segunda-feira, 25 de junho de 2012

CENTAURO - dicionário wikcionário etimologia etimo verbete lexicografia glossário enciclopédia delta onomástica

2007KawasakiNinjaZX6R-001.jpg
A luz matinal
quase dilucular
a coar-se ( escoar )
entre os interstícios das folhas
de algumas árvores e arbustos
as quais enxuga com toalha
tecida no altiplano solar
ou platô...:
- é o primeiro respingo de manhã!
no céu em fogo
discutindo o dilúculo ainda
ao viajar na carruagem de fogo
descrita crível na toada do profeta
hebraico
aos gritos histéricos
em grande clamor
que faz tremer a terra ( terremoto! )
que o indivíduo tem assentada por dentro da alma ( sopro de oboé )
e de pedaços de espírito ( outro sopro de ventania para oboísta tocar
com sutil fôlego )
ou em barco
sem vela com vela de estrela padrão ( cefeidas )
pelos céus do Egito dos faraós
e posteriormente
ou quiçá no mesmo plano de história-mito
( desprezando a cronologia )
com o barqueiro Caronte
cobrando o óbolo ou danake
( moedas da antiga Grécia )
preço pago para o morto poder atravessar as águas do rio Estige
e do rio Aqueronte
afluente do rio Styx
oriundo do mundo dos mortos

Todavia havia a fuga pela planície dos Narcisos
( havia ou há ( e há de fato ou de direito!) ...:
ou hão-de haver
uma população "polpuda" de Narcisos perdidos nela?!... )
e o mergulho na corrente ou torrente do esquecimento
no rio Lete
que se localizava no Hades
aonde bebiam ou tocavam os mortos
a fim de olvidar a vida pregressa
( rio de vodka ou cerveja?!, esse Lethe )
ao bebericar gota a gota
em conta-gotas
até o esquecimento
antípoda da alétheia
que significa verdade ou realidade ou desvelamento
em grego vetusto
Entretanto, havia outra água clara
inodora e incolor ao espelho para narciso do lápis de cor
a qual, outrossim,
se dava de beber ( e ainda bebemo-la
em opção à vodka clara ou a cerveja amarelada )
originária do lençol d'água de outro rio subterrâneo
outro lençol freático ou aquífero
- que descendia e desce decente e mineral
do rio Mnemósine
que tudo fazia recordar
e levava o bebedor à onisciência
no desvelamento
do filósofo e dos deuses e dos poetas
criador dos deuses e anjo
que sopra a inspiração nas narinas do filósofo
em consonância com o ensinamento secreto das religiões esotéricas
que faz ouvir sem ouvidos
o toque do oboé silente e invisível
que vem de dentro do oboísta sem oboé ou melodia
- ritmo que seja!
ou não seja
na harmonia do contraponto
no caminho da fuga de José para o Egito
pelo deserto
no qual todo indivíduo se retira
por um tempo de vida eremita
pára amadurecer ou chegar ao amarelo solar
do fruto no pensamento
com gusanos como alma moventes
dançantes
que morrem quando expostos
ao fogo do sol matinal
e deixam prosperar o fruto
que será a fruta
quando levada às enzimas à boca pequena
ou grande como o deserto
(Não estaria rio Lete nos Campos Elísios,
consoante algumas versões rezavam?! )

A aurora é o primeiro fogo solar
o primeiro motor a ligar a luz
( conforme Aristóteles em frase armada há milênios na escrita )
- e a respirar luz ( um ar imaginário em Lúcifer )
como se fora  uma motocicleta Kawasaki Ninja
em grande velocidade
a sugar o ar das narinas do anjo
e encher seu motor
que se nutre e "vive" de ar
- ar que é sua alma
sua atmosfera  

Kawasaki-ZZR1400 2007TMCS.jpg
( O motor de uma motocicleta Kawasaki Ninja
é um pulmão para a vida
e um fole para a música
de sanfona
acordeão
ou instrumento de sopro ;
fagote clarinete trompa flauta
flautim ou "piccolo"
No motor e com o torque do motor
fazemos de tudo para fugir da morte
em alta velocidade
e refazendo a respiração do anjo
que é o homem a caminho
o andarilho por trilhas
A motocicleta respira o anjo
antes dele inspirar
antes dele soprar
o oboé em Lá )

O anjo não sopra seu sopro musical
para tocar a sensibilidade
através dos dedos longos em senóides
que um oboé vem a inspirar
( e posteriormente expirar
cessando o movimento da onda senoidal )
no nariz de uma motocicleta com cariz
tal qual faz com o homem
quando alienado no oboísta
na orquestra sinfônica ou filarmônica
ou no deserto de Atacama
que ataca cada um
em determinados momentos intensos )
No soprar da motocicleta veloz
se dá o contrário quadrado
quadrático
em raiz quadrado do conhecimento ( linguagem)
e enquadrado assim :
- é a motocicleta que inspira
o ar nos foles do anjo
antes do anjo ter a chance de vir-a-ser
e soprar seu oboé no motor Otto
enquanto primeiro oboísta dado no imaginário :
- um latifúndio sem fundo mental
a soprar vida em terra metálica
ou terra industrializada no metal
da fábrica da Kawasaki
com cor no matiz  verde-limão à carenagem :
é essa motocicleta que sopra a vida no nariz do anjo
que enche o pulmão
e o fole de música e vida
- que é mais que Musa ou Música!
Aqui o anjo muda a direção vetorial do sopro vital
ao soprar no anjo morto
decaído entre as folhas do outono amarelo 
um ar
que já se transformou em fumaça
- que o anjo natimorto fuma

A motocicleta vem tracionar
uma vida ao oposto
que se enceta com a morte
e é soprada pelo pistão
- novo arranjo de anjo
para banjo
com "Fiat lux"
de latim em vulgata
na faísca da ignição
que recria o universo
em colônia
numa cultura
que faz falar a técnica
- dá "logos" ( lógica) à técnica
na tecnologia
que diz o "logos"
nos verbos da língua e das matemáticas
e álgebras filosofantes
a erigir uma geometria própria
ao esquecimento de Euclides
( a geometria complexa dos arabescos 
que empreendem a saga de sabedoria 
e beleza do corão ) 
Montado sobre este cavalo-força
ou de força bruta
de elmo-capacete
cavalga  célere um cavaleiro medieval
um cavaleiro templário
um cavaleiro do apocalipse
um piloto de motocicleta
- enfim, todos em mixórdia contextual
em Dom Quixote de La Mancha!
a galopar sobre a cela do rocim!
- todos estratificados numa camada contextual da história
arqueologia
separados em estratos
mas paradoxalmente juntos
unidos em um
num ser perfeito
que carrega a história no alforge
- todos eles unidos pela intersecção  intercontextual
que os fazem muitos
e o mesmo cavaleiro
a buscar o Santo Graal
ou a Vitória alada
-(de Samotrácia!!! )
ou o que seja
que Dom Quixote buscava incessantemente
irracionalmente
- na busca de todo indivíduo
"inindividuado"
comunitário
nos cavaleiros
que se mesclam
em um ser eclético
ao gosto de Hegel e Marx 
filósofos do ecletismo sintético
da indústria do pensamento
- indústria de rouco e  ronco de silêncio 
com diálogo de violino e piano em pianíssimo
sob sono e sonho
e solitude de aranhas e moscas
em suas teias de aranhas sujas
- pesadas nos grânulos flutuantes de poeira
que a respiração dos anjos trazem
dos longos anos de vida
desses longânimos seres
feitos da mesma matéria-metafísica dos cavaleiros
que por aqui passaram
por fim no piloto de uma Kawasaki Ninja
na limonada e no limão em cor matizada

( Estes  são singelos apontamentos
para um anjo respirado
ou aspirado
interceptando o vento ( velho moinho)
antes de chegar às ventas do anjo
antes da sístole e diástole
através da respiração do motor
turbo ou turbo-compressor
- um artefato nato-cultural :
com origem no motor Otto
inspirado no amor do oboísta
que toca o oboé baixo em Dó
para o anjo quedo
junto ao outono escrito
no chão rodado pelas folhas descaídas
( o outono é o anjo decaído
face em folha amarela-letárgica )
- outono desenhado em norma para geometria ou álgebra
geoglifado-hieroglifado em signo amarelo
ao rés-do-chão com símbolo em letargia
com folhas ou flores em decomposição amarelo-letárgico
de plantas decíduas
que desceram com o anjo
para o qual sopra em silêncio sepulcral
um oboé "d'amore" em Lá
e responde
em responso
outro oboé "piccolo" em Fá...
Sopra, ó oboé barítono! :
- sopra a alma na fase outonal de Vivaldi 
também no pistão de uma Kawasaki Ninja! 
- motocicleta que passa por dentro do verde limão 
e adentra o limoeiro inteiro
tirando tinta da clorofila
via folha verde
tocada pelo violinista verde
que a pinta com dedos na cor verde do limão folheado 
em  cordas e baqueta
espargida pelo som do violino
( um Stradivarius executado por um virtuose definitivo)
mas não passa pela flor branca
que furta e barra a cor banhada no limão 
 na barra da alva 
que se levanta ao levante  
 clamando por abelhas e colibris
no feromônio posto no aroma que exala      
ao sugar todo o fôlego do anjo
que cai por terra na folha e flor amarela    
morto em trevas despedaçadas da cor do limão
ao rés-do-chão em tom fatal de outono    
numa febre amarela pendida do verde 
queda na queda 
sem pára-queda ou parapente)    

