segunda-feira, 7 de julho de 2014

JUSANTE, JUSANTE - verbete glossario lexicografia

Donquixote.JPG
Após a posse dela
A pose dela
Com guedelha de estrela.
Guedelha.

 Mas quem é ela
Que não conheço
Senão na obra à Modigliani
Que pintei para a pinacoteca
Do meu Museu do Ermitão
Longe  dos  olhos-alhos do capelão
E do capitão do mato
E  capitão da  água
Sobre a corveta...?
Será ela a sereia
Que inexiste fora de minha mente
Pendente a poeta,
Pictórica sem pintar o impressionismo
Em mim um esnobismo ?
Será um consolo sem corpo?
Não  sei, não a vi fora de mim,
Mas sim fora de si,
Na massa de manobra, na manopla...,
Ó cara Amapola
com cara de Amapola!
Coroa  de  Caracala.
Cara ou coroa?
A mulher bela e virtuosa
É uma coroa,
Diadema e Cabeleira de Berenice
Que não se acabe
Cara a cara
Com Caracala.
“Caracalla”:
Titubeia, mas não diz o latim,
singelamente nomeia
o que vem da fala
que não cala.
Caracal  (“Caracal  caracal”)...

A grenha negra de Berenice
Não é  a Coma de Berenice
Com seu Diadema
A contrastar com a vela
-  vela de branco alvar
( parece que esta língua
Só dá o aceite, aquiescência
Ao alvacento do nevoeiro ou neblina
Que se inclina na clina do  eqüídeo,
Eqüestre em sudorese ao sudoeste)
Do veleiro de muito uivar
Com a bigorna a ouvir
O latir do martelo
Osso com osso,
Em encontrão,
Osso contra osso
Em contraposição.
Pelo batuque desses ossos de ofício
 do ouvido interno
Ouço a litania
Da ventania
Na velaria
Soprando as bolhas de luz
Da estrela Polar
Por onde ruma o nauta sem pauta,
Em velame de veleiro brigue
(Que brigue contra a brisa airosa!),
Velame-branco  ( “Macrosiphonia  velame”),
Em negro mar,
Mar Negro,
Ululante no lobo,
Lobo-cerval , serval africano,
Serval (“Leptailurus  serval”)...
Nem todos lupinos em alcateia
Vegetal no lúpulo
Procedimentar que são ao ras-do-chão,
Raiz - no processo da procela
Que se encapela no mar
-  Mar de Omã...
Ó mar!
Oh! Mar!
De Omã,
de Sargaços
e de piratas,
flibusteiros, bucaneiros, corsários...!
não em pirogas...
Oh! Mar de amar
A vida inteira a estrela  alfa
Diadema na Cabeleira de Berenice,
Promiscuamente próxima
Ao espaço demarcado à  Constelação  Lacerta
Ou Constelação do Lagarto, da Lagartixa,
Que lixa a parede-meia
( “meio barro, meio tijolo”)
Da casa meã ou pequenina
Tipo uma criança com seu tio-avô
A passar pelo passado do ser
Que não tem passado,
Mas apenas presente,
Porquanto é um pré-requisito do ente,
O qual é o ser manifesto
No fenômeno do ente
( “ontos”, em grego válido, o pensar
Do homem livre
E  temerário ou corajoso o suficiente
Para exercer sem par
 a função de exegeta,
pois  não vegeta sob lições e ilações alheias,
Alienadas do seu ser
Que se põe ( tese) no mundo(lugar
Imundo de homens pusilânimes,
Em sua maioria espermatozóides falhados
Mesmo no ato de fecunda  o óvulo).

