna seu protetor pelo resto da vida.São Francisco renuncia à todos os bens que o prendiam neste mundo, veste-se como eremita e começa a restaurar a Capela de São Damião e a cuidar dos leprosos. Sofre e luta da forma mais intensa; ele, que teve de tudo, abraça a pobreza, deve primeiramente vencer-se a si mesmo, para logo pedir esmolas. Ora e trabalha incessantemente.


Igreja de São Damião, em Assis.

São Francisco dizia: "O trabalho, embora humilde e simples, confere honra e respeito e sempre será um mérito ante Nosso Senhor".

Seis anos mais tarde, a capela restaurada será o lar das Damas Pobres de Santa Clara.

Ano de 1208


A "Porciúncula".

Restaura a igreja de Sta. Maria de Anjos (porciúncula). (A pequena igreja, onde Francisco faleceu, ainda é preservada até os dias de hoje no interior da grande Basílica de Santa Maria dos Anjos. Foi nesta capela que o jovem Francisco, procurando descobrir a vontade do Senhor, escutou o Evangelho, pediu ao sacerdote que lho explicasse e, exultando de alegria, exclamou: “Isto mesmo eu quero, isto peço, isto anseio poder realizar com todo o coração”. Restaura também a igreja de São Pedro.Persuadido de que sua missão principal era a de restaurar e construir igrejas zelava ardentemente pelos lugares em que se celebravam os Santos Mistérios. Um dia, na missa de São Matias, escuta o Evangelho sobre a Missão Apostólica. Se sente tocado e passa então a caminhar pelos povoados pregando a palavra de Deus de maneira simples e passa a viver de esmolas.

Ano de 1209

Fundou em 16 de Abril de 1209, com doze discípulos, a família dos doze irmãos menores, que viria a ser conhecida como a Ordem dos Frades Menores. Os primeiros irmãos que recebe são:

  • Frei Bernardo de Quintavalle, que será mais tarde seu sucessor, homem de grande fortuna que abandona tudo para seguir São Francisco.
  • Frei Pedro Cattani, cônego e conselheiro legal de Assis, homem de esmerada cultura, instrução e dotado de grande inteligência.
  • E o irmão Leão, que será sempre e em todas as horas fiel companheiro.

Ano de 1210


"Sonho do Papa Inocêncio III", por Giotto.

Com 11 irmãos vai a Roma, levando uma breve Regra (que se perdeu). O Papa Inocêncio III admirado, ouve sua exposição do programa de vida, mas com regras tão severas fica indeciso e decide esperar para aprová-las oficilmente. Assim, aprova as regras apenas verbalmente. Conta-se que dias mais tarde, em sonhos, o Papa teve uma iluminação sobre a missão destinada por Deus à Francisco (e diz-se que este Papa foi enterrado com vestes Franciscanas).Francisco instala-se com seus irmãos em Rivotorto, perto de Assis, num rancho abandonado, próximo de um leprosário. Esta mísera residência foi a primeira casa dos irmãos Franciscanos. Tiveram lá uma vida difícil, assinalada por duras provas. Apesar do espírito de renúncia e sacrifício que deveria existir na vida de seus filhos espirituais, São Francisco pregava que um servo de Deus não podia manifestar tristeza, desânimo ou impaciência. Na alegria da vida, o Santo via a fortaleza da alma cristã, força que devia levar aos desamparados e todos àqueles que sofriam provações. Irradia a luz Franciscana para toda a Itália. São enviados missionários à todo o Continente Europeu. Em muitos lugares são maltratados e sofrem todos os tipos de dificuldades, muitas vezes não sabem falar o idioma local. São Francisco orava e trabalhava sem cessar, assistia as viúvas, às crianças famintas e a todos os excluídos, fosse no campo, nas cidades ou nos mosteiros. Orava intensamente pela conversão dos pecadores, proclamava a paz, pregando a salvação e a penitência para remissão dos pecados, resolvia conflitos, desavenças, estabelecendo sempre a harmonia em nome do Senhor. Compreendia a dorsofrimento, pelo amor a Deus. Considerava-se um pecador, o mais miserável dos homens, vivia em penitência e jejum, renunciava às todas as comodidades. Era severíssimo consigo mesmo, mas aos seus filhos espirituais não permitia que fizessem demasiada penitência nem jejum, pedia sempre que imperasse a virtude da moderação, para assim poder melhor servirem a Deus. e o

Ano de 1212


Santa Clara e as Clarissas.

Os Clunicenses de Assis cederam-lhes um pouco de terreno, a porciúncula, e os Franciscanos construíram ali as suas choças. Os Beneditinos oferecem-lhe a pequena igreja de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula, pois eram muitos os homens que atraídos pela vida de pureza do Santo, queriam ser acolhidos na Ordem. Esta seria o berço da ordem Franciscana, os frades renovam solenemente seus votos: o Santo os chama de "Frades Menores" porque sempre serão pobres e humildes. Desejava que fossem puros e livres das coisas deste mundo e tivessem o coração e a mente dominados pelo desejo de Deus.


São Francisco de Assis vestindo os trajes típicos da ordem que criou

Trabalhavam com suas próprias mãos para alcançar os meios de subsistência e só em último caso pediam ajuda a outros. Jamais deveriam possuir bens de qualquer natureza, assim não teriam correntes que os prendessem à terra. Adotaram como trajes o vestuário dos humildes: uma túnica grossa de , amarrada por uma corda na cintura, e sandálias. Suas humildes túnicasPobreza, Obediência e Castidade. A sua missão consistia em praticar e pregar simplicidade e amor a Deus e a caridade cristã. Em 1212 recolhe junto de si Clara d'Offreducci, que viria a ser conhecida como Santa Clara. Com algumas companheiras que perseguiam o mesmo ideal de simplicidade fundam neste mesmo ano a Ordem das Pobres Damas, conhecida também como Ordem Segunda Franciscana ou Ordem das Clarissas, destinada às mulheres que desejassem deixar o mundo, numa dedicação exclusiva à Deus, para uma vida de oração e de pobreza. amarradas por um simples cordão levam até hoje três nós que significam seus votos:

Ano de 1213

O Conde Orlando de Chiusi oferece a São Francisco um monte chamado Alverne, para servir de eremitério, retiro e oração. É aqui que São Francisco receberá no fim da vida os sagrados estigmas.