O homem em sua saga
é um cavaleiro verde-limão
montado sobre um cavalo huno
ou uma Kawasaki Ninja      
uno ao cavalo e à motocicleta
como um Huno
bárbaro
" o flagelo de Deus"
- um centauro a cavaleiro da alva
já em barras no céu azeviche  
no lusco-fusco do dilúculo 
( O homem, o uno, o Huno,
o uno com o Huno
uno com cavalo
e sendo assim uno
homem e  cavalo
no huno
é o centauro em ato
agora uno huno
com a Kawasaki Ninja
cavalo cultural
artefato da engenharia )

O cavalo vai até aonde vai seu cavaleiro
e o cavaleiro até aonde for seu cavalo
- mas seu cavalo simbólico!
o qual é mais e mais
do que o equino e o equestre natural
Ambos, equino-equestre,
ou espectro do centauro refletido
e defletido na luz
são co-partícipes da mesma saga :
- Uns a cavaleiro do apocalipse
outros pós-apocalípticos profetas
com um pé no solo
e outro no ar
descalço
                      
 Ficheiro:Kawasaki Ninja 250R 2007TMS.jpg POST SCRIPTUM : A Kawasaki ( Kawasaki Heavy industries, é uma companhia internacional, com sede em Kobe, no Japão, unidades em Minato e Tóquio, respectivamente, que fabrica equipamentos de transportes :aeronaves, navios tratores, trens, robôs, dentre outros.    
Não obstante, o que tornou a Kawasaki famosa no mundo inteiro foram as motocicletas ou motos Kawasaki, mormente a Kawasaki Ninja, cuja fama atravessou fronteiras inimagináveis, superou espectativas, conquistou o espírito humano de Alexandre, o  Grande, ou o Alexandre Magno, debruçado sobre um cavalo, o Alexandre interiorizado, o qual sobrevive intacto dentro de cada indivíduo, no anfiteatro escavado pela arqueologia e arqueólogo que cada indivíduo é, na sua alienação, ou foi um dia, sem se alienar, dentro da garrafa com o líquido amniótico do sonho ou da loucura incurável, crônica ( Alexandre, o Grande, Magno, é um monumento á paranóia, á megalomania, assim como o é o artista que há no homem, oculto no indivíduo, sob a face de um Salvador Dali, Picasso, que, outrossim é cada indivíduo humano; enfim, fora, pela via da  alienação do pensamento e da profissão ou do homem posto no mundo enquanto ser : ser de cultura, do verbo, do "logos", explorado tecnicamente pelo conceito filosófico,  desde Hegel e o excelso filósofo e pensador Karl Marx, que revolucionou ou evolucionou, a forma de pensar e de penetrar na mente humana através da fenomenologia expressa e expulsa de seu interior nos próprios atos do ser humano,  enquanto ser individuado, que anseia pela alienação de seu espírito no mundo enquanto pensamento filosófico, artístico, científico ou técnico, no caso da engenharia e das invenções que essa "técnica" ou tecnologia do pensar e do fazer  tal qual faz o engenheiro, com a linguagem ( ciência) da física pelos signos e símbolos matemáticos, do mesmo modo, ou de modo similar, ao que realiza o senhor da primeira linguagem, ou ciência, que é  poeta, em sua técnica simples e direta, que lê e, posteriormente escreve ou glifa e grafa em desenhos, esboços, conceitos para palavras e geometrias, que especulam, destarte, o homem ( primeira ciência separada da religião ou filosofia embrionária); contudo, em contraposição ou contraponto ao poeta das letras, da literatura, na engenharia a literatura leva a outros caminhos, às veredas aonde são postos os artefatos, objetos do fazer do engenheiro ( objetos do engenho) e das linguagens sociais e psicológicas, as quais grassam na antropologia, enquanto etnografia e etnologia e sociologia, bem como a psicanálise e outros instrumentos que deram ocasião ao pensamento atual, que muda completamente depois da ciência ou linguagem com a tratam Freud e Jung, cujos predecessores foram Nietzsche, Shopenhauer, com posterior desenvolvimento dado por Marx e o tronco filosófico-científico que medra na linguagem pós-marxiana, que pode ser lido e percebido na literatura dos antropologistas e outros psico-sábios ou psico-eruditos e sócio-sábios ou sócio-eruditos não envolvidos com política completamente, pois sempre se está sob  o óbolo de Cesar ( "Caesar" ) e ter que dar a César o que é dele, o que é de "César",  por força de lei e legião que se segue ao não-cumprimento da ordem legal.Contra essa força bruta, estribada no direito, contra toda essa força brutal, prescrita em lei, como um veneno, não há opção, senão pagar ou ficar entre as masmorras, cair no ostracismo, comparecer ao cadafalso ou à fogueira da inquisição dos juízes, desembargadores e ministros ;  e mais : médicos, psiquiatras, todos policiais, de branco ou de preto, pois todo estado e toda política é polícia e policial, como o queria Michel Foucault em seu pesadelo do real. O real ou realidade social é uma fábula aonde os bichos com o poder mandam e os demais obedecem, sem opção alguma, nem instinto de fuga "nem cavalo preto que fuja à galope". "Para onde"? : Não há para onde fugir do estado fundado depois da "Revolução dos Bichos", que é uma equação tão universal quanto a de Einstein, Planck ou Newton e outros cientistas cientistas
 ( pensadores da física, da "physis" ) que existiram de fato. De direito tem muitos charlatães e parlapatões e histriões dignos do riso de Demócrito, o filósofo ( pensador físico ) que ria.
A Kawasaki Ninha, conquanto tenha sido criada para abrir o sonho em potência nas almas fúteis e volúveis das multidões alvoroçadas, uma vez que a motocicleta tem a capacidade de aglutinar, amealhar emoções e individuações que os demais produtos da empresa não têm, e não tinham à época, por serem produtos sem o charme de uma moto que acaba sob o comando de qualquer indivíduo, do homem comum,o homem da rua, que a pode pilotar, caso que não se dá com o avião e outros artefatos complexos e de difícil acesso à maioria, à multidão faminta de sonhos lançados a esmo, mormente por causa das corridas e, quiçá, porque a motocicleta tem muito do cavalo, na realidade é um cavalo a vapor, por assim dizer, um cavalo, um alazão ou baio filho do homem-Jesus, objeto industrial, um equino cultural
( não-natural, mas artificial, um artefato, exceto em alguns metais pesados, terrosos e leves, tirados à mãe natureza e trabalhados, burilados pelas mãos do homem, do artesão habilidoso, requintado), por tudo isso e muito mais, este objeto, produto da mão e do cérebro humano, supurou expectativas, pois pode ser representada  imediata e presente em cada esquina ou garagem. De mais a mais,  é, outrossim,  um produto simbólico da engenhosidade do ser humano , inclusive nas corridas de moto velocidade, cujas predecessoras eram, de fato e de direito, as corridas de cavalos em hipódromos, portanto, um ente muito significativo e eivado de com sentido humano : um norte-sul , austral-boreal humano, fora do mapa-múndi, dentro do mapa-homem.
De mais a mais, na motocicleta a força motriz é mensurada por cavalos, metafóricos, alegóricos equídeos ; HP, na sigla para  a língua inglesa, no inglês, e Cavalo vapor ( CV) nas línguas neolatinas, onde a paixão parece ser maior, embora, de fato, não o seja. A paixão é sempre desmedida, sem metro ou metragem rasa.
CV, é sigla, (ou siglema?), cujo significado óbvio é Cavalo-Vapor ou Cavalo-Força, locução que une indústria ( produção de artefatos ) e natureza, posta no cavalo, ente natural ou "in natura" ( na natureza ou ao natural ), como melhor dizia ou exprimia a língua quando em latim. Esses cavalos exprimem ou mensuram a quantidade de imaginários, metafóricos, alegóricos cavalos em força, os quais dão o empuxo ao motor no automóvel, como os cavalos naturais o faziam com as carruagens, de sonhos londrinos ou de uma Londres onírica em Sherlock Holmes, personagem de Conan Doyle, carruagens luxuosas que sã os carros do primeiro tempo historial da indústria humana do transporte.
A força ninja que vem do Japão tal qual o bárbaro Huno, que veio, creio, da Ásia ou Eurásia, em outro sentido para a palavra "bárbaro", sentido desconhecido ou ignorado politicamente
 ( "no politicamente correto da época," quiçá ) conquista o mundo montado, na posição do centauro ou da constelação zodiacal do sagitário, sobre um cavalo, com arco e flecha certeira, atirando o Apocalipse da besta, de sobre a besta com o arco e a flechada precisa, fatal, letal.
O vocábulo "Huno", nome daquele célebre povo "bárbaro" e requintado, que teria sido conduzido por Átila, o huno,  teria originado a palavra para a nação húngara, estaria na onomástica de Hungria, a terra, o país, a pátria?!, ou esse pensar é  ocioso demais, como é do feitio primevo de todo pensamento, que, não obstante, do ócio criou toda a linguagem para religião, arte, ciência e  técnica na engenharia, na química, na física, na biologia, enfim, todas formas de engenharia com linguagem que encaixam-se no objeto focado, pensado, agarrado e transformado pelas mãos e mente, em dois movimentos : o matemático ou abstrato e o técnico ou manual, hoje em automação.
O ser humano se vê refletido ou enxerga seu semblante na água límpida do riacho, o qual, aqui, seria o seu artefato :  a Kawasaki Ninja, uma de suas obras-primas. O artefato do homem é seu Narciso real, não-mitológico, não mitômano, contemplado com deleite intenso, orgulho e regozijo. O narcismo é seu ato reflexo dourado ou reflexo-Freud, quando passado a passada do ato mítico para o ato mental, na psicanálise.
Outro ato fundamental na constituição da atitude humana é o símbolo e, posteriormente, o signo, que é a economia do símbolo e da imagem, ambos predecessores da linguagem que, concomitantemente, é a ciência. O símbolo separa o ato de pensar do ato de fazer : biparte atos que, "in natura", estão juntos, indissolúveis no fato, subsumidos no fato; ou seja : o símbolo cria dois atos, ao cindir o fato : o ato de direito, excludente da natureza e o fato natural, que promove a inclusão da natureza na cultura. O centauro é um paradigma desse símbolo ou da capacidade humana de simbolizar. O centauro é um símbolo, quer dizer, um ser do mundo do direito, não de fato; no mundo dos fatos estão o cavalo e o homem, separados e corpos e mente, mas jungidos no símbolo na expressão artística-mítica do centauro,um símbolo do ser do homem posto no mundo entre um animal e o homem ou entre o homem e a Kawasaki Ninja que o piloto "pilota".
O sopro do anjo é o mesmo processo simbólico : o anjo não existe de fato, mas é um ente de 'direito", ao modo de Kant, e, portanto, o sopro é o vento, com o oxigênio a propiciar a combustão do motor, que de outra forma não poderia "respirar", nem tampouco existir. Na realidade, o motor não respira como o faz o homem que, no ato de respirar participa da vida; o motor não é parte da vida, mas da queima do combustível por meio de algum comburente ; vida é inteligência independente, emancipada, e a motocicleta exprime ou imprime a inteligencia oriunda do homem, pois o motor não respira algo que lhe dá inteligencia, que é vida; o motor é, qual o anjo, símbolo de vida, porém mão vida, apenas um dos muitos símbolos do homem, assim como o é o anjo, que de mensageiro, na ficção jurídica, não passa, de fato, de uma mensagem : o anjo é uma mensagem do homem por seus artefatos diversos :  Evangelho.
Sua velocidade ( das motos em questão)  depende da cilindrada.Neste sentido são classificadas em duas categorias : motociclos e ciclomotores, conforme a cilindrada permita realizar uma maior ou menor velocidade.Trata-se de potência ou potencial, conforme o caso e o piloto que pode tirar da potência toda um potencial impensado na lacuna da engenharia, que é preenchida pela interação entre o projetista, o engenheiro, o mecânico, o piloto e também o gerente e demais membros da equipe. Uma motocicleta não é só uma moto, mas a conquista de uma equipe coesa. A coesão e a coerência é que torna a equipe poderosa ou um fracasso iminente. 
OBSERVAÇÃO : A Kawasaki, sendo uma moto ( ou mota ou motocicleta) esportiva, participa de campeonatos, tais quais : Superbike, Motocross, Rali, Supermoto, Moto GP, etc., quer sejam essas competições locais, regionais ou mundiais.
Tipos de motocicleta, quer sejam Kawasaki ou não : Bobber, Gran-turismo, Custom, Chopper, esportiva, Fun Bike, Hiper Sport, Maxi-Trail, Minimotos ou Pocketbikes, Naked, Off-road, Scootgers, Side Car,  Street, Streetfigter, Supermotard, Underbone, Wheelie.   Motocicletas representam em série o desejo de muitos, principalmente no que se refere à performance.  
Vide taxonomia, taxionomia, nomenclatura binomial, terminologia científica dicionário científico, botânica, biologia, zoologia, entomologia,lexicografia, verbete, glossário, wikcionário, dicionário, etc., bem como Kawasaki : biografia, historiografia, historiologia, história, síndrome, cidade, motocicleta, onomástica, dicionário onomástico, verbete, enciclopédia delta, dicionário wikcionário, glossário, lexicografia indústria.Este nome atua em vários, vida obra, pintor , artista espanhol, escultor, surrealismo, surrealista surrealizado.

