com tudo o que vi nela
do passo à postura,
vestes, modo de andar,
cabelos e, principalmente,
um profundo desprezo
pelos homens e mulheres
deste mundo
menor que ela,
que arguí ao colega mais próximo
quem era aquela mulher
tão esplendorosamente bela.
O colega retorquiu ( ou tossiu?!... pigarreou...)
que marido dela era riquíssimo.
Então , pensei ( para me consolar?!)
que nenhum homem pode der tão pobre
a ponto de poder
ofertar apenas dinheiro,
nem tão rico
que pudesse oferecer
tão-somente inteligência,
sabedoria, erudição...
- mas mais, muito mais;
amor apaixonado
de pastor apaixonado
e cavaleiro andante devotada
á mulher amada
assim como o foi Dom Quixote de La Mancha,
o Cavaleiro da Triste Figura,
símbolo do homem
em seus caminhos....
- um caminhão! :
caminheiro a caminhar
acariciando as ervas daninhas
com olhos
- nas boninas.
Era uma mulher bela
tão bela era
que nela
a luz incidia
como se fora ela
a única mulher a bela
na terra de tantas mulheres
e raros homens
- de verdade.
Quão bela era ela!
Uma beldade
na qual vi
a luz pela primeira vez.
Jesus! A luz
sem piedade de mim
iluminava apenas uma mulher,
dava-a á luz
em minha presença
de olhos arregalados,
a cintilar, fulgurar
no olhar da paixão,
do amor à primeira vista,
do alumbramento do poeta do Recife,
dos arrecifes...
os quais não arrefecem....
Era como se meus olhos
dessem à luz
uma mulher bela,
na idade da fêmea,
plena na majestade da saúde
que faz de qualquer idade
uma deusa da juventude
a se exprimir na beleza
desenhadas a dedos por Deus
nas linhas do rosto,
nos cabelos bastos
pretos retintos
a brilhar feito estrelas negras
- regra na noite
nas suas madeixas nigérrimas
com deixas, mechas
e endechas em pouco queixume,
mas muito lume
no meu versejar
ao leu no breu
passando no céu
em mocho e morcego cego
que Jesus não curou,
mas a natureza pôs
um sonar empós as alvas.
Quando a vi
- vi-a subindo as escadas
( Mulher subindo as escadas
de Marcel Duchamp...)
e via a luz à gelosia
como uma Via
( uma Via Cassia!)
iluminando-se na face dela,
pois ela era a luz
e a luz - trevas.
Digo que ela era bela,
( belíssima!),
porque ao consonar
com o filósofo ou pensador pré-socrático,
Heráclito de Éfeso,
creio que ninguém
pode por duas vezes
encetar e terminar
a travessia de um rio,
pois na segunda travessia
o primeiro rio
já é um segundo rio,
assim como os Evangelhos,
ou mesmo outro rio
ou, ainda, outros rios
com átomos no amplexo
que formam o amor
que cria as águas
sobre as quais o espírito do Senhor paira,
mas não para nunca
de rir de mim
com ricto ruim
e uma lágrima sem sal,
insipida, inodora,
porém com bastante sódio
em solitude no solo
e solilóquio atômico
sem o dueto
que forma o bicarbonato
- de sódio
descrito em linguagem química,
poesia em pó, alquímica,
rítmica na mímica
dos signos e símbolos
da Tabela Periódica dos Elementos
descoberta pelo intelecto
do sábio Mendeleiev
- um barba-russa da Rússia
dançante no balé de Stravinsky
na obra abstrata do filósofo-pintor Kandinsky
e nas odes pictóricas de Marc Chagall....
dono de um domo
na aldeia congelada na imaginação fértil
do poeta-filósofo que escreve em mim
com sangue no estilete
num crescendo Crescente Fértil.
Disse que ela era bela,
mas foi para consonar
com o pensar de Heráclito, o obscuro :
Ela continua bela
passando por outro arroio
pensado por outro filósofo do vir-a-ser,
que come arroz no arrozal.
Um pensador que não
aquele Heráclito,
próximo a Aquiles,
a fluir, fluminense, fluvioso, efluvioso,
em não-pluviosidade,
mas fluviosidade
indo a chorar,
por lágrimas da madrugada
( orvalho, rocio, aljôfar)
em outro afluente do ribeirão d'outro douto,
erudito, sábio Heráclito
- este, longe de Éfeso e dos efésios...
Ela continua não-nua,
contida (eu incontinente!),
dando a luz aos meus olhos
- dando a luz à luz
mesmo no lusco-fusco...
- tão bela que ela é! :
que chama a luz
para radiar em seu semblante
radiante
- radiante sol!
Foi ela quem
deu à luz os meus olhos
e ao meu olhar
quando a vi
com toda a beleza da mulher
e de todo o universo
enfeixado em seu ser :
corpo e alma.
( Deus pode ser visto ali,
naquele momento,
naquele olhar,
naqueles olhos refletindo ( defletindo?!)
aquele corpo
e aquele alma de mulher!).
Antes eu era um cego, Jesus!,
- mas ela realizou este milagre
de me fazer enxergar
- a mulher
somente nela.
( Todos os Apócrifos da Medusa
podem ser lidos nela
porque nela estão escritos
por este escriba.
Não são a descrição dela,
mas sim ela escrita
para todas as linguagens e línguas ).
Este poema é uma descrição sucinta
e fidedigna da Medusa;
faz jus à sua beleza inexcedível,
majestática e imperecível.
( Extrato dos "Apócrifos a Dois Passos da Medusa e a um Tiro do Paço de Alhambra ", textos em versos de um filósofo-poeta-pastor apaixonado).