Ano de 1215

Faz amizade com São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores. Por ocasião do Concílio de Latrão em 1215 encontram-se em Roma, Francisco e Domingos.


São Francisco ora junto ao Papa Honorius III, por Giotto.

Ao sair de uma igreja Domingos viu Francisco, reconhecendo de imediato o homem predestinado por Deus para a restauração da Igreja Universal. Sentiram uma profunda atração e uma santa amizade uniu aquelas duas almas, que tanto bem deveriam fazer para a humanidade. Os dois receberam do Papa Inocêncio III, em Roma, no ano de 1215 a incumbência de um trabalho gigantesco para a glória de Deus e salvação das almas.

Ano de 1216

Obtém do Papa Honório III, sucessor de Inocêncio III e a pedido do próprio São Francisco uma Indulgência para a Igrejinha de Santa Maria dos Anjos. Ato bastante audacioso do Santo pois a Indulgência só era dada aos peregrinos da Terra Santa e aos Cristãos que iam às Cruzadas.

Do Ano de 1217 a 1219


São Francisco de Assis diante do Sultão, obra de Giotto.

Francisco leva o Evangelho aos povos sarracenos. Efetuam-se grandes missões ao exterior.São Francisco visita o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. Vai de navio a Marrocos, no Egito atravessa as linhas inimigas e vai ao acampamento do Sultão do Egito Melek el Kamel, guerreiro temido pela sua crueldade, que comandava as forças Muçulmanas nas Cruzadas contra os Cristãos. O Sultão fica surpreso com o audaz visitante, mantém longas conversas com ele e pede para que fique ali. São Francisco responde: "De bom grado fico se te convertes ao Cristianismo e pedes o mesmo ao teu povo". Em Damieta, São Francisco se encontra com os Cristãos que faziam parte das Cruzadas e que tinham sido derrotados pelos Muçulmanos. Cuida dos feridos, prega a palavra de Deus, levando a todos conforto espiritual. Conta-se que nessa batalha morreram 6.000 cristãos. Em Marrocos, 5 de seus missionários são mortos e decapitados, foram os primeiros mártires da família Franciscana, posteriormente, em 1481, são canonizados pelo Papa Sisto IV. Até hoje os Frades Menores encontra-se presentes em todo o Oriente, trabalhando pela Paz e a conversão. Os Frades Menores ganharam a custódia do Santo Sepulcro em Jerusalém, obra que causa admiração aos cristãos do mundo inteiro, esta conquista se deve a suas Santas Missões, orações e obras de caridade. Em sua volta do Oriente, por onde passa São Francisco estabelece a paz, converte os incrédulos e opera inúmeros milagres através da oração. Em todas as cidades lhe prestam homenagem, mas ele se mantém sempre humilde e em penitência, com uma vida cheia de amor, Bolonha instala seu primeiro hospital. Conhece Santo Antônio de Pádua, que havia sido cônego de Santo Agostinho e se tornado um Frade Menor. Mais tarde, São Francisco lhe pede numa carta que ensine Teologia aos frades mas que não se apague o espírito da oração e devoção como mandava a Regra. Na sua humildade, buscava unir-se sempre mais a Deus, desejando a confraternização de todos os seres, sem distinção de raça, credo ou cor. Ele repetia: "Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final." Pobres e ricos, poderosos e humildes, rudes e letrados entravam em grande quantidade para a Ordem. e obras. Em

Ano de 1221

Funda a Ordem Terceira, constituída por membros leigos (homens e mulheres), procurando criar um instrumento de concórdia e de bem estar social. Nesse mesmo ano é aprovada a terceira Regra, chamada de Regra Bulada (aprovada) que impera até hoje. O texto original conserva-se como relíquia no Sacro Colégio de Assis, outra cópia, com a aprovação Papal se encontra no Vaticano.

Ano de 1224


São Francisco de Assis em Extase, obra de Giotto.

São Francisco de Assis recebe os estigmas, obra de Giotto.

O Frei Elias fica sabendo em sonhos que São Francisco só terá mais dois anos de vida. Neste mesmo ano o Santo de Assis nomeia o próprio Frei Elias vigário, para suceder o Frei Pedro Cattani, falecido há pouco. São Francisco inspirado por Deus junto com o Irmão Leão, seu fiel companheiro e confessor e outros Frades retira-se ao Monte Alverne já bastante doente, preparando-se para a quaresma de oração e jejum e a festa de São Miguel Arcanjo, vive em louvor a Deus passando noites e dias inteiros em oração, só um pedaço de pão e água que o irmão Leão lhe levava. Conta-se que quando ia para o Eremitério, na longa caminhada de Assis ao monte Alverne, um pobre homem que levava Francisco em seu jumento, lastimava-se dolorosamente: "Estou morrendo de sede, se não beber água vou morrer!". O Santo compadecido e vendo o lugar tão árido, composto só de pedras e cascalho, desceu do jumento e ficou em fervorosa oração, logo disse ao homem: "Corre para trás daquela pedra, ali encontrarás água viva, que neste momento Cristo com sua força, misericórdia e poder fez nascer". No monte Alverne falou aos irmãos: "Sinto aproximar-me da morte e desejo permanecer solitário, recolher-me com Deus para lamentar meus pecados". O Frei Leão contava que muitas vezes viu São Francisco em êxtase adorando a Deus em visões celestiais. Em uma oportunidade viu que São Francisco falava diante de uma resplandecente chama, outra vez disse que viu o Santo extrair algo de seu peito para oferecer a Deus. O Frei Leão perguntou depois a São Francisco o que significava aquilo, e ele respondeu: "Meu irmão, naquela chama que viste estava Deus, o qual daquela maneira me falava, como antigamente o fez com Moisés, e entre outras coisas me pediu para lhe oferecer três coisas, e eu lhe respondi: Senhor meu, Tu sabes bem que só tenho o hábito, o cordão e uma pobre veste e ainda estas três coisas são Tuas, que posso, pois Te oferecer Senhor?" "Então Deus me disse: Procura no teu peito e oferece-me o que encontrares. Levei a mão ao coração e encontrei uma bola de ouro e a ofereci a Deus e assim fiz por três vezes, segundo Deus me ordenara! Imediatamente pude compreender que aquelas três oferendas significavam: a Santa Obediência, a Altíssima pobreza e a Esplêndida Castidade". Noutra ocasião o próprio São Francisco, ainda deslumbrado, contou a Frei Leão que viu-se cercado de inúmeros anjos, um deles tocava em delicado violino uma maravilhosa música e que se o anjo continuasse com os acordes da celeste melodia, ele certamente teria deixado a vida terrena, para participar das harmonias eternas. Na solidão em que desejou ficar o Santo também teve momentos de difíceis provações.