sábado, 16 de junho de 2012

VÍSCERAS - dicionário wikcionário etimologia etimo terminologia científica enciclopédia delta anantomia verbete wik dicionário enciclopédico onomástico

Esta vida é um caminho
que não dá em lugar algum
- estrada com abrupto fim
inacabado fim na palheta
do pintor Vincent Van Gogh
que pára o caminho
antes do meio do caminho 
( dantes Dante e pós-Drummond )
meado-meada antes de finalizar
o novelo aonde e sobre o qual caminho
mas que deixa de se caminhar
solitariamente
( não solidariamente )
e fica sem peregrinar
a pervagar enquanto caminho
que prescinde de topógrafo errabundo
e até de mim 
que não sou o caminho
porém o caminhar, o caminhante
e o caminheiro em jornada
- isso quase sou a caminho 
( O caminho é outro ser 
que não anima o homem
nem passa por dentro dele
tal qual um rododendro 
ente ao levante
 O rododendro 
outro ser 
já jaz por dentro 
na estufa do símbolo e dos signos
que se arrastam em serpentes 
a serpentear riachos lassos )
Sou só o andarilho solitário
pisando a solitude nos campos
 metido em capa de biógrafo de artista
brandindo uma paraplégica ou tetraplégica biografia...:
( A biografia não repõe o ser em bioma
nem tampouco o devolve aos corvos
depois que se revolve
no pó do anjo de queixo caído
em nocaute definitivo )


Um trigal com corvos

caminho por onde caminha Vincent Van Gogh
no  ser que continua a ser
Vereda sem buritis
cujo fim nem é fim
pois termina abruptamente
fechando-se em si mesmo
numa chave de traços herméticos
numa clave de sol
que o encima
sem pé que possa alcançá-lo
caminhá-lo
sentí-lo no quilo
( Caminho que caminho 
por ínvio caminho
sem pé ou escabelo
com o cabelo da noite às espáduas
em longas madeixas cor-de-ameixas
nigérrimas
- sob a Cabeleira de Berenice
e uma Medusa desgrenhada
em bruxa ou górgona )

Um caminho pelas entranhas da pinacoteca
leva à uma igreja
que o artista em seu fetiche
ou fetichismo
abriu no espaço criado
( espaço de credo do poeta
ali em furta-cores de arco-íris de Osíris
divindade mais egiptológica
que mitológica
ou egípcia  )
na "ermida" em verde que não abre porta
e sim o sol 
o guarda-sol ( guarda-ser )
só para o verde vivaz ou mortiço
verde-primaz
em diálogo com outros colores
"Capela" torta
tortuosa
atribulada por padres
frades que sejam!
( que sejam mas que não é! 
não são na santidade do santarrão
fanfarrão parlapatão
a parlar n púlpito )
Santuário sem portal
sem portada 
sem frontão
( aonde vai uma mulher às espáduas
rumo ao anil que se aninha dentro das janelas
gravosas ou livres!?... )
Sem vão de entrada
( bizarras entranhas estranhas
patranhas, manhas artimanhas... )
empareda e presa em si
num anel
anelada
no anelo
que irrompe da arte de Vincent Van Gogh
que deu de ombros para este mundo sórdido
depredado
dilapidado pela vanidade
( hospedeira no homem )
lapidado na lápide
pelas flores-em-versos medonhos
do poeta morto-triste
- outro Maiakoviski suicida
este Vincent Van Gogh
caminho do suicídio
( Basta a basta pinacoteca do artista holandês
para compreender
que o caminho se finda
ao suicidar-se
o homem que há no caminho
que passa no caminho
que faz o caminho
com o caminhar
Que o caminho anda junto com o caminhar
e ambos e tornam pétreos de chofre
não se sabe se no meio
do caminho da mula
ou de um era geológica
ou ainda de uma lógica
que guia o poema-batel ao mar de escolhos
( o batel a bater no arrecife! 
sem Cabral
João Cabral 
ou baía Cabrália )
Caminho pedregoso
que outrossim ou outro-não
se emperra no fim
que o autor lhe outorga
Enfim, nos confins
porque fim não há
na obra do gênio meteórico
emancipada da escatologia cristã-aristotélica
patética
poética
obra de ética
e noética
do filósofo
que inspirou a alma
( soprou a alma
como uma bolha de sabão
do oboé que tocava )
- a alma dos finais felizes!
comuníssima nos filmes felizes
e desventurados de Hollywood
e adjacências não infensas
ao poder do mito da felicidade
que engloba em si ( emaranhados )
todos os outros mitos abstratos
derivados da filosofia de Aristóteles
ou do melhor fim possível
imaginariamente ou literariamente
para o ser humano
- este indigente que somos!
- a sonhar ser
o melhor e mais feliz dos finais
como Aristóteles o foi
para a filosofia
que foi um instante breve
encetado por Sócrates
e consumado por Aristóteles
que dirige em pensamento
a cultura e a história
até os dias atuais
- dias e noites dentro do homem
que são atores ( dos dias!)
e atrizes, as noites e madrugadas,
do ultimo filósofo grego
do único trio de filósofos
que a cultura produziu no mundo inteiro
de europeu a autóctones )