Depois dela,
Que malmequer,
Com o seu ovular
A  formatar o lar
Meu mundo mudou
De  sacro para mundano,
Sem dano de dona,
Por  rasgo de  um matiz
Que empós as alvoradas
Bem-me-quer , quando quer,
Com  um pó amarelo
Que  foi  pintando-se  em alvas
Para as malvas dela
 alumiar
A lua
Que luta louca
Com vaga-lume
Em flor amarela
na lanterna
luzerna
flora amarela
Plantada em barras
Ou em levas
Que levas
Ao levante
Pós-Violeta
Letal
Que em Farol
De Alexandria
Amarelecia
Na pia noite
De escolhos
Sem escolha
Pra quem os colha
Na rota rota
Que leva a pique
O navio-fantasma
O calçado roto.
( Quem é ela : a função zeta de Riemann?
O poema “Tristesse” de Alfred de Musset?
Um Estudo em  Mi Maior de Chopin?...).

Empós a bela
mariposa amarela
De alelos genes
Sem leme
Ou manche
Que brigue à bolina
na Mancha
do manchego
A aspirar
A ser
em presença de tempo
galopante
grimpante
em andante
Cavaleiro
Andante
Foi  avante
Como nunca dantes!,
Ó Dante Milano!

Pós-ela
Posterguei o  cosmos
Que  demudou
Em cosmético
Mirante e  em mutação
na blusa amarela
que ela vestira
como se fora
bula papal
para minha leitura
exegética em amarelo  floral
exibida em terra e água
plantado  êxul da terra,
êxule de geoglifo
petroglifada
hieroglifada
transcrita
em regra prescrita,
ínsita nas águas santas
do São Francisco
rio à montante
a caminho, à jusante(jusante!)
indo e rindo
do que rio
a fio d’água
E espio
A espiã
Que me ama
Com mama
E teta
Sem treta.
Êta!

Dos  olhos dela
Em minha lapela
Capela radiante
Ficou da catedral.

Sob o sol
nos olhos dela
a cosmologia veio me transladar
em teogonia
e a demudar a cor
do meu latim
tinto
Tinte
Vinte
Vezes vinte
- com acinte,
Às vezes...
Outras vezes
Não!
- Senão vinte  vezes
Mais
Por vez
Na conta
Que se fez
Ao Multiplicai-vos
E a crescer-vos
Enquanto Floresceis
Em seis d seus rácimos
Antes de fenecer a final...

Sim,  ela
Senhora
Com o semblante
No céu
É senha
Para  cometa
Que colidiu
Coligiu
Corrigiu
 minha rota
 rota
 Roto sapato
De tanto
Andar torto
Par tonto
Por tanto
Que eu cometa
loucura
sem par
Sem pá
Sem pé
Nem cabeça
Sem PI
Nem roda de caleça
nem pó
- sem pó
Estando
extante
Sob sol
De deserto
De desertor
Do amor
extenso
de mar a mar
a amar o mar
de Omã
e abrasar
o golfo
de Omã
em golfadas
lufadas...
ó mãe!...
-  mãe de Omã!...
( Califado?
- Não : Sultanato de Omã).

Sem ti
O  “t” ou  letra “t”,
Um signo,
Fonema,
Fica sem ter
Ser
No tempo
Aberto à perspectiva
Ou prospecção
Filosofante
De Dante
Em guarda no guante
( Viandante
Dante
à sombra
Sonora
De Nietzsche
Sombrio
Sobranceiro...
Ah!  sem ti
Corresponde a sem ela
Nos correios e telégrafos
E mal ti vi,
Bem vi o bem-ti-vi
A avivar a brasa da vida
Que vibra na víbora).

Após
O tempo
O pó
Do ser
Resta
E nada temos mais
A nadar
No nada,
Narval, Nadal,
Rafael Sanzio
Em sânscrito
Escrito:
História do Istmo
Do Panamá
E da estima...
Na esgrima do poema algébrico
Em função zeta descrita (história)
Na série de Dirichlet,
Cuja forma está em equação literal.