Tau

Nos estados contemplativos, eram-lhe revelados por Deus, não somente coisas do presente, mais também do futuro, assim como, por exemplo, as dúvidas, os secretos desejos e pensamentos dos irmãos.Frei Leão numa hora amarga quando sofria tentações, recebeu uma preciosa bênção para qualquer doença do espírito. Uma bênção assinada com um simples Tau, que representa o símbolo da cruz, o amor a Cristo, também é o signo dos que são amados por Deus, São Francisco tinha grande veneração por este símbolo e nas suas cartas assinava com ele. Tau é a transformação, o equilíbrio, o trabalho, a conversão interior que o homem deve sofrer para unir-se às coisas superiores.


Os estigmas de São Francisco de Assis, por Cimabue.

São Francisco amava tanto o Cristo crucificado que pediu ardentemente duas graças: que antes de morrer pudesse ele mesmo sentir na alma e no corpo o amor e o sofrimento da paixão. O Santo de Assis alcançou essas duas graças. Ele pode ver no céu, um Serafim todo resplandecente de luz que se lhe aproximou e então recebeu os estigmas de Cristo, transpassando-lhe os pés e as mãos. Isto se deu em 14 de Setembro de 1224.

Ano de 1225

São Francisco retorna a Sta. Maria dos Anjos, muito doente e quase cego, muitos foram os milagres realizados com seus estigmas. A corte papal envia-lhe médico para tratamento mas nada resolve. Sabendo-se próximo da morte, desde a planície lança uma bênção sobre Assis, compõe o "Cântico ao Sol" e dita seu testamento. Francisco morre, rodeado de seus Filhos Espirituais. Fez ler o Evangelho e na Última Ceia abençoa seus filhos espirituais presentes e futuros. Foi sepultado na Igreja de São Jorge na cidade de Assis.

Ano de 1228


Papa Gregório IX

A dois anos da sua morte é canonizado pelo próprio Papa Gregório IX no dia 16 de Julho de 1228, que vai a Assis. Conta-se que inicialmente o Papa Gregório IX duvidou da veracidade da chaga do lado de São Francisco. Conforme depois relatou, apareceu-lhe uma noite São Francisco e erguendo um pouco o braço direito, descobriu a ferida do lado e o Papa viu o sangue com água que saía da ferida, assim toda dúvida foi apagada.


Túmulo de São Francisco, em Assis, o altar guarda suas relíquias.

Ano de 1230

Com a construção da nova Basílica na cidade de Assis, que recebe seu nome como formas de homenagear o Santo nascido nesta cidade, suas relíquias foram transladadas para o altar deste templo sagrado. São Francisco sempre foi um grande devoto da Santíssima Virgem Maria, prestou-lhe sempre homenagem. Foram os Franciscanos os promulgadores da devoção da Imaculada Conceição. O dogma foi promulgado em 1854. A virgem Maria representava para São Francisco as portas do céu, ela lhes oferecia o diurno auxílio na senda espiritual.

Sua contribuição

Após renunciar ao mundo em 1206, Francisco fez penitência durante dois anos e lançou-se a pregar em linguagem simples e ardorosa.


"Sermão aos pássaros", pintura de Giotto

Francisco amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo tempo, que protegia animais e plantas aos quais chamava, carinhosamente, de irmãos. Para ele, também a chuva, o vento e o fogo deveriam ser reverenciados e respeitados como irmãos. São Francisco considerado o santo mais amigo dos animais, teve entretanto algumas uma citações sobre animais como se humanos fossem, inclusive exarcebando sua compreensão e paz. Certa vez disse ser um passarinho guloso, o Santo o amaldiçoou, disse que este pássaro morreu afogado, e não ouve gato, ou qualquer outro animal que o quisesse comer. Esta foi a única citação de sem sua história. Santa Clara entretanto tinha uma gata, que inclusive chamavam de Irmã Gatinha e que acompanhava as Irmãs, inclusive ao coro. Tanto que a "Irmã Gatinha" teve a honra de ser citada no processo de canonização de Santa Clara. São Francisco é respeitado por várias religiões pela sua mensagem de paz. Ficou famosa uma oração atribuída a ele que começa com os dizeres "Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz...". Embora não haja certeza de sua autoria, ela reflete mais que qualquer outra os ensinamentos e a vida desse grande homem, reconhecido como santo no mundo todo e adotado como patrono da ecologia e da paz. O Santo de Assis aceitou os percalços e as vicissitudes da vida terrena, numa demonstração de coragem e de fé inabalável, sempre aceitou tudo se colocando dentro da virtude da humildade, e de todas as graças dadas pelo Espírito Santo, nenhuma é mais preciosa do que a da renúncia. O maior dom de Deus é o da vitória sobre o amor próprio. É feliz todo aquele que suporta todos os sofrimentos por amor a Deus.


"São Francisco dá seu manto a um homem pobre", pintura de Giotto.