Ainda errando pela tangente do caminho
pode-se suscitar a tese magra ou gorda
com seu corolário em um escólio
de que não há caminho concluso
ou em conclusão
senão até um ponto
( o ponto x-tudo ou x-nada ou x-9
de Euclides de Alexandria
e de Mégara )
- ponto incógnito antes do horizonte
fechar os olhos
( como se o horizonte fosse a Bela adormecida num bosquejo de bosque! )
- olhos negros com enormes cílios de noite
- noite banhada no betume da deusa Nix
e na luz estelar
a devassar a intimidade do lar
e o azul-verde-violinista do mar
( Por íngreme caminho caminho
- caminho eu
e  vou envolto no vulto da noite
embuçado
em contraponto ou contrapondo-me
ao ponto de Euclides
não obstante estar sempre  bailando
saltitando
equilibrando-me
sobre o menor segmento de reta
que resta
na régua
antes do fim do caminho
e do término do caminhar
do caminheiro
que sou sem caminhão
para rododendro de rodovia 
de via
- quase Ápia
ou harpia
que não pia
nem pia é
batismal
ou Maria
que espia o dia
- espiã! :
espiã russa
- a espiã que abalou
ou abaulou
a testa abaulada
de um espião soviético
no tempo glacial
da guerra fria
e cinza-flor
ou cinza-amor
no cinzel  )

O ser de Vincent Van Gogh
ficou todo em traços geométricos
mas em uma geometria em fuga de Euclides
( de Euclides a Bach há um cravo bem temperado! )
em contraponto de um Descartes montado em corpo de  parábolas
arremessado nas cores cambiantes
detrás das quais se plantam
moinhos de vento
de um Dom Quixote desvairado
alucinado
preso na malha dos caminhos hermético-escatológicos
que travam os passos
- os derradeiros passos
para a cruz
e de encontro às crucíferas ao rás-do-chão
- crucíferas crucificadas ao rés-do-chão
enquanto o céu jejua
na rota do anil roto
de déu-em-déu
bate asas ao léu
sem caminhos cortados
ou tracejados no fumo do jato
nublando o branco
dos olhos azuis
verdes herbáceos
castanhos de estanho
ou negros sem caminhos na noite
ou na pinacoteca de Joan Miró
que mira a noite
com outro  ser
que já não é Vincent Van Gogh
mas uma alternativa de caminho
frustrado por fora
porém lavrado por dentro
do ser enquanto esteve em erva daninha
espargindo a vida
- toda a vida!
no verdor dos anos de sua clorofila
na fila
da vila
- vila enclavada na aldeia abandonada às teias de aranha
protegida na redoma da imaginação
de cada indivíduo que se ama por dentro
( num rododendro rodopiando 
- se e quando rodopiante 
nas hastes da taxionomia, taxonomia nomenclatura, botânica...)
e por fora nas táticas e estratégias
- fortalezas construídas na virtude
para se defender de um mundo escravocrata
camuflado de democrata
- em processo de demôniocracia idiossincrática
mercê os idiotismos
que faz a língua única no se dizer
ou imaginar que se diz
no desdiz da cicatriz 
por onde entra e sai
no vaivém de um rododendro ( "Rhododendron campanulatum" )
ou de dois mil rododendros ( "Rhododentron indicum" )
que invadem a tez 
plantam-se na pele e nas vísceras
como árvore da vida 
e na mente humana
como árvore do conhecimento
para além do bem e do mal
consoante toca Nietzsche
em sua alma de oboé 
dionisíaco-ditirâmbico
( coro de faunos e sátiros
na tangente para o satírico )

JORNADA - dicionário wikcionário etimologia etimo verbete lexicografia glossário

Esta vida é um caminho
que não dá em lugar algum
- estrada com abrupto fim
inacabado fim na palheta
do pintor Vincent Van Gogh
que pára o caminho
antes do meio do caminho 
( dantes Dante e pós-Drummond )
meado-meada antes de finalizar
o novelo aonde e sobre o qual caminho
mas que deixa de se caminhar
solitariamente
( não solidariamente )
e fica sem peregrinar
a pervagar enquanto caminho
que prescinde de topógrafo errabundo
e até de mim 
que não sou o caminho
porém o caminhar e o caminheiro em jornada
metido em capa de biógrafo de artista
brandindo uma paraplégica ou tetraplégica biografia...:
( O caminho é outro ser 
que não anima o homem
nem passa por dentro dele
tal qual um rododendro 
ente ao levante
 O rododendro 
outro ser 
já jaz por dentro 
na estufa do símbolo e dos signos
que se arrastam em serpentes 
a serpentear riachos lassos )
( A biografia não repõe o ser em bioma
nem tampouco o devolve aos corvos
depois que se revolve
no pó do anjo de queixo caído
em nocaute definitivo )


Um trigal com corvos

caminho por onde caminha Vincent Van Gogh
no  ser que continua a ser
Vereda sem buritis
cujo fim nem é fim
pois termina abruptamente
fechando-se em si mesmo
numa chave de traços herméticos
numa clave de sol
que o encima
sem pé que possa alcançá-lo
caminhá-lo
sentí-lo no quilo
( Caminho que caminho 
por ínvio caminho
sem pé ou escabelo
com o cabelo da noite às espáduas
em longas madeixas cor-de-ameixas
nigérrimas
- sob a Cabeleira de Berenice
e uma Medusa desgrenhada
em bruxa ou górgona )

Um caminho pelas entranhas da pinacoteca
leva à uma igreja
que o artista em seu fetiche
ou fetichismo
abriu no espaço criado
( espaço de credo do poeta
ali em furta-cores de arco-íris de Osíris
divindade mais egiptológica
que mitológica
ou egípcia  )
na "ermida" em verde que não abre porta
e sim o sol 
o guarda-sol ( quarda-ser )
só para o verde vivaz ou mortiço
verde-primaz
em diálogo com outros colores
"Capela" torta
tortuosa
atribulada por padres
frades que sejam!
( que sejam mas que não é! 
não são na santidade do santarrão
fanfarrão parlapatão
a parlar n púlpito )
Santuário sem portal
sem portada 
sem frontão
( aonde vai uma mulher às espáduas
rumo ao anil que se aninha dentro das janelas
gravosas ou livres!?... )
Sem vão de entrada
( bizarras entranhas estranhas
patranhas, manhas artimanhas... )
empareda e presa em si
num anel
anelada
no anelo
que irrompe da arte de Vincent Van Gogh
que deu de ombros para este mundo sórdido
depredado
dilapidado pela vanidade
( hospedeira no homem )
lapidado na lápide
pelas flores-em-versos medonhos
do poeta morto-triste
- outro Maiakoviski suicida
este Vincent Van Gogh
caminho do suicídio
( Basta a basta pinacoteca do artista holandês
para compreender
que o caminho se finda
ao suicidar-se
o homem que há no caminho
que passa no caminho
que faz o caminho
com o caminhar
Que o caminho anda junto com o caminhar
e ambos e tornam pétreos de chofre
não se sabe se no meio
do caminho da mula
ou de um era geológica
ou ainda de uma lógica
que guia o poema-batel ao mar de escolhos
( o batel a bater no arrecife! 
sem Cabral
João Cabral 
ou baía Cabrália )
Caminho pedregoso
que outrossim ou outro-não
se emperra no fim
que o autor lhe outorga
Enfim, nos confins
porque fim não há
na obra do gênio meteórico
emancipada da escatologia cristã-aristotélica
patética
poética
obra de ética
e noética
do filósofo
que inspirou a alma
( soprou a alma
como uma bolha de sabão
do oboé que tocava )
- a alma dos finais felizes!
comuníssima nos filmes felizes
e desventurados de Hollywood
e adjacências não infensas
ao poder do mito da felicidade
que engloba em si ( emaranhados )
todos os outros mitos abstratos
derivados da filosofia de Aristóteles
ou do melhor fim possível
imaginariamente ou literariamente
para o ser humano
- este indigente que somos!
- a sonhar ser
o melhor e mais feliz dos finais
como Aristóteles o foi
para a filosofia
que foi um instante breve
encetado por Sócrates
e consumado por Aristóteles
que dirige em pensamento
a cultura e a história
até os dias atuais
- dias e noites dentro do homem
que são atores ( dos dias!)
e atrizes, as noites e madrugadas,
do ultimo filósofo grego
do único trio de filósofos
que a cultura produziu no mundo inteiro
de europeu a autóctones )

Ainda errando pela tangente do caminho
pode-se suscitar a tese magra ou gorda
com seu corolário em um escólio
de que não há caminho concluso
ou em conclusão
senão até um ponto
( o ponto x-tudo ou x-nada ou x-9
de Euclides de Alexandria
e de Mégara )
- ponto incógnito antes do horizonte
fechar os olhos
( como se o horizonte fosse a Bela adormecida num bosquejo de bosque! )
- olhos negros com enormes cílios de noite
- noite banhada no betume da deusa Nix
e na luz estelar
a devassar a intimidade do lar
e o azul-verde-violinista do mar
( Por íngreme caminho caminho
- caminho eu
e  vou envolto no vulto da noite
embuçado
em contraponto ou contrapondo-me
ao ponto de Euclides
não obstante estar sempre  bailando
saltitando
equilibrando-me
sobre o menor segmento de reta
que resta
na régua
antes do fim do caminho
e do término do caminhar
do caminheiro
que sou sem caminhão
para rododendro de rodovia 
de via
- quase Ápia
ou harpia
que não pia
nem pia é
batismal
ou Maria
que espia o dia
- espiã! :
espiã russa
- a espiã que abalou
ou abaulou
a testa abaulada
de um espião soviético
no tempo glacial
da guerra fria
e cinza-flor
ou cinza-amor
no cinzel  )