Teria ela
No fundo
Uma função fungo
em amplexo com o alfa e o ômega?
( ENSAIO
 O POEMA É UMA EQUAÇÃO ALGÉBRICA OU A EQUAÇÃO ALGÉBRICA UM POEMA CIFRADO EM OUTRAS CIFRAS : DA LÍNGUA E  DA LINGUAGEM
A álgebra veio para substituir a matemática como linguagem instrumental. A  álgebra é uma linguagem para ler e descrever o espaço e o tempo que se movimenta e move todo o espaço. Trata-se de linguagem feita de símbolos e alguns signos de outros idiomas, como as letras da língua grega, a qual fala, canta e diz por signos, com símbolos no significado. A álgebra usa signos, mas não na função de signos, mas de símbolos universais para o espaço e o tempo : seus símbolos ou significados estão nas geometrias, que são os verdadeiros objetos de toda ciência, quando o cientista está cônscio do que pensa e não somente do que faz, como é o caso da maioria : homens alienados no engenheiro para se instrumentalizar como operadores de símbolos na forma ambulante de algoritmos, o que em nada muda a realidade pensante, mas apenas o “modus facienti”.
 O engenheiro e o matemático opera o homem instrumentado em si mesmo, com formação específica para a profissão e os símbolos que tomam o corpo dos artefatos culturais que rege a teologia, que não é um dizer, como no caso o foi a língua grega, uma das poucas, senão a única a dizer e não apenas a falar e cantar. A ciência mensura o espaço e o tempo(aceleração também é tempo) com essa linguagem-instrumento. A matemática e, tampouco a ciência, te a função ou pode dizer, o que é normal, vez que se exprimem com números que são símbolos e letras, na álgebra, que são signos que não funcione como tais, em cuja origem está a geometria ou as geometrias, porquanto a geometria não se restringe à euclidiana, tem a fractal e inúmeras outras geometrias, que são puros símbolos do espaço e do tempo que se move e movimenta o espaço, desenhando-o, sem dizê-los, porém  medindo-o fervoramente, com ânsia de crente religioso que aspira a uma verdade inventada, aventada pelos ansiolíticos.
 O dizer, falar e cantar vem da poesia e passa como dizer à filosofia, que aprimora este dizer, que é um conceituar, um definir contornos intelectuais de objetos que refogem às garras das geometrias planas ou fractais e outras tais ou não tal quais. A ciência furta um pouco do dizer à filosofia, um furto qualificado e não reconhecido jamais, as não o compreende sequer, pois não está em sua voz a força de dizer o que disse a vetusta língua grega com os geniais homens que se alienaram no poeta, no comediógrafo e no filósofo, bem como no pensador a dizê-lo de chofre e com inspiração de gênio(artista ) da voz, no canto; da palavra , na concepção ;  do desenho, nos signos e símbolos e do pensar, no dizer propriamente dito, que é algo árduo a conceituar e traduzir do grego, exceto no caso da metafísica aristotélica, que o desvela na gramática que sustenta a ontologia, o ser dito, pensado e definido, enfim e um parco mensurar co estatísticas às matemáticas menos confiáveis, fundadas na probabilidade, que não é nada, senão algo a ser provado e que será provável que aconteça.
A paixão que orienta a filosofia grega vem da poesia trágica, que a cria e realimenta, o que não coaduna com o espírito científico, mescla ou mixórdia de tentar mensurar e tatear às cegas o dizer que ostenta nos nomes co “logos” , que fazem os hesitantes biólogos, teólogos, entomologistas, etc. Ficam a meio cainho do dizer e a meia hora do mensurar matemático-algébrico, sem paixão, sem “pathos” e, logo, sem trocadilho de chocarreiro, sem pacto – nem com o diabo! Diabos!