Em toda sua vida religiosa espalhou o amor universal, a caridade, a paz e a humildade, levando felicidade a muitas almas, quantas vezes no fim da sua vida, doente estigmatizado e quase cego visitava cidades e aldeias pregando as verdades evangélicas, atendia os pobres, os leprosos e necessitados, com seu coração cheio de santas consolações pedindo a paz, jamais dando por terminada sua missão terrena e desejando ainda servir a Deus. Nunca consumia mais que o mínimo necessário para viver e incentivava a todas as pessoas a fazerem o mesmo. Tem-se dito, que, imitando a cavalaria, Francisco também teve a sua dama, Madonna Povertà, a Senhora Pobreza, que ele serviu e cantou com grande entusiasmo. Corrigia com doces palavras, mas sabia ser enérgico quando necessário. Falava aos seus filhos espirituais para que se afastassem do orgulho, vaidade, egoísmo e avareza, que fossem sempre o exemplo da santa pobreza (como ela a chamava), humildade, caridade e trabalho. Sempre foi simples em tudo, severo consigo mesmo, mas benigno com os outros. Nos ensinamentos do Evangelho encontrava o apoio para aliviar a dor de aquelas almas que em desespero acudiam a ele, e através da sua fervorosa oração operou grandes milagres. Ele dizia: "Tudo o que faço é Nosso Senhor que me guia". Sua alma pura e cristalina aparecia aureolada de luz e ao igual que o Apóstolo Paulo repetia: "Já não vivo eu, é Cristo que vive em mim". Suas orações e meditações, constantes e prolongadas por dias e noites eram elevadas ao Ser Divino, que ele tanto amava, eram de adoração, de louvor e de ação de graças, ardentes diálogos para poder servir melhor ao Senhor, outras para pedir pelos pobres, os doentes e desamparados, ou para implorar sem cessar a Deus por seus filhos espirituais, temendo a infidelidade de uns e a deserção de outros. Conta-se que estando ante uma visão divina, dizia humildemente: "Senhor Deus, que será depois da minha morte, da tua pobre família, que por tua benignidade foi entregue a mim pecador? Quem a confortará? Quem a corrigirá? ou Quem rogará por ela? Prometeu-lhe o Senhor que seus filhos espirituais não desapareceriam da face da terra, até o fim dos tempos, grandes graças do céu receberiam os religiosos da Ordem que permanecessem na prática do bem e na pureza da Regra. Os frades Franciscanos já existem há mais de 800 anos.


São Francisco abraça Cristo na cruz (Bartolomé Murillo)

As Ordens Franciscanas

Três ordens se articulam a partir da orientação de São Francisco:

  • À Ordem primeira, dos Frades Menores, incumbia o apostolado de seguir os passos do nosso Senhor Jesus Cristo e de exemplo de obediência para a Igreja.
  • À Ordem Segunda, das Pobres Damas, cabia o sacrifício, a oração e zelar pelo amor a Deus no Claustro.
  • À Ordem Terceira, dos Irmãos da Penitência, conhecida atualmente como Ordem Franciscana Secular, destinaria a missão de reavivar nas consciências a honestidade dos costumes e os sentimentos Cristãos de paz e caridade. Esta ordem é composta por homens e mulheres leigos que buscam em seu cotidiano levar a todos estes sentimentos, almejando a perfeição de vida Cristã sem abandonar a própria família ou renunciar às suas propriedades.

"Carta aos Governantes dos Povos"


São Francisco em oraçãoEl Greco. (1580/85), quadro em óleo de

São Francisco escreveu:

  • A todos os podestás, cônsules, juizes e regentes no mundo inteiro, e a todos quantos receberem esta carta, Frei Francisco, mísero e pequenino servo no Senhor, deseja saúde e paz. Considerai e vede que "se aproxima o dia da morte"(Gn 47,29). Peço-vos, pois, com todo o respeito de que sou capaz que, no meio dos cuidados e solicitudes que tendes neste século, não esqueçais o Senhor nem vos afasteis dos seus mandamentos. Pois todos aqueles que o deixam cair no esquecimento e "se afastam dos seus mandamentos" são amaldiçoados (Sl 118,21) e serão por Ele "entregues ao esquecimento" (Ez 33,13). E quando chegar o dia da morte, "tudo o que entendiam possuir ser-lhe-á tirado" (Lc 8,18). E quanto mais sábios e poderosos houverem sido neste mundo, tanto maiopulta "tormentos padecerão no inferno" (Sb 6,7).
  • Por isso aconselho-vos encarecidamente, meus senhores, que deixeis de lado todos os cuidados e solicitudes e recebais com amor o santíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por ocasião de sua santa memória. Diante do povo que vos foi confiado, prestai ao Senhor este testemunho público de veneração: todas as tardes mandai proclamar por um pregoeiro, ou anunciai por algum sinal, que todo povo deverá render graças e louvores ao Senhor Deus Todo-Poderoso. E se não o fizerdes, sabei que havei de dar conta perante vosso Senhor Jesus Cristo no dia do juízo.
  • Os que levarem consigo este escrito e o observarem saibam que serão abençoados por Deus nosso Senhor.
  • Textos de São Francisco

    • Canticum Fratris Solis, Cântico ao Irmão Sol.
    • Prece diante da Cruz, 1205.
    • Regula non bullata, a Regra Anterior, 1221.
    • Regula bullata, a Regra Posterior, 1223.
    • Testamento, 1226.
    • Admoestações.

    Basilica de São Francisco em Canindé, Ceará.A maior Basílica Franciscana da América Latina.A noite as luzes se ascendem e o santuário fica completalmente iluminado.

    Basilica de São Francisco, em Assis.

    Romarias

    Assis é o maior centro de romaria franciscana do mundo. No Brasil, destaca-se o município cearense de Canindé onde, segundo a Prefeitura municipal, 2,5 milhões de romeiros visitam anualmente a Básilica de São Francisco. Em 2005, foi erguida em CanindéEstátua da liberdade em Nova York, medindo 46,50 meltros.). uma estátua em homenagem a São Francisco, medindo 30,25 metros de altura (A 1ª maior estátua de santo do mundo e a segunda em categoria geral, perdendo apenas para a

    Representações e homenagens

    Cinema


    São Francisco, pintado por El Greco.