O ser de Vincent Van Gogh
ficou todo em traços geométricos
mas em uma geometria em fuga de Euclides
( de Euclides a Bach há um cravo bem temperado! )
em contraponto de um Descartes montado em corpo de  parábolas
arremessado nas cores cambiantes
detrás das quais se plantam
moinhos de vento
de um Dom Quixote desvairado
alucinado
preso na malha dos caminhos hermético-escatológicos
que travam os passos
- os derradeiros passos
para a cruz
e de encontro às crucíferas ao rás-do-chão
enquanto o céu
na rota do anil roto
de déu-em-déu
bate asas ao léu
sem caminhos cortados
ou tracejados no fumo do jato
nublando o branco
dos olhos azuis
verdes herbáceos
castanhos de estanho
ou negros sem caminhos na noite
ou na pinacoteca de Joan Miró
que mira a noite
com outro  ser
que já não é Vincent Van Gogh
mas uma alternativa de caminho
frustrado por fora
porém lavrado por dentro
do ser enquanto esteve em erva daninha
espargindo a vida
- toda a vida!
no verdor dos anos de sua clorofila
na fila
da vila
- vila enclavada na aldeia abandonada às teias de aranha
protegida na redoma da imaginação
de cada indivíduo que se ama por dentro
( num rododendro rodopiando 
- se e quando rodopiante 
nas hastes da taxionomia, taxonomia nomenclatura, botânica...)
e por fora nas táticas e estratégias
- fortalezas construídas na virtude
para se defender de um mundo escravocrata
camuflado de democrata
- em processo de demôniocracia idiossincrática
mercê os idiotismos
que faz a língua única no se dizer
ou imaginar que se diz
no desdiz da cicatriz 
por onde entra e sai
no vaivém de um rododendro ( "Rhododendron campanulatum" )
ou de dois mil rododendros ( "Rhododentron indicum" )
que invadem a tez 
plantam-se na pele e nas vísceras
como árvore da vida 
e na mente humana
como árvore do conhecimento
para além do bem e do mal
consoante toca Nietzsche
em sua alma de oboé 
dionisíaco-ditirâmbico
( coro de faunos e sátiros
na tangente para o satírico )

 A vida é um caminho para dentro :
rododendro

terça-feira, 12 de junho de 2012

SOFISTAS - historiografia historiologia dicionário filosófico enciclopédico enciclopédia filosofia glossário lexicografia léxico terminologia nomenclatura biografia diálogos




Os profissionais recém-formados gaguejam uma linguagem epocal da ciência que representam, ou são "compungidos" ( por outrem) a representar teatralmente, como caixeiros-viajantes num mundo virtual, virado em internet, em que, para viajar, vagar, pervagar a mar aberto, não há mister de se mover o pé do chinelo ( o pé-de-chinelo!, - com o chinelo...).
Estes tartamudos alegóricos, copiosos sofistas olvidados , com o simples tartamudeio da linguagem que veste a ciência na qual atuam, primeiro enquanto saltimbancos, mágicos e outros entes circenses, posteriormente, passado o noviciado,  enquanto médicos, engenheiros, físicos nucleares, químicos, linguístas, enfim, atores em ação ou em pesquisa, ou seja, aplicadores da ciência ( no caso do engenheiros, médicos, advogados...), da ciência, enquanto gnoseologia,  tratada e comunicada sob os vários corpos de linguagem que a trançam em códigos, às vezes quase secretos ou herméticos aos leigos, ou seja, enquanto trabalhadores especializados exercendo sua profissão  na indústria, no comércio, enfim, na praça (Ágora); ou como pesquisadores, cientistas, insulados nas universidades ou na solidão a que se retiram, ou são obrigados ou se obrigam a retirar devido a hostilidade do ambiente que , muitas vezes, enfrentam, mormente quando a linguagem que elabora não se coaduna com o que se fala na praça do mercado ( e o mercado é quem manda!, é o reino aonde está toda a política e comunicação social, ao menos na sociedade burguesa cujo  balbucio compreendemos e somos compungidos desde tenra idade ); estes noviços conquistam o mundo construído enquanto massa humana com um simples tartamudear a novidade da linguagem revestida num contexto epocalizado. Evocam a imagem socrática do sábio teórico, mas são apenas sofistas mal treinados em retórica
( noviciado!) gasta antes da época lida pela mole do edifício que constitui a massa humana do período político adventício. A mole humana!: Massa.Homens cimentados juntos, destituído da maior parte de sua individualidade. Gêmeos siameses, almas gêmeas e outras expressões que lembram essa engenharia ou reengenharia.
Na verdade, a ciência é esse falar de sofista, que Platão ( ou Sócrates?!) identifica no diálogo "Sofista", na sua leitura parcial, mas o filósofo dos "Diálogos" é um detrator dos sofistas e da sofística. Contudo, malgrado do que pensava Platão no "Sofista",
a ciência é a própria sofistica, o argumento posto em ação, a fim de provar o que expõe em hipótese. A hipótese é o caminho para a tese ou para preparar a antítese.
A ciência se funda na  lei ("nomos") e no "logos" ( discurso lógico - para ser redundante e enfático!), daí a identificação de lei (lex no latim) e "logos". A palavra léxico, tem, aparentemente,  no latim, alguma raiz comum com o mesmo vocábulo para lei : "lex". Ambas dizem ordenando, dando ordem, ou observando a ordem, ou cumprindo-a,  no sentido natural, ao ler a natureza, e no sentido social, quando a linguagem científica é jurídica, ordena os homens, povos, nações : norma no sistema de regras.Todavia, é árdua a tarefa de estabelecer as relações no tempo e no espaço, na cultura e nas interações as mais diversas que essas palavras têm no período de história que cobre, desde o rastro no som e na escrita, um período em língua, o qual vem do sânscrito, vai ao latim e chega às línguas romances, românicas ou no ecletismo que o tempo põe em mistura, mescla em pura mixórdia sem "preocupações" racionais ou irracionais nos demais idiomas que orbitam as neolatinas, ou que as línguas neolatinas orbitam no entorno, consoante o ponto de vista do falante da língua em questão, seu centro linguístico, semântico, sintático.
A linguagem, que contém um percentual alto da ciência, é a arte a viabilizar o conhecimento científico enquanto ato de comunicação ( ato comum, oferecido à comunidade). A ciência é mais essa arte de linguagem do que conhecimento no sentido estrito. Esta arte está espargida pelas linguagens que tracejam e grafam a geometria,  as matemáticas com equações literais
( equações essas que são poemas para outro "mundo" : o mundo lido, descrito e pensado enquanto espaço e tempo), a química com sua tabela periódica dos elementos e seus desenhos das ligações covalentes, iônicas... e  a física, etc. Outrossim, subsistem as linguagens das técnicas manuais e tecnológicas, na automação, e dos algoritmos.
Todas essas linguagens copiam cuidadosamente a linguagem ou linguagens da sabedoria, que está escrita com genes, ou seja, se escreve na prática, não separa prática e teoria, como é o caso da ciência, porquanto a linguagem natural, a sabedoria,  é a própria práxis ou a única práxis dada em natureza e não comunicada na linguagem humana dos signos e símbolos representativos da efetividade, mas não a efetividade, que está na sabedoria natural, porém não na cultural, de onde provem a ciência sob linguagens do homem, com práxis mínima e apartada da teoria do conhecimento.
O conhecimento ou ciência, em seu discurso, sempre fala com o leque de três opções mínimas, ou seja, utiliza-se da dialética e põe a questão como ser no sentido das três posições que o ser é no "logos", no discurso : tese, antítese e síntese. Com tal plasticidade de, ao dissertar, abordar, e ser, concomitantemente, as três posições, no mesmo momento e no mesmo espaço, vira o conhecimento ou ciência em monstro de três cabeças, chifres e olhos.O ser, na gnosiologia, se dá ou se afirma na tese, mas imediatamente e no mesmo espaço exíguo, se contradiz ou se anula na antítese e, por fim, com a mesma plasticidade de arte, junta as partes da tese e da antítese numa síntese, abrindo o leque ao eclético, o que é um contra senso e suscita anfibologias, bem como se tece na tenuidade levíssima dos conceitos, que são tão palpáveis quanto os átomos na tabela periódica dos elementos, que são átomos em determinados períodos e não mais o são em outros períodos, quando são outros átomos, com outro número atômico, ou assim é lida a tabela periódica dos elementos de Mendeleiv, mercê do que oferece a plasticidade da linguagem que serve ou sirva a ciência, mas talvez não da sabedoria que informa a vida, a natureza, que é real e não mental, intelectual. Neste buraco aberto pelo ser se cava a ciência enquanto linguagem e linguagem que sobrevive do contraditório no âmbito do princípio da identidade, que não pode ser idêntico neste linguajar obediente ao tempo e ao espaço.O princípio da identidade se transmuta em princípio do ecletismo que vigora na síntese. Aliás, na síntese está o segredo da arte, da indústria, da invenção e inventividade humana. Na síntese a linguagem ou linguagens tenta se equilibrar dos seus dizeres e des-dizeres, da contradição inerente à arte da linguagem; arte árdua.
Na Grécia antiga, os sofistas e a sofística, antes destes professores da arte da retórica, abordam o argumento como ato de conhecer e distorcer o conhecimento, de dizer o ser e não-ser no discurso, mesmo porque os sofistas e a sofística tinham o ser como inexistente, mas, com o argumentação, seria possível provar com a linguagem ou as linguagens tanto o argumento da tese quanto da antítese. Hegel, depois, pôs  o ser do "logos" na síntese. A prova fora da linguagem vigora na doutrina do empirismo que, por ser outra linguagem, não pode, de fato, mas somente de direito, como manda a ciência, normativamente, mas não realmente,  dialogar com a linguagem que quer a prova fora de si,ou fora do ambiente da linguagem onde ocorreu o argumento, a tese. Não há ponte de diálogo para essa prova científica ao perquirir a prova em outra linguagem  da ciência : elas não podem transferir a prova de uma para outra porque as linguagens não se encaixam, nem se comunicam, senão num limite da relatividade do universo : uma,  o empirismo, é doutrina que fala com signos e símbolos naturais : mais sinais que signos; a outra, a linguagem falada, escrita na literatura, expressa nas matemáticas, que é linguajar de homens se comunicando, não se entende, nem se traduz, nem tampouco se pode transcrever em linguagem que não seja de signos e símbolos e sinais oriundos no transcurso do processo cognitivo do ser humano enquanto ser gnoseológico. Logo, a relatividade dada na relação fere de morte a prova, pois o que a linguagem para argumentar prova não é do mesmo universo de linguagem que o empirismo coloca : são linguagens que, com a relação, tem a parte intransponível e a parte que se comunica, mas não se tocam absolutamente, apenas no feixe infinito das relações.Esse abismo não ocorre na sabedoria porquanto a práxis é imediata, não rompe espaço ou tempo, não os separa em linguagens científicas.Não há prova em linguagens que não se podem comunicar, sofrer alteridade, que, nada mais é que recipocidade; a prova somente poderia ser possível dentro da linguagem que põe o argumento; entretanto, prova dentro da linguagem não é fácil, senão no âmbito matemático-filosófico, ao extrapolar fronteiras e fronteiriços.
A sofística e os sofistas introduzem o ceticismo no conhecimento, senão a descrença e o desprezo. Debique. O pensamento deles não leva à ciência ou tecnologia, utilizada na construção dos artefatos, mas tornam o homem livre de toda crença, inclusive do conhecimento humano e, consequentemente, emancipam-se da divindade, escarnecem o político e toda a sequência a que leva tal pensamento ousado e independente que vê na montagem do argumento a alienação do homem em filósofos e deuses, reis ou escravos, dentre outros papéis teatrais sociais, que descrevem  com o rito o mito em toda parte da cultura. Nietzsche é herdeiro dessa tradição.
Platão, ao contrário, espiona a sabedoria; daí seus pruridos místicos, suas crenças às vezes ingênuas, conquanto seu pensamento tenha construído uma ciência maior fundamentada na observação da natureza ( Physis) e do pensamento humano ou ser dado no "logos" ou na linguagem lógica. Kant é o maior expoente do platonismo-aristotélico.
A doutrina sofística dissolve o maniqueísmo, promove como governo a anarquia, expõe o niilismo inerente ao pensamento, escarnece a metafísica do ser ( ontologia), dentre outros corolários desse pensamento fecundo, eminentemente livre, que já traz em seu bojo as doutrinas de todas as filosofias, excepto a de Platão, que fica solitária. por outro lado, na doutrina de Platão e Aristóteles, a carga do bem é enfatizada ignorando a polaridade oposta ou não polarizando-a. É que o mestre Sócrates funda seu pensamento na virtude : o homem pode ser virtuoso, basta aprender a pensar... - com Sócrates! Nietzsche zomba dessa atitude unilateral, absoluta, que não vai nem além do bem e tampouco considera o mal polar. Otimismo exacerbado!, delirante, que informa o espírito da ciência teorética.
Antípoda da gnoseologia dos sofistas e da sofística que parte de um princípio similar ou precedente ao que Descartes retoma no "Cogito" ( Cogito, ergo sum" ou "peso; logo, existo", aonde se exprime a equação filosófica do ceticismo ), a gnosiologia de Sócrates, Platão e Aristóteles, na esteira daquela tradição de mestre para discípulo, contempla a sabedoria, que é divina
( natural ou em "physis") e despreza a destreza no discurso, conquanto os discursos de Platão apresentam muito do que se aprendeu da retórica de argumentação da sofística e com os sofistas. A escola socrática isolou a filosofia no caminho que vai de Sócrates, o primeiro mestre, passa por Platão e chega às culminâncias inimagináveis com Aristóteles, no fim da filosofia ou no fim proposto por aqueles três filósofos à filosofia,  que é obra exclusiva deles,  e não passa antes deles existirem,  pelo pensamento grego, nem pelo pensamento de qualquer outro povo. A filosofia é um momento único encetado por Sócrates e finalizado, no sentido de atingir o fim almejado, por Aristóteles. Depois, o que vem são  os filósofo-operários ou discípulos dos três grandes e únicos filósofos de fato que existiram no mundo : as abelhas-mestras das quais nascemos, pela filosofia deles,  e das nos nutrimos para filosofar. Essa nutrição ou nutriz é que mantém viva a filosofia, assim como a rainha mantém viva a colmeia.
A filosofia, assim, emancipada do discurso, da ciência, do conhecimento, apartada da erudição, livre do jugo da ciência e da arte, analisa o discurso enquanto objeto de estudo, bem como a ciência, a religião, a arte e a própria filosofia ; pensa-se a si mesmo.Não busca a verdade, que é tarefa e verificação que cabe à ciência, nem à realidade, mas apenas contempla a face da sabedoria sob o véu da aletheia ou desvelamento.
Seria a filosofia a sagrada religião do pensar livremente, se as frenagens da política e outras armadilhas criminosas esparsas nas convenções sociais pelos animais alfas e betas?!
( POESIA PARA UM OBOÉ SILENTE
A mole do edifício que constitui a massa humana 
do período político adventício.
A mole humana!: Massa!
Homens cimentados juntos, 
destituídos da maior parte de sua individualidade :
Gêmeos siameses, 
almas gêmeas
 e outras expressões cavilosas
que lembram essa engenharia 
ou reengenharia
de um homem jungido a outro
( ou a uma mulher )
membros ligados por argamassa
Massas com argamassas 
são esses homens-gêmeos
assim presos
uns aos outros
em corrente
- Homens em correntes longas 
como fantasmas nas galés!

