Andei
perigosamente longe de Rita Lee(Rita Lee).
Ela, a Rita,
é uma mulher feliz(?)
Cabeça de
raiz, na raiz de erva,
Arbusto,
arvoredo...,
- Quadrática,
dentro do princípio da razão suficiente
Que, grosso
modo, ó goivo,
Diz que a
razão é suficiente para conhecer
A realidade
e a irrealidade, o ser e não-ser,
A coisa dada
pelo fenômeno e a coisa-em-si,
- kantiana
coisa, mui discutida e rechaçada.
De resto, o
resto da conta
Fica para Shopenhauer, Leibniz
E outros
engenhosos intelectuais,
Insuficientes
em suas lentes
conquanto lentes
lenientes não foram
Fora do foro
íntimo.
Rita Lee, uma “Avis rara”.
Mas aves são aves
até
avestruzes, truzes não são,
São São Paulo Extramuros,
Ainda que não se sujeitem
Às Aves
Maria em São Pedro Intramuros(?)
Ou ao “Ave Cesar” tão familiar
Aos
cortesãos de todos os tempos,
Templos,
palácios, paços, enfim,
Que acolhem
os passos dos poderosos,
Que nos
fazem baixar o cachaço,
A dura
cerviz
De quem não
serve
Senão para
ser decapitado,
Por não
estar de acordo
Com o balir
da grei,
Que agremia,
mas ao mia,
- mas que
pia, pia e é pia...
Batismal
pia, Maria Pia...
Rita irrita
Porque é das
aves que já ( e não jaz)
Discutem as
avenidas ( e discrepam!)
Com uma
liberdade temerária e rítmica
A qual já é um berro libérrimo
Líquido e
gás simultaneamente
E, na
flâmula que tremula,
Um espasmo
em latim assim
Oriundo do
dístico na écloga de Virgílio:
“‘libertas quae tamen”,
Que sai ao levante
Sem cautela
ou canja de galinha,
Sem aguardar pelo ciclo d’água
Que acabou no circo de cavalinhos
E na
expressão latina dos ladinos
E mordazes
como Juvenal
Em suas
sátiras:
“panem et circenses(ludos)”
É a forma acusativa
da expressão:
“Panis et circensis(ludi)”
Jamais dirigida aos extraterrestres (ETs),
Mas aos
extintos extantes ex-homens
Que podem
ser comprados por uma bagatela
Conquanto
tenham bom entretenimento e comida
E mimados com
mimos dados aos meninos bem-nascidos,
Em cujos versos
do poeta Manuel Bandeira,
“Nas cinzas
das horas”,
Está o
berçário e a mão-mãe que balança o berço
Para depois
pô-los em pelos
A girar no
circo-de-cavalinhos,
Na roda-gigante
dos nautas e internautas
E, por fim, expô-los ao círculo de fogo
Com um
escorpião requentado ao meio
E um serafim
na ponta do coração.
Rita Lee,
Lee, (Lili?)
- uma mulher
filósofa
Ou, se
quiser ir pelo lado
Do
porco-chauvinista,
Que já se
exprimiu supra,
E em mim, por mim, na miha voz,
- Rita
: um filósofo com pele macia
E voz
maviosa que, inbstante,
Às vezes soa
roufenha e zombeteira
Como a voz
do bêbado Verlaine
Declarando amor
ao jovem Rimbaud.
Poetas são
filósofos vegetais,
Cujo limiar
é o sistema nervoso vegetativo,
Passando pelo
simpático e o parassimpático.
( Nietzsche
era antipático:
Basta ver o
que pensa sobre a mulher
E a farmácia
da mulher : a cozinha.
Aliás, ele
nada sabia de mulher
Ou o que
pensava saber
Era mero
preconceito grosseiro).
Neste mundo
crudelíssimo
Onde os
justos mínguam na lua,
Pois para lá são deportados
Como degredados
poetas conjurados
À La Tomaz
Antônio Gonzaga
E outros
sábios eruditos menores ( que não
Atingiram a
maioridade de esteta
Como esse grande, maior que o céu aberto
Em “xadrez
de estrelas” do padre Vieira
Em seus
sermões barrocos,
Porém não ocos
Ou de santo
do pau-oco ,
Mas eivados
de pólen,
Que nutriu
aquele homem religioso
Que, sem embargo do cargo, arrostou a inquisição,
Sempre dita
santa,
Mas, na verdade, capeta à beça
Para homens
de fino faro e trato,
Opinião e coragem inabaláveis ).
Nestes tristes
trópicos
Onde os magnos poetas eruditos,
Que podem se contar nos dedos
Da
“Digitalis purperea” e Digitalis lanata”,
Em como as mulheres virtuosas
Estão em
extinção
( estão
quase todas em lendas,
Nem mais nos
mitos se encontram “extantes”
Nestes instantes “magoantes”
Em que não constam
nem em legendas )
- observo sua rota, Rita, em rota de colisão
Com a rota que se diz
E se apregoa
na TV de giz
Sempre em bis:
Bisando não
o bisonte no horizonte,
Mas a caveira,
A carcaça da
caça dada ao búteo...