    A Vida de São Francisco de Assis inspirou vários cineastas ao longo de décadas. Em 1951, na Itália, Roberto Rosselini dirigiu "Francesco, arauto de Deus", com frades franciscanos autênticos. Em 1961, Hollywood se rendeu a vida do santo em "São Francisco de Assis"/"Francis of Assis", EUA, dirigido por Michael Curtiz, com Bradford Dillman no papel do santo arauto de Assis. A mais famosa versão da trajetória do santo levada as telas do cinema veio em 1972, da Itália (em co-produção com Inglaterra), em forma de musical, e dirigida pelo conceituadíssimo Franco Zeffirelli, "Fratello Sole, Sorella Luna" ("Irmão Sol, Irmã Lua" ), que chegou a receber uma indicação para o Oscar, com Graham Faulkner interpretando o taumaturgo de Assis.A renomada cineasta Liliana Cavani dirigiu em 1989 a produção italiana "Francesco" ("Francesco - A história de São Francisco de Assis"), onde Mickey Rourke interpreta o papel do santo.

    WIKIPEDIA , LA ENCICLOPEDIA LIBRE : Referências :

    1. Animais no Altar. Frei Clarêncio Neotti, OFM - Folhinha do Sagrado Coração de Jesus 2008 - Editora Vozes - Petrópolis - RJ, referente ao dia 14 de maio
    • Frade Elias, Epistola Encyclica de Transitu Sancti Francisci, 1226.
    • Papa Gregório IX, Bulla "Mira circa nos" para a canonização de São Francisco, 19 de Julho de 1228.
    • Frade Tommaso da Celano: Vita Prima Sancti Francisci, 1228; Vita Secunda Sancti Francisci, 1246 – 1247; Tractatus de Miraculis Sancti Francisci, 1252 – 1253.
    • Frade Julian of Speyer, Vita Sancti Francisci, 1232 – 1239.
    • São Bonaventure de Bagnoregio, Legenda Maior Sancti Francisci, 1260 – 1263.
    • Ugolino da Montegiorgio, Actus Beati Francisci et sociorum eius, 1327 – 1342.
    • Fioretti di San Francesco, do final do século 14: versão italiana anônima dos Actus; é a fonte mais popular, mas por ser relativamente tardia não é considerada como o documento de maior autoridade.

    sábado, 11 de abril de 2009

    MICHEL FOUCAULT E A NAVE DOS LOUCOS

    Queria ter para mim aquela casa abandonada /
    com paredes caídas em modo de anjo /
    ervas sem pegadas de gente /
    porque casa de doido não é morada de gente /
    é um meio ambiente deixado à natureza /
    onde um arbusto em dança para aparar a chuva /
    parece contemplar a liberdade sem gente por perto /
    pois quem enlouqueceu como Ismália de Alphonsus Guimarães /
    não é mais gente /
    não é mais pessoa alguma /
    não responde mais pela sua pessoa física /
    nem por pessoa jurídica /

    Queria aquela casa de louco /
    decaído o anjo nas paredes /
    um jardim de ervas daninhas /
    um silêncio de pedra esculpida em "La Pietà " de Michelângelo /
    artista que retornou à terra cavada em cova /

    Sem nenhuma companhia /
    mas sob os cuidados da minha bem-amada sabedoria /

    WIKIPEDIA, LA ENCICLOPEDIA LIBRE : MICHEL FOUCALT :
    Michel Foucault (Poitiers, 15 de octubre de 1926 – París, 25 de junio de 1984), fue un filósofo, sociólogo e historiador francés, profesor en varias universidades francesas y americanas y de la cátedra
    Historia de los sistemas de pensamiento en el Collège de France (1970-1984). Su trabajo ha influido en las más importantes personalidades de las ciencias sociales y las humanidades.