( Pego um lápis
e desenho um Modigliani 
na atmosfera para barômetro
Lápis-lazúli não em gema
inconsistente
porém com a pedra preciosa
que rasga o véu azul
retrato
mulheres que amei
pela galeria de Modigliani
- minha pinacoteca de solidão sólida
com mulheres feitas de teias de aranha
inexistentes
que nem arranham o museu
nem tampouco o arranha-céu
de déu-em-déu
nas pombas em revoadas
Ah! a vida!
é essa galeria vazia
esse museu mudo
com mulheres pintadas
na inexistência
- fincadas no limbo!
com oboé solista
 tocando 
sem sopro arcangélico
de músico

E o fauno ali
no jângal interior
que sou por dentro do rododendro
do dendrito
passando pelo sistema nervoso autônomo
vegetal 
alma do animal 
livre dos autômatos
- vegetativo em mim!

O coro de sátiros em mim
como na tragédia grega
- por trás de tudo o que sou
e nem sei
senão no canto ditirâmbico )

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SOLERTE - dicionário wikcionário verbete lexicografia léxico glossário etimologia etimo




A  ciência não é, em sua essência, um ente existente de fato, mas tão-somente de direito, ou seja, a ciência é um conjunto de normas que informa, dirige e vem a dirimir conflitos intelectuais ou de tese por meio de seus princípios e no âmbito do interesse contextual de uma classe dominante. Para exercer tal poder é essencial que esteja sob a área do poder, que é sempre político : a política vem definir o que deve ser objeto de obediência servil, subserviência e liberdade com seus sujeitos. Os sujeitos da política  são os senhores do seu território e seu tempo com todos os artefatos culturais : linguagens, leis, obras de arte, palácios, choupanas, poemas, instituições, empresas, etc., objetos ou artefatos estes que estão sob seu controle a exprimir sua alienação enquanto políticos, filósofos, profetas e todo tipo de alienação do homem ou do pensamento humano cortado em conceitos e desenhados e pintados sobre a máscara e o corpo do homem que se representa em ato de teatro social, etc.
Os políticos são esses sujeitos de direito e força ( poder) que dominam  as demais pessoas tecidas na suti e frágil teia de aranha da massa submissa; as demais pessoas são meros e insignificantes objetos ou escravos dos quais se servem, sem pudor,  o sistema vigente-imponente, prepotente, plenipotenciário. Esse "sistema" fora boca da teoria é movida pelos políticos, que são e põem a tese do filósofo, do pensador , no mundo. Eis toda a "práxis" sem romantismo marxiano-hegeliano. Al Capone era um político; o termo "criminoso" somente surge quando o político não logra o reconhecimento público durante a vida e pós-morte, por motivos de interesse de outros políticos que se utilizam de usa imagem mesmo após a morte, caso essa imagem seja benéfica aos políticos usuários dela (imagem).
Isto, este texto,  não é um libelo contra a política, pois os sábios podem atestar, provar, por notório,  que o político sempre foi assim como o são todos os homens ( somos!) : nem bons, nem tampouco ruins completamente, um vislumbre da furta-cor colocado pelo preto e branco;  e a história não conserta o futuro, exceto redesenha-o ardilosamente pela face da utopia dos filósofos, os quais, aliás, são ineptos para comandar o estado e suas bestas humanizadas pela doutrina humanista-iluminista dos filófosos, que sonham um mundo sem homem algum, sem atropelo ao verde plantar do que deita ramas e raízes.
Os políticos não são abomináveis ( todos os somos, no fundo, ó necromantes!, não são piores que os profetas, nem quaisquer alienação do homem numa personagem da arte teatral social, a grande e real arte ), são, em verdade,  tão necessários quanto os demais seres humanos, porquanto a sociedade não sobrevive sem nenhum desses diversos atores e sua "vida" constituída pelo teatros desses atores, desses hipócritas, pois atores são artistas da hipocrisia ou das conveniência de se viver em sociedade complexa. Sem comando a sociedade perece, assim com quando o comando é excessivo, abusivo,cruel, irracional, etc., pois  ao escarnecer do menor ser humano em hierarquia de classe ou casta, desmancha-se a comunidade precária dos homens, estribada em quase nada: o que significa, em conceitos tão mutáveis e frágeis que não toleram o menor excesso ou falta de água e sob o pouco e o muito vem a fenecer, perecer, falir.
Não é a sabedoria natural que  rege a ciência , porém o conhecimento, cujo contexto vital passa pelo interesse e atende a idiossincrasias de alguns indivíduos alfas ou betas, que estão no topo do mundo social-econômico-político ; os senhores que tomaram de assalto o mundo pelo direito, essa ficção normativa. A estupidez vem dirimir as questões científicas enquanto expressa a linguagem da vulgata, que informa, grosso modo,  a ciência enquanto política ao povo, ao populacho, ao rebotalho, à arraia-miúda destituída de intelecto. O rebanho com cascos e ferraduras, cincerro...
A ciência é algo mui menor que o homem, porquanto não passa de sua alienação. Ela, a ciência, é um acervo de conhecimento inferior ao do homem, mesmo enquanto indivíduo, conquanto este acervo esteja recolhido,  na literatura, museu, pinacoteca, academias, univerdades, enfim, nas várias formas do poder político, que é o que representa a ciência oficial : a política da ciência ( não a ciência política, porquanto ambas não existem sem o mando do político e o jogo políticos dos demais interlocutores interessados e atores políticos sem o cetro do rei, a coroa e a espada para perpetrar assassínio : os cientistas, artistas, poetas, filósofos, pensadores, eruditos em geral e sábios, os quais lêem direito na literatura natural, e no código de genes e outros códigos variegados e diversos para vários comunicados no universo).
Na ciência postada na linguagem da medicina, o corpo médico estudado ou conhecido, não é o corpo de fato, empírico, mas o corpo de direito, o corpo jurídico-político normativo; não a cognição, mas a normatização, o emaranhado de regras fincadas e vincadas por princípios filosóficos, que tem presunção de universal ou genético, e, no entanto, mudam de roupagem com a linguagem nova e assumem outros interesses, consoante ordenado racionalmente e sentimentalmente ( na paixão do interesse mais escuso ), na estultícia ou moira que se torna o conhecimento u ciência ao extrapolar a linguagem do real, no fato, na linguagem dissidente do irreal ou surreal no ato de pensar cientificamente, rigorosamente, mesmo porque as verdades ou realidades conceptuais são tênues demais e cada douto as separa conforme seu contexto vital.
A medicina, enquanto linguagem da ciência comunicada, através da vulgata, ou linguagem do senso comum,  não pode estudar o corpo real, mas o abstrato, genético, irreal, existente,  e, em geral, surreal, mormente quando objeto de doutrinas por vezes esdrúxulas, bizarras, exóticas, cerebrinas, abstrusas. A ciência, enquanto linguagem na ciência, na medicina, estuda um corpo sem fato, um corpo ou corporação de atos concatenados em regras, cujo conjunto dá a norma, e princípios filosóficos que levam a processo cognitivo ou de cognição, do mesmo modo que ocorre no direito e nas demais linguagens cujo escopo  é por a ciência no mundo pela via da linguagem ou das suas várias linguagens comunicativas e comunitárias, esotéricas ( para a confraria, os doutos, o postulantes, em noviciado..., enfim, os internos ou do círculo interno)  e exotéricas ( para  vulgo ou leigo ), consoante era costume de Aristóteles.
O corpo médico genérico, inexistente, dado pelo ser que está entremeado entre a linguagem e o pensamento, que dão ou possibilitam o ser enquanto objeto, outrossim inexistente, pois não é coisa ou ser externo ao pensamento e aos sentidos reais, não-fenomênicos ( não há sentidos sem fundo no fenômeno, ou seja, não existe o não-fenomênico, obviamente, pois é uma negatividade ou o nada dado pelo intelecto, um nadificação, uma nadidade : um nada mesmo, de fato não, pois o nada não há de fato, mas de direito sim, pois o direito, enquanto tipo científico, ou forma que a ciência assume,  produz a ficção dos objetos e, concomitantemente, da ciência, enquanto algo não coisificado, senão em atos, mas objetivado, realizado, pela impressão dos atos nas coisas conceituadas em objetos); tal  “corpo genético” ( genético-memético)  é apenas um objeto, mera ficção, abstração,  não uma realidade na existência. Está em essência no pensamento : é um ser ( algo cultural ), nunca um ente ( algo natural ), conquanto o cultural e natural possam se mesclar e são ecléticos quando o homem realiza algo com os materiais e energias naturais. As invenções são ou têm esse teor.
A ciência é estultície, ou moira, nem tanto e si ou em sua linguagem, ou suas linguagens, porém no homem, que se vira em contextos de prisões infinitas e não pode, senão raro, gozar, usufruir da liberdade, mormente quando a maioria dos homens que a exercem não são cientistas, eruditos ou sábios, mas homens do vulgo, prosaicos, mais preocupados e envolvidos com suas vidas mesquinhas, fúteis e prosaicas, que com a ciência, que eles nem sequer compreendem minimamente. Ostras fechadas, insuladas no seu ostracismo, na sua alienação integral, vinculados a seus apetites.