Porque seu
coração tem coragem de ser puro, Rita,
E nele não
há mancha de algo que o torne roto:
Do roto que
apresta a ferida em caracteres
Como marca
indelével
Da malignidade dos homens e mulheres
Que se contam
a mais que os alvores
Em sorriso nas estrelas em céu noturno encenado,
Pois o mal
tem a sorte do veneno
E também seu
sortilégio em peçonha
Lido em
léxico e lei,
Entendido
como dialética e anti-aletheia
E,
outrossim, anda à vontade
No andar da
semiologia
Que é o
segundo homem
Ou o homem
“Segundo aquilo ou aquele que vê ou viu,
ouviu...”
Um evangelho
– e o anunciou
Como anjo,
mensageiro de alvíssaras,
Conquanto fosse
um ver sem olhos
E um estudar sem ter tudo
À sua
disposição no retábulo de cosmos
Onde pode
fazer pairar os sentidos,
Mas não pára
a Inteligência noética
Que escava a
cava e a cova
Onde por a
ova de peixe ou réptil.
O mundo é
dos criminosos,
Que o toma pela
força do gládio
E põe-se na figura do rei,
Um recorte
anti-geométrico,
Anti-geopolítico
de um usurpador
Que a tudo e
todos subjuga por lei de cimitarra
E investe sobre
a grei
Que, sob um pastor,
Aceita o
crime
Soldada à cruz
De qualquer
Jesus sem nuance
Que morreu
sem que nada avance
A não ser o
perfume com tal nome
Que dança no
ar
A dança do
ventre livre
E do ventre
preso
- com fezes
Que tornam
ferozes
Os enfezados
homens-cordeiros
E mulheres-ovelhas
Firmes em
seus balidos
De falso
Evangelho.
Jesus ainda
não veio!!!
Esperemos,
portanto, seu advento?
Ou faremos
um motim
Contra aqueles
que produzem a parusia
No dia-a-dia
dos deputados, senadores,
Governadores,
presidentes, primeiros-ministros,
Reis e
todos, enfim, que dizem nos representar,
Mas não
representam sequer a si mesmos,
Pois não
criminosos são doentes mentais
Ou tem
problemas no cérebro
E não
conseguem se dominar.
Logo, o
logartimo é este:
Não dominam
nada,
Apenas furtam,
roubam, cometem
Todos os
crimes imagináveis...
Sob as
nossas barbas babas
Com tanta
babugem
Que
proferimos sem ferir a ninguém
Que deveríamos
ferir de morte:
Os insanos
que nos dirigem os passos
E que estão
nos paços dos palácios
Em todos os
lugares do mundo...
Se não, em
quase todos!!!
Ai! Quanta tolerância têm a razão
Para suportar com benevolência
Tais filhos
corruptos,
Irmãos em um
Cristo falsificado
Pelos políticos
da religião
Que se fazem
de santos padres...
Canonizando-se
mutualmente...
Num descaramento
de dar dó deles,
- pobres diabos
que, entretanto,
Solapam-nos
a finanças no comando do estado,
Não têm a
mínima idéia do que seja a economia
( ciência
aplicada das normas,
Pelas quais
a casa é bem governada,
Assim como a
casa das abelhas...
E outros
seres menores no corpo,
Mas maiores
na maturidade
E sanidade na aplicação anti-apicultura...)
Que é o
governo da casa,
Pelo uso das
normas naturais,
Que presidem
os astros ( astronomia)
Quando a
casa tem homens e mulheres assentados no
siso
E, destarte,
possam exercer a governança
Com mais
bonança
E menos
crises fatídicas e corriqueiras
Que capitalizam
o cataclisma...
(Não digo isso,
do irmão
João Paulo II,
Que esse foi
santo em vida...,
Embora trate-se
de um homem,
O qual não
era meu próximo..
- ou era
aquele samaritano
Que Jesus
assinala em sua parábola discreta e doce,
Mais mel na doçura e textura, aroma... - que o
mel,
Que a “BebeL-
filha-de-papai” bebeu
À mão do “papai”
meu e dela;
Mais cera e
própolis que a própolis
Proposta e
posta em uma espécie de pasta
Pelas abelhas
operárias coletoras de pólen
E polinizadoras
natas;
Melhor que geléia real (Ge... : ... leia...!!!...)
A qual - dizem! – tem o poder
De fazer medrar
e viver mais tempo
Debaixo do chapéu
de sol
Aquele ou aquela abelha-mestra que a consome...
( Não
acredito que o homem se beneficie,
Como pensam
os pacóvios amantes das panacéias(panacéias),
Dessas
propriedades
Que são para
a barriga da abelha digerir
E não para
seu metabolismo
Afeito a
outros bolos e balas...ora, bolas!!!).
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