    Paul-Michel Foucault era hijo de Paul Foucault, un cirujano que esperaba que su hijo siguiera sus pasos. Foucault eliminó 'Paul' de su nombre. Ingresó en el colegio jesuita Saint-Stanislaus, en el que destacó. Durante este periodo, Poitiers era parte de la Francia de Vichy y sería ocupada por Alemania. Después de la guerra, Foucault ingresó en la Escuela Normal Superior de París, principal entrada a una carrera académica en Francia. Allí sufrió agudas depresiones e incluso intentó suicidarse. Fue llevado a un psiquiatra, y además de su licenciatura en filosofía, también obtuvo una en psicología, de reciente creación en Francia. Se involucró en el brazo clínico de la disciplina y se centró al inicio en Ludwig Binswanger. Foucault pasó su agrégation en 1950. Como muchos normaliens, Foucault fue miembro del Partido Comunista Francés de 1950 a 1953. Su mentor Louis Althusser lo indujo a ingresar en él, si bien nunca participó activamente en su célula, y se dio de baja al conocer lo que pasaba bajo Stalin. Tras un breve período en la École Normale, enseñó psicología de 1953 a 1954 en la Universidad de Lille. En 1954 publicó su primer libro, Maladie mentale et personnalité. Pronto eligió salir de Francia: en 1954 fue delegado cultural en la Universidad de Uppsala, en Suecia. En 1958Varsovia y la Universidad de Hamburgo. Regresó a Francia en 1960 para terminar su doctorado y asumir un puesto en la Universidad de Clermont-Ferrand. Ahí conoció a Daniel Defert, con quien vivió de por vida. En 1961 obtuvo su doctorado mediante dos tesis. La 'principal' era ocupó puestos en Folie et déraison: Histoire de la folie à l'âge classique y la 'secundaria' consistía en la traducción y comentarios de Antropología desde un punto de vista pragmático de Kant. Folie et déraison fue muy bien recibida. En 1963 publicó Naissance de la Clinique , escribió un ensayo sobre Raymond Roussel y volvió a publicar su libro de 1954 (titulándolo Maladie mentale et psychologie). Cuando Defert fue enviado a Túnez para su servicio militar, Foucault consiguió un puesto en la Universidad de Túnez en 1965. En 1966 publicó Les Mots et les choses. Este libro marcó su interés por el estructuralismo, y por ello fue vinculado provisionalmente a Jacques Lacan, Claude Lévi-Strauss y Roland Barthes. Todavía estaba en Túnez cuando estallaron las revueltas del Mayo francés. En el otoño del mismo 1968 regresó a Francia y publicó L'archéologie du savoir —en respuesta a sus críticos— en 1969. Tras los eventos de mayo, el gobierno creó una nueva universidad experimental en Vincennes. Foucault encabeza su departamento de filosofía en diciembre de 1968, y reclutó a jóvenes univesitarios izquierdistas. El radicalismo de uno de ellos (Judith Miller), provocó que el ministerio retirara la acreditación al departamento. En 1970 fue elegido en el prestigioso Collège de France, para ocupar la cátedra Historia de los sistemas de pensamiento. Se involucró aún en la política, sobre todo a raíz de que su pareja, Defert, se había unido al grupo ultra-maoísta Gauche Proletarienne, con el que Foucault tuvo una relación distante. Pero ayudó a fundar el "Groupe d'Information sur les Prisons" (GIP) para ayudar a los prisioneros a hacer públicos sus reclamaciones. Ello le conduce a pensar su obra Surveiller et Punir, que narra las micro-estructuras de poder formadas en las sociedades industrializadas a partir del siglo XVIII, especialmente en las prisiones y las escuelas. En 1977, cuando una Comisión del Parlamento francés discutía una reforma del Código Penal Francés, firmó junto a Jacques Derrida y Louis Althusser, entre otros, pidiendo la anulación de algunos de los artículos de la ley para despenalizar todas las relaciones consentidas entre los adultos y los mayores de quince años (la edad de consentimiento en Francia). Creía que el sistema penal sustituía el castigo de los actos criminales por la creación de la figura de un individuo peligroso para la sociedad (sin tener en cuenta el verdadero crimen), y predijo que vendría una sociedad de peligros, en la cual la sexualidad sería una especie de peligro errante, un “fantasma”. A finales de los setenta, el activismo político en Francia decayó. Muchos de los maoistas mudaron de ideología; los llamados Nuevos Filósofos, muy conservadores, citaban a Foucault como su principal mentor, pese a no parecerse nada a él. En esta época, inició su obra monumental sobre La historia de la sexualidad, que nunca terminaría. Su primer volumen, La voluntad de saber, fue publicado en 1976. El segundo volumen, así como el tercero, aparecieron ocho años después, y sorprendieron a sus lectores por su estilo relativamente tradicional, su tema de estudio (textos clásicos griegos y latinos) y particularmente su concentración en el sujeto, un concepto que había tendido a denigrar previamente. Foucault muere en París, enfermo de SIDA en 1984. WIKIPEDIA : Algunas ideas : Desde Historia de la locura en la época clásica hasta sus libros de la inconclusa La Historia de la Sexualidad se ubican dentro de una filosofía del conocimiento que sitúa en los talleres de la historia. Sus teorías sobre el saber, el poder y el sujeto rompieron con las concepciones modernas de estos términos, por lo que es considerado un postmodernista. Aunque a Foucault no le interesaba la etiqueta, argumentando que prefería discutir la definición de 'modernidad'. Pero se le considera como tal debido a que, aunque compartía con el estructuralismo algunas líneas de pensamiento, careció siempre de la pretensión de cientificidad característica de esta corriente, recalcando el abismo que se abre entre las palabras y las cosas. Además de estos libros, se han publicado transcripciones de algunos de sus cursos dictados en el Collège de France y numerosas entrevistas. WIKIPEDIA :Foucault estudia hondamente el poder, rompiendo con las concepciones clásicas de este término. Para él, el poder no puede ser localizado en una institución, o en el Estado, está determinado por el juego de saberes que respaldan la dominación de unos individuos sobre otros al interior de estas estructuras. El poder no es considerado como algo que el individuo cede al soberano (concepción contractual jurídico-política), sino que es una relación de fuerzas, una situación estratégica en una sociedad determinada. Por lo tanto, el poder, al ser relación, está en todas partes, el sujeto está atravesado por relaciones de poder, no puede ser considerado independientemente de ellas. El poder, según dice, no sólo reprime, sino que también, produce efectos de verdad y produce saber. WIKIPEDIA : Destaca el surgimiento de un biopoder que absorbe el antiguo derecho de vida y muerte que el soberano detentaba y que pretende convertir la vida en objeto administrable por parte del poder. En este sentido, la vida regulada debe ser protegida, diversificada y expandida. Su reverso, y en cierto sentido su efecto, es que para tales efectos es necesario justamente contar con la muerte, ya sea en la forma de la pena capital, la represión política, la eugenesia, el genocidio, etc, como una posibilidad que se ejerce sobre la vida por parte del poder que se fundamenta en su cuidado. Distingue dos técnicas de biopoder que surgen en los siglos XVII y XVIII. Esta anatomopolítica se caracteriza por ser una tecnología individualizante del poder, basada en el escrutar en los individuos, sus comportamientos y su cuerpo con el fin de anatomizarlos, es decir, producir cuerpos dóciles y fragmentados. Está basada en la disciplina como instrumento de control del cuerpo social penetrando en él hasta llegar hasta sus átomos; los individuos particulares. Vigilancia, control, intensificación del rendimiento, multiplicación de capacidades, emplazamiento, utilidad, etc. Todas estas categorías aplicadas al individuo concreto constituyen una disciplina nueva. WIKIPEDIA : Tiene como objeto a poblaciones humanas, grupos de seres vivos regidos por procesos y leyes biológicas. Esta entidad biológica posee tasas conmensurables de natalidad, mortalidad, morbilidad, movilidad en los territorios, etc, que pueden usarse para controlarla en la dirección que se desee. De este modo, según la perspectiva foucaultiana, el poder se torna materialista y menos jurídico, ya que ahora debe tratar respectivamente, a través de las técnicas señaladas, con el cuerpo y la vida, el individuo y la especie. WIKIPEDIA : Desarrolló una teoría del discurso, que utilizó para problematizar instituciones como hospitales, manicomios, prisiones y escuelas. Su análisis no se centra únicamente en el aparato coercitivo y en su funcionamiento, sino en los discursos, es decir, el lenguaje de las disciplinas que definen qué es un ser humano. Se trata de los lenguajes de la burocracia, de la administración, de la medicina o del psicoanálisis; en definitiva, los lenguajes del poder —los cuales no son descriptivos sino normativos, puesto que definen y disponen— tienen el poder de excluir al individuo del cielo de la sociedad y de determinar las condiciones de su admisión en ella: capacidad jurídica, conciencia moral, formación, o disciplina. Su postura respecto a los enunciados es radical. No sólo elimina cuestiones sobre verdad, sino inclusive cuestiones de significado. En lugar de buscar el origen del significado en algún sujeto trascendental o en relación con las prácticas aceptadas, Foucault niega que el significado tenga importancia alguna en su trabajo. Su estrategia es describir en detalle cómo surgen las afirmaciones de verdad, qué fue lo que de hecho se dijo y escribió, y cómo esto encaja en la formación de los discursos. Quiere evitar toda interpretación y alejarse de los objetivos de la hermenéutica. Esta postura permite que Foucault se aleje del punto de vista antropológico y se enfoque en el papel de las prácticas discursivas. Renunciar al significado pareciera acercar a Foucault al estructuralismo. Sin embargo, él se rehúsa a examinar a las oraciones fuera de su papel en la formación discursiva y también se rehúsa a examinar posibles oraciones que podrían surgir de tal formación. De aquí surge su identidad como historiador, pues sólo le interesa describir oraciones que, de hecho, ocurrieron en la Historia. Todo el sistema y sus reglas discursivas determinan la identidad de la oración; por lo tanto, no tiene sentido distinguir las oraciones posibles de las ocurridas. Sólo las oraciones que de hecho ocurren son las que pueden ocurrir en un sistema discursivo. Así que uno debe meramente describir sistemas específicos que determinan qué tipos de oraciones pueden surgir.