 No quotidiano não existe ou circula quase ciência alguma,mas suas falsificações oficiais, oficializadas, legalizadas e legitimadas pelo questão do pensamento que vem a cindir o que é de fato e o que é de direito, dando, destarte, destaque imenso à ficção. A ciência enquanto ficção do direito ou da presunção de ser ciência é o que temos cotidianamente. Isto representa a morte ou a falência da inteligência como algo geral, do povo, e não de uma elite mental escassa, restrita, privilégio de poucas mentes intelectualizadas, fora do alcance do vulgo e suas linguagens chinfrins, que consubstancia o pensamento mágico, consolidam-no.
Outro objeto que nos é dado e damos reciprocamente está na tanatologia, ciência cujo objeto posto em lógica ou linguagem (“logos” ) e linguagens a se reciprocar,  é a morte.  A morte é um objeto cego, como os demais, quase sendo cegos os objetos geométricos, que não o são, mas quase o são, por causa dos riscos a delinear a forma. Cego no sentido de que não podemos tomar contato com a própria morte, porém somente com a alheia. Não há a experiência própria deste objeto : morte, mas apenas a experiência de ver o objeto “morte” em um corpo para alteridade que, ainda morto, continua um corpo de alteridade. Não temos da morte nem a própria, nem tampouco alheia experiência, por isso tal objeto, no caso a morte, é cego de dois lados, não é vivido nem narrado por alguém que passa ou passou pela experiência de morte, excetuados os casos esporádicos de morte reversível que, na verdade,nem é morte.
Aliás, a cegueira dos objetos, no caso o de morte, é tripla, vez que não temos contato imediato com a morte, mas com o corpo morto, que não é o mesmo que a morte, ato mental, entendimento, inteligência de cada um. Trata-se de objetos que não passa pelos sentidos enquanto morte, mas tão-somente enquanto morto, nem do expectador nem tampouco do falecido, evidentemente. O objeto, portanto, não é algo real, porém mera ficção para compreensão e apreensão da realidade no mundo, dentro e fora do ser dado, como outro objeto : objeto de objeto, objeto a recobrir camadas sedimentares de objetos. A nadidade posta, a nadificação levada a cabo pelo conhecimento.
A ciência, em suas linguagens, trata de objetos não existentes no mundo,  objetos integrados ao complexo mental do ser humano, objetos simbólicos  presentes no ser do homem, o qual, (ser) , tem como escopo  contatar ou estabelecer uma espécie cambiante de alteridade de tais objetos com o senso do ser, que está praticamente íntegro nas linguagens. O senso do ser está no linguajar posicionado, exposto, posto,postulado, postulante ao anelo do possível, quando  o anelo é possível, não se refugia no idílico, a utopia, na ideologia ou qualquer forma de proselitismo ou sectarismo : doenças graves, críticas,  da estupidez, quando essa vem assolar o homem como a praga do fanatismo, o demônio da intolerância; enfim, qualquer forma de exclusão, extorsão ou constrangimento de outrem ou, por vezes, de si mesmo, como sói acontecer na maioria dos casos na auto-repressão, na castração ou mutilação.
Para encontrar ou estabelecer o ponto de intersecção entre os objetos mentais alienados do mundo, não passíveis de vincular-se, de fato, às coisas, seres naturais na borda do real e entes dados pelos sentidos, no ato de representar as coisas e os seres orgânicos e inorgânicos, mas, neste ato mental simbólico, alegórico, sem movimento corporal, físico, químico, elétrico, mas puro movimento mental-matemático em linguagem, a hipótese intelectual, móvel apenas no cérebro pela operação do motor-geométrico-intelectual, jamais no mundo material, ou energético, mas tão-somente no movimento-imóvel, paradoxal, do ser humano anteposto em hipótese, que o representa na passagem do universo simbólico ao universo real ao natural, no qual se legitima a ciência pelo ato de direito, que difere do ato de fato, ao juntar ou perceber a subsunção do hipotético ao real, d ato descrito na mente ao fato dado no mundo real dos movimentos físicos, o universo da energia vital, orgânica e inorgânica, antípoda ao móvel mental que é um ato de percepção e legitima apenas o movimento do intelecto ao desenhar ou esboçar o triângulo e do triângulo  desenhado na forma que constrói toda a geometria,  para mensurar, e após o ato de mensurar, inclusive a categoria de quantidade, um dos dois “nous” que informam o “logos”, desmensura na categoria de quantidade : esta  apta a dizer ou contar o número, e daí, deste ponto solitário, no ser do homem, pensar o teorema, ou seja, proceder à subsunção, a qual legitima a ciência, movendo-a por atos imóveis da mente, livre da energia e da matéria nas figuras geométricas, que são puras formas, que não se encontram com a matéria ou movidas por energias, nem mesmo as cerebrais, porquanto uma figura geométrica  é um ser posto pelo homem  fora do alcance da natureza, vinculada indissoluvelmente à cultura e, antes da cultura, à formação mental historial do povo e indivíduo. A subsunção é o nó górdio que une  o mundo hipotético à realidade, através das linguagens-objetos- objetivas :  A conexão natureza-cultura.
O ser humano se move e se transforma em ser, ou indústria de pensamento, ao se mover pelo impossível inexistente, pela inexistência, ao criar os instrumentos tecnológicos-linguísticos para tal : o nada, a não-natureza ou cultura, o ser, o não-ser, que cumpre a função antitética que faz  o movimento na imobilidade natural, as linguagens, ou seja, todo um universo fora do mundo real, palpável, visível, erigido pelos sentidos, universo em que se move o homem enquanto ser de si e dos outros objetos.
A lacuna entre o ser do homem e o mundo é o que cria a ciência, o conhecimento erudito, que é uma forma contraditória da sabedoria inata, uma lacuna, o conhecimento, calafetado com regras que, no conjunto coerente, se transforma em norma, princípios de cognição e de comandos rituais : o conhecimento é o princípio eclético . Essa lacuna, entre conhecimento erudito ( ciência ) e sabedoria nata, abre outra lacuna : a bifurcação  espácio-temporal ( e também fora do espaço e tempo empírico, porém na ambiência de um espaço geométrico e um tempo rítmo-musical ) entre pensamento e ação, o qual  põe,racionalmente,  o pensar como um agir diverso do ato em natureza : ato sub-curvo que dá no encontro do ser com o ente e a subsunção na coisa ou na vontade que colhe e tolhe a coisa industrialmente. O pensamento, outrossim, se transforma em ato separado, imediatamente, do ato, ou cujo liame com o ato ocorre num lapso de tempo, que também separa pensamento racional e ação, ou seja,  tem o condão de cindir a inteligencia em diversas porções.
A sabedoria natural ( a sabedoria é sempre natural, não cultural) não estabelece dicotomia entre o ato de pensar e o ato de fazer ou a fabricar fato , que, quando inata, é imediata práxis e acontece em um movimento único, uno, indissolúvel, por isso sem paradoxo ou  perplexidade, anfibologia,  próprias ao ato de pensar, ou se alienar do mundo, no conhecimento, mesmo quando o ato vai de encontro com este mundo sob a forma de técnica para fabricar  e com o fito de modelar ou elaborar apetrechos tecnológicos, ritualísticos  e outros.
O problema de toda doutrina de um sistema de doutrinas ( e tudo é um sistema doutrinário-dogmático quando  o pensamento se contextualiza e cada teoria narra a sua história confrontando com a alteridade das anteriores, historiais, e  atuais, que a informam e confrontam, medem território para uma  alfa-doutrina ou beta-teoria, uma gama-tese) é que o sistema se comunica e mais : uma teoria é a outra se se muda os detalhes de sua carga e descarga na verdade, que é a verdade ou verificação do autor ou dos autores em conjunto no sistema que rege o pensamento, coagindo-o à moda do conto da carochinha que versa sobre a roupa nova do rei.
As diferenças nas teses são de sutilezas tais que umas podem se transformar nas outras com pequenas modificações nos conceitos e no contexto interno do autor e da comunidade do autor. As doutrinas são cheias de pernas, centopéias a perambular  no sistema ou teia de aranha teórica, cuja diferença de uma doutrina para outra pode ser modificada até com  sentido culto e oculto que os vocábulos guardam para as variantes de leitura e literatura, bem como o contexto interno e externo, as idiossincrasias, os interesses políticos, a paixão que move a roda do tempo onde se acha o nicho da literatura, enfim, uma gama de atos e fatos concatenados e coordenados visando um fim determinado previamente ou observados pó-literatura, como n caso de um Kafka, cuja leitura-literatura exige outro tempo, que não o vivido pelo escritor ou fabulista. O mesmo se dá com Vincent van Gogh na literatura do olho.
As dissenções  que ocorrem entre os filósofos e pensadores está assente no fato de que as teorias não guardam discrepâncias essenciais  entre as teses, mas  divergências em torno de frases, palavras e até normas embutidas nas teorias como se fossem  conhecimento ou sabedoria, pois, em geral, há uma confusão conceitual, pelo meu sistema, entre conhecimento e sabedoria : o saber impregnado no ato e fato natural e a erudição ou inteligencia por linguagens simbólicas no conhecimento que informa a ciência e a constitue enquanto sistema pensante por signos e símbolos e, posteriormente, sistema agente por técnicas, no caso da linguagem do fazer os artefatos e não mais apenas conceituá-los discursivamente e por meio de desenhos, regidos pelas normas geométricas contextuais. Cada inteligencia cultural tem seu Aristóteles e seu Euclides, sua Alexandria, sua Mégara, sua Atenas, sua Palas Atena, seu Partenon. 