A álgebra é um poema escrito, vedado ao canto, à fala e ao dizer, que declara e declama embevecido o amor, a paixão profunda do matemático-poeta pela amada que  está nos contornos da geometria, como formas, e no espaço interno que esses contornos fecham, que é o coração deste amor, seu conteúdo lógico-matemático, seu “logos” em mutismo, em adoração muda pela Dulcineia Del Toboso,  dama, senhora, do sempre Cavaleiro Andante Dom Quixote de La Mancha, o  cavaleiro de triste figura. Que triste figuração eles não fazem! Todavia, não o fez Dom Quixote,  o versátil versificador, mas sim Sancho Pança,o prosaico. Não o fez Max Planck...
O dizer é pertinente à filosofia, obra do filósofo : Aristóteles, “opus” da inteligência requintada, capaz de sintonia fina; a fala nada diz : espalha e aleita o burburinho da multidão que chega ao paroxismo na gritaria, alenta o boato, alimenta a conversação das mulheres e dos mercadores – de Veneza, desde Marco Pólo... – até a indústria da  propaganda, a propalar mentiras com sofismas e argumentos menos ou mais sofisticados que a sofística; do canto nasce a tragédia, alma da poesia grega, canto do bode, que é o deus Pã, o Sátiro ou o Fauno latino, menos que um deus, mais um símbolo da porção da natureza presente no homem e fora deste nos campos, savanas, animais, vegetais...
O canto é uma paixão que  canta e tange o drama, envolve o dizer filosófico com o espanto sobre os mistérios do cosmos e o caos (este último um “deus” que a ciência chama “entropia” ao contextualizar inconscientemente a divindade grega que nasce do dizer  em íngua grega, a única língua que diz, transcendendo o falar da massa bárbara  e o cantar do poeta erudito, que o que diz se encerra no âmbito religioso ou místico moderado, não  exarcerbado ). O canto não deixa de ser uma dança em outro patamar. A dança é um drama. Um grande drama canta na tragédia : o drama da morte, da sorte no mundo. Já na fala o que canta e dança é um dramalhão grotesco, pequeno e ridículo, requisitado, requestado e revisitado  amiúde pela comédia. É quase uma personagem das personagens da comédia :  a veia cômica do histrião.
Do dizer quase nada ou pouco se tem  a dizer porque ninguém sabe grego, exceto ao nível de uma criança que está aprendendo seu idioma nativo. Das leituras acuradas das traduções é que se pode apreender dos modos da língua grega ao nomear o “logos” como o veículo do dizer, algo que está subscrito na língua e não se fala, nem tampouco se canta, pois o cantar e falar grego não encontra a língua desenhada num alfabeto fonético que se correspondam , tal qual ocorre no latim ou algo assim similar. Não? Ou sim, senhores crentes eruditos, que não enxergam o desenho dos caracteres gregos e latinos e se quedam no falar e no cantar, cuja fonética é semelhante ao latim, que lha plagiou as vozes junto com a filosofia menor, que se revirou em direito e religião, duas armas bélicas para capelães de Napoleões famintos de glória. Napoleão foi  destes, quiçá, o  megalômano-mor,  a dirigir, talvez, a nau dos Insensatos.
Quantos napoleões , em numismática,  valem um Napoleão, em notoriedade?  E quanto luíses (O luís, moeda  cujo nome toma de empréstimo o nome  do rei de França ; em francês : Louis D’or ( Luís de ouro)), senhores juízes do juízo alheio, mas ineptos para julgar o próprio e simplório juízo anão?!... ( O vocábulo “numismática” cabe na boca para “dizer” a diferença e semelhança da fonética grega e latina. Em grego, numismática se escreve νόμισμα – nomisma e se fala “nomisma”; em  latim se fala e grafa “numisma”.
Disso se depreende que o alfabeto grego é, obviamente, fonético, mas não tão fonética assim para a leitura do homem cultivado sob a língua da Roma antiga, tempo do Império romano glorioso, jactante.  Nem mesmo a fala grega pode ser traduzida para o latim, língua a língua, o que nos deixa à míngua, a ver navios, fantasma; imagine o que se diz, então, na filosofia e na física grega da época do estagirita? Há um dizer que somente está escrito e não vem à tona pela voz.
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