    Obras

    La Historia de la locura en la época clásica fue determinante en su trayectoria, por la elección de su objeto (la sinrazón), por el lenguaje empleado (Bataille y Blanchot como fondo), por las referencias literarias (de Diderot a Artaud), por su engranaje con el giro cartesiano (Descartes fue siempre la frontera nueva del pensamiento, según señaló hasta su muerte), por tratar el problema de la normalización desde el siglo XVII y XVIII, que es el prólogo a lo que sucederá en la época contemporánea según irá exponiendo el resto de su obra hasta 1976. Como sucede con los clásicos, la bibliografía y los casos sobre los que trabajó están siendo revisados hoy, sobre todo a la luz de la publicación en curso de sus Seminarios. WIKIPEDIA : El nacimiento de la clínica, segundo trabajo importante de Foucault, fue publicado en 1963. Rastrea el desarrollo de la medicina, específicamente la institución de la clínica. El tema central es el de la observación o mirada atenta, hasta la consigna de abrir cadáveres, promovida en los años de las turbulencias revolucionarias. WIKIPEDIA : Las palabras y las cosas, publicado en 1966, empieza con una discusión de Las Meninas de Diego Velázquez, en atención a su complejo juego de miradas, ocultamientos y apariciones. De ahí desarrolla su argumento central: que todos los periodos de la historia poseen ciertas condiciones fundamentales de verdad que consituyen lo que es aceptable como, por ejemplo, el discurso científico. Y argumenta que estas condiciones de discurso cambian a través del tiempo, mediante cambios relativamente repentinos, de una episteme a otra, según el término que introduce. Es una profunda reflexión sobre el ser hablado, y la posibilidad humana de conocimiento. Es una obra capital, dentro de la significativa labor intelectual de Foucault, y puso al autor en el primer plano intelectual en la historia del pensamiento. wIKIPEDIA : La arqueología del saber, de 1969, representa su principal aventura en metodología. Lo escribió para lidiar con la percepción que se tenía de Las palabras y las cosas. Hace referencia a la filosofía analítica angloamericana, en particular a la teoría del acto discursivo. Dirige su análisis hacía la oración, la unidad básica del discurso que considera ignorada hasta ese momento. Las oraciones dependen de las condiciones en las que emergen y existen dentro del campo del discurso. No son proposiciones, ni declaraciones ni actos discursivos. En su análisis, considera los actos discursivos serios en cuanto a su análisis literal, en lugar de buscar algún significado más profundo. Es importante notar que de ninguna manera está tratando de desplazar o invalidar otras formas de analizar el discurso. WIKIPEDIA : Vigilar y castigar, de 1975, empieza con una descripción muy gráfica de la ejecución pública del regicida Damiensen 1757. Contra ésta, Foucault expone una prisión gris, 80 años después y busca entender cómo pudo ocurrir tal cambio en la forma de castigar a los convictos en un período tan corto. Estas dos formas de castigo tan contrastantes son dos ejemplos de lo que llama "tecnologías de castigo". La primera, la tecnología de castigo 'monárquica', consiste en la represión de la población mediante ejecuciones públicas y tortura. La segunda, el "castigo disciplinario", según dice, es la forma de castigo practicada hoy día; este castigo le da a los "profesionales" (psicólogos, facilitadores, guardias, etc.) poder sobre el prisionero: la duración de la estancia depende de la opinión de los profesionales. WIKIPEDIA, LA ENCICLOPEDIA LIBRE : Foucault compara la sociedad moderna con el diseño de prisiones llamadas panópticos de Bentham (nunca construidas pero tomadas en cuenta): allí, un solo guardia puede vigilar a muchos prisioneros mientras el guardia no puede ser visto. El oscuro calabozo de la pre-modernidad ha sido reemplazado por la moderna prisión brillante, pero Foucault advierte que "la visibilidad es una trampa". A través de esta óptica de vigilancia, dice, la sociedad moderna ejercita sus sistemas de control de poder y conocimiento (términos que considera tan íntimamente ligados que con frecuencia habla del concepto "poder-conocimiento"). Foucault sugiere que en todos los planos de la sociedad moderna existe un tipo de 'prisión continua', desde las cárceles de máxima seguridad, trabajadores sociales, la policía, los maestros, hasta nuestro trabajo diario y vida cotidiana. Todo está conectado mediante la vigilancia (deliberada o no) de unos seres humanos por otros, en busca de una 'normalización' generalizada. WIKIPEDIA : Hasta su muerte se publicaron tres volúmenes de la Historia de la sexualidad. El primero, La voluntad de saber, de 1976, se sitúa en los dos siglos XVIII y XIX; trata del funcionamiento de la sexualidad en relación con la emergencia del bio-poder, el "control total sobre los cuerpos vivos", es decir, todas las políticas económicas, geográficas y demográficas que establece el poder para el control social. El poder se encuentra difuso, fragmentado, deslocalizado, es ubicuo, e impregna todas las relaciones sociales. Ataca las "hipótesis represivas", la creencia común de que hemos "reprimido" nuestros impulsos sexuales desde el siglo XIX. Y propone una visión de la sexualidad como "promovido" a través de la construcción discursiva del sexo. Sin embargo, ésta supuesta libertad sexual se enfrenta continuamente al "control sobre los cuerpos vivos", y el derecho de espada, la muerte, típica de sociedades disciplinarias, ha cedido el paso a la "interiorización de la norma", mecanismos más acordes con las sociedades de control en las que vivimos. Por tanto, el autor concibe el discurso sexual y la libertad sexual "lograda" en las últimas décadas (o sencillamente deseada por aquellos que defienden la libertad) como un dispositivo falso, que pretende distraer de lo que debe ser verdaderamente objeto de lucha en nuestra sociedad: el control sobre nuestros propios cuerpos, sobre nuestros deseos y pasiones. Los volúmenes restantes, El uso de los placeres y La inquietud de sí, tratan sobre el uso del cuerpo y su moral ascética en la Antigüedad griega y romana. Un cuarto volumen, que abordaba ya la era cristiana, quedó concluido, pero sin adecuarlo a estos dos libros, por ello no ha sido publicado.