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científico dicionario cientifico nomenclatura binomial nomenclatura
do passo à postura,
vestes, modo de andar,
cabelos e, principalmente,
um profundo desprezo
pelos homens e mulheres
deste mundo
menor que ela,
que arguí ao colega mais próximo
quem era aquela mulher
tão esplendorosamente bela.
O colega retorquiu ( ou tossiu?!... pigarreou...)
que marido dela era riquíssimo.
Então , pensei ( para me consolar?!)
que nenhum homem pode der tão pobre
a ponto de poder
ofertar apenas dinheiro,
nem tão rico
que pudesse oferecer
tão-somente inteligência,
sabedoria, erudição...
- mas mais, muito mais;
amor apaixonado
de pastor apaixonado
e cavaleiro andante devotada
á mulher amada
assim como o foi Dom Quixote de La Mancha,
o Cavaleiro da Triste Figura,
símbolo do homem
em seus caminhos....
- um caminhão! :
caminheiro a caminhar
acariciando as ervas daninhas
com olhos
- nas boninas.
Era uma mulher bela
tão bela era
que nela
a luz incidia
como se fora ela
a única mulher a bela
na terra de tantas mulheres
e raros homens
- de verdade.
Quão bela era ela!
Uma beldade
na qual vi
a luz pela primeira vez.
Jesus! A luz
sem piedade de mim
iluminava apenas uma mulher,
dava-a á luz
em minha presença
de olhos arregalados,
a cintilar, fulgurar
no olhar da paixão,
do amor à primeira vista,
do alumbramento do poeta do Recife,
dos arrecifes...
os quais não arrefecem....
Era como se meus olhos
dessem à luz
uma mulher bela,
na idade da fêmea,
plena na majestade da saúde
que faz de qualquer idade
uma deusa da juventude
a se exprimir na beleza
desenhadas a dedos por Deus
nas linhas do rosto,
nos cabelos bastos
pretos retintos
a brilhar feito estrelas negras
- regra na noite
nas suas madeixas nigérrimas
com deixas, mechas
e endechas em pouco queixume,
mas muito lume
no meu versejar
ao leu no breu
passando no céu
em mocho e morcego cego
que Jesus não curou,
mas a natureza pôs
um sonar empós as alvas.
Quando a vi
- vi-a subindo as escadas
( Mulher subindo as escadas
de Marcel Duchamp...)
e via a luz à gelosia
como uma Via
( uma Via Cassia!)
iluminando-se na face dela,
pois ela era a luz
e a luz - trevas.
Digo que ela era bela,
( belíssima!),
porque ao consonar
com o filósofo ou pensador pré-socrático,
Heráclito de Éfeso,
creio que ninguém
pode por duas vezes
encetar e terminar
a travessia de um rio,
pois na segunda travessia
o primeiro rio
já é um segundo rio,
assim como os Evangelhos,
ou mesmo outro rio
ou, ainda, outros rios
com átomos no amplexo
que formam o amor
que cria as águas
sobre as quais o espírito do Senhor paira,
mas não para nunca
de rir de mim
com ricto ruim
e uma lágrima sem sal,
insipida, inodora,
porém com bastante sódio
em solitude no solo
e solilóquio atômico
sem o dueto
que forma o bicarbonato
- de sódio
descrito em linguagem química,
poesia em pó, alquímica,
rítmica na mímica
dos signos e símbolos
da Tabela Periódica dos Elementos
descoberta pelo intelecto
do sábio Mendeleiev
- um barba-russa da Rússia
dançante no balé de Stravinsky
na obra abstrata do filósofo-pintor Kandinsky
e nas odes pictóricas de Marc Chagall....
dono de um domo
na aldeia congelada na imaginação fértil
do poeta-filósofo que escreve em mim
com sangue no estilete
num crescendo Crescente Fértil.
Disse que ela era bela,
mas foi para consonar
com o pensar de Heráclito, o obscuro :
Ela continua bela
passando por outro arroio
pensado por outro filósofo do vir-a-ser,
que come arroz no arrozal.
Um pensador que não
aquele Heráclito,
próximo a Aquiles,
a fluir, fluminense, fluvioso, efluvioso,
em não-pluviosidade,
mas fluviosidade
indo a chorar,
por lágrimas da madrugada
( orvalho, rocio, aljôfar)
em outro afluente do ribeirão d'outro douto,
erudito, sábio Heráclito
- este, longe de Éfeso e dos efésios...
Ela continua não-nua,
contida (eu incontinente!),
dando a luz aos meus olhos
- dando a luz à luz
mesmo no lusco-fusco...
- tão bela que ela é! :
que chama a luz
para radiar em seu semblante
radiante
- radiante sol!
Foi ela quem
deu à luz os meus olhos
e ao meu olhar
quando a vi
com toda a beleza da mulher
e de todo o universo
enfeixado em seu ser :
corpo e alma.
( Deus pode ser visto ali,
naquele momento,
naquele olhar,
naqueles olhos refletindo ( defletindo?!)
aquele corpo
e aquele alma de mulher!).
Antes eu era um cego, Jesus!,
- mas ela realizou este milagre
de me fazer enxergar
- a mulher
somente nela.
( Todos os Apócrifos da Medusa
podem ser lidos nela
porque nela estão escritos
por este escriba.
Não são a descrição dela,
mas sim ela escrita
para todas as linguagens e línguas ).
Este poema é uma descrição sucinta
e fidedigna da Medusa;
faz jus à sua beleza inexcedível,
majestática e imperecível.
( Extrato dos "Apócrifos a Dois Passos da Medusa e a um Tiro do Paço de Alhambra ", textos em versos de um filósofo-poeta-pastor apaixonado).
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científico dicionario cientifico nomenclatura binomial nomenclatura
Nenhum comentário:
Postar um comentário