 POEMA EM ÁGUA DE CLEPSIDRA ( POESIA AQUÁTICA )
O homem é o tempo encostado no muro
O ser e o tempo
é o homem
Preclaro ente sob o sol no zênite
no arrebol do nadir
( impotente corpo
com o ser todo encarcerado no tempo )

O tempo na clepsidra
pura água contada de cascata
é o homem
- cachoeira em queda e canto
nos cabelos escachoantes
da bela mulher
deusa e senhora e ninfa do rio São Francisco
e de tudo o que é água e remo
e remar até o mar
e lá chegar a amar
o mar recíproco
da alteridade no amor
- na paixão ágape de Cristo
com água benta
de São Bento Abade
( Água motiva a vida
- locomotiva! )

O tempo nas areais do relógio de areia
- ampulheta!
é o homem
inventado
inventariado
na cultura
na outra margem da flora e da fauna
que pisa o fauno na erva
- a energia  vital do sátiro
a inflamar o anelo sexual do deus Eros
no ato que é a primitiva paixão pela prole :
- o coito!
( Valhacouto!...)

Um tempo no fonógrafo
o mesmo tempo
extemporâneo no daguerreótipo
- na flor emaranhada nos olhos em feixes de luz
do daguerreótipo

O tempo sob a luz
é o homem
- tempo que se gasta
desgasta
nas folhas do outono em tombo amarelo
de decíduas plantas
em folhas no colo do solo
de violinista amarelo-soluço
- soluçante!
no violino a gemer melancolicamente
em espasmos
até que a energia
que o fazia homem
vá se transmutar em matéria morta
a exprimir a equação de Einstein-Planck
os dois gênios da luz
e da mágica lâmpada sem Aladim
de pensamento mágico
- no tempo do pensamento mágico!
anterior ao sopro do oboé
no anjo em mensagem na equação,
negra mamba!,
a encetar a peçonha na rainha Cleópatra
em em mim
quando chegar a hora do fim
porque somente aceito a minha morte
por suicídio
sem lei
rei
ou Deus
que seja!
( Não seja!)

O retrato tirado ao sol em feixe de elétrons
é o homem no seu tempo de vida
com a areia molhada ou úmida
gravada em quase pedra na face
viva quando havia água no tempo

A fotografia é o homem :
a invenção do  conhecimento
e a consciência construída
em arte trágica
da morte e vida
fixada na pedra da luz
petrificada
vítrea no retrato
( A fotografia é a poeira de luz
que mantém em pé
sem cair com a face ao pó
o anjo na eternidade
sendo o eterno
ou a eternidade
apenas a sinalização da inexistência do tempo
- ou o tempo morto em folhas amarelas outonais
servindo de moldura
para uma existência
agora sem tempo
e sem viço de vida
na erva que vegeta
na floração do tempo
lírico no amarelo
que ama a flor-de-lis
e a flor silvestre
sob o sol só
solo
do deus sol
solista
solipsista
em solipsismo )

Todavia, antes da morte no pó de luz do retrato
após a infância
sob as asas da mãe
o homem é emparedado vivo na solidão
brusca
abrupta
cáustica...
e assim frágil em seu ser
( empalado! vivo,
condenado ao empalamento cultural
e a solitude na enxovia!...)
é lançado contábil-juridicamente
no rol dos condenados ao empalamento
lento
modorrento;
enfim, a ter o fígado devorado
por um abutre
até cair nas águas do rio Estinge
e afogar a solidão
com a mágoa
que toma a água
- bebe a água
e o vinho
sem sangue de Cristo
derramada na vinda da vinha
em vinhedo

O canto do retrato
avença uma avenca que havia
naquele canto de galo
tartamudo
no arcanjo clepsidráulico
no branco da água
- branco-incolor
na transparência da concepção inefável
da Imaculada Concepção,
Conceição!
- maculada