    Libros

    • Enfermedad mental y personalidad / Maladie mentale et personnalité (1954; reed. en 1962).
    • Historia de la locura en la época clásica / Histoire de la folie à l'âge classique. Folie et déraison (1961).
    • Raymond Roussel (1963).
    • El nacimiento de la clínica / Naissance de la clinique. Une archéologie du regard médical (1963).
    • Las palabras y las cosas: una arqueología de las ciencias humanas / Les mots et les choses. Une archéologie des sciences humaines (1966).
    • El pensamiento del afuera / La pensée du dehors (1966), artículo.
    • La arqueología del saber / L'archéologie du savoir (1969).
    • Siete sentencias sobre el séptimo ángel / Sept propos sur le septième ange (1970), artículo.
    • El orden del discurso / L'ordre du discours (1970), discurso inaugural en el Collège de France.
    • Esto no es una pipa' / Ceci n'est pas une pipe (1973), ensayo breve.
    • Vigilar y castigar / Surveiller et punir (1975).
    • Historia de la sexualidad, 1: La voluntad de saber / Histoire de la sexualité, 1. La volonté de savoir (1976).
    • Historia de la sexualidad, 2: El uso de los placeres / Histoire de la sexualité, 2. L’usage des plaisirs (1984).
    • Historia de la sexualidad, 3: La inquietud de sí / Histoire de la sexualité, 3. Le souci de soi (1984).
    • Dits et écrits (1994), 4 vols., recopilación de todos sus artículos y entrevistas.
    • Cours au Collège de France (1997 y ss.), serán 13 volúmenes fundamentales para entender su pensamiento. Publicados por GAllimard-Seuil, son:
      • La volonté de savoir
      • Théories et institutions pénales
      • La société punitive
      • Le pouvoir psychiatrique, 2003 (tr. Akal, 2005)
      • Les anormaux, 1999 (Akal, 2001)
      • «Il faut défendre la société», 1997 (Akal, 2003)
      • Sécurité, territoire, population, 2004 (Akal, 2008)
      • Naissance de la biopolitique, 2004
      • Du gouvernement des vivants
      • Subjectivité et vérité; L’herméutique du sujet, 2001 (Akal, 2005)
      • Le gouvernement de soi et des autres, 2008
      • Le courage de la vérité. (Le Gouvernement de soi et des autres, Il), 2009.

    Enlaces externos

    Wikiquote

    Fuentes

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      WIKIPEDIA : Alphonsus Henrique de Guimaraens (Ouro Preto, 24 de julho de 1870Mariana, 15 de julho de 1921) foi um escritor brasileiro. WIKIPEDIA : A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidadade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo. WIKIPEDIA : Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina que é considerada um anjo, ou um ser celestial, por isso, Alphonsus de Guimaraens é neo-romântico e simbolista ao mesmo tempo, já que essas duas escolas possuem características semelhantes. WIKIPEDIA : Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".Sua poesia é quase toda voltada para o tema da Morte da Mulher amada. Embora prefirisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior( terminado em sete sílabas métticas). WIKIPEEDIA : BIOGRAFIA : Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinha do poeta Bernardo de Guimarães. WIKIPEDIA : Matriculou-se em 1887 no curso de engenharia. Um fato marcante em sua vida foi a perda prematura da prima e noiva Constança, e a morte da moça abalou-o moralmente e fisicamente.Foi, em 1891, para São Paulo, onde matricula-se no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltou a Minas Gerais e formou-se em direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e freqüentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, no ano de 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista.

    Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juizes-substituto foram suprimidos pelo governo do estado, consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de Juiz, fato que o levou a graves dificuldades financeiras.

    Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens , Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana (cidade vizinha a Ouro Preto) cargo que exerceria pelo resto de sua vida pacata. Em 1909, é eleito membro da Acadêmia Mineira de Letras, ocupando a cadeira n° 3. Viveu seus últimos anos na obscuridade ao lado de sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus e Alphonsus Guimaraens Filho. Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus 15 filhos. O apelido foi dado a ele devido ao estado de isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.

    Obras

    • Setenário das Dores de Nossa Senhora (1899, poesia)
    • Câmara Ardente (1899, poesia)
    • Dona Mística (1899, poesia)
    • Kyriale (1902, poesia)
    • Mendigos (1920, prosa)
    • Ismália (é o mais popular)

    Póstumas

    • Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923, poesia)
    • Escada de Jacó
    • Pulvis
    • Salmos da noite
    • Poesias (1938).
    • Jesus eu sei que ela morreu, Viceja...