sábado, 13 de abril de 2013

LASCIVO(LASCIVO!) - wikcionário wikcionario

Dão-Lalalão de João Guimarães Rosa
com fortuna crítica de Paulo Rónai.
- Quer maior preciosidade?!
A obra do mestre e a erudição do crítico literário
e ensaísta da Santa Capela
que tirou este Brasil da miséria 

inanição intelectual
que, inobstante, continua a grassar.
Leio-a ( a novela) à capela (Sainte-Chapelle).
É uma das novelas enfeixadas em Corpo de Baile.
Leio-a quase lascivo(lascivo!).


Gosto de João Guimarães Rosa
porque é um super-artista das letras:
João, do barro do sertão,
das folhas do buriti
e das águas das veredas
- nos dá água para beber à cuia,
 faz-nos ouvir a água que toca sua música sem musa
 no rumorejo do arroio
que busca um rumo sem pejo;
oferece um trago no cigarro do matuto,
apresta e apresenta o sertão,
- não em palavras!,
mas em vozes de gente e natureza,
vozes que se pode escutar nas gramíneas,
tocadas pelo vento do oboé...

João do sertão põe-nos frente com as personagens
 feito fossem elas gente fora do teatro
ou das pessoas do discurso
( o discurso muda o curso
 e onera o ser humano em pessoas
 ou  personagens do rito teatral
ou do mito escrito
por escriba-rã,
escafandrista).

João, de barro do sertão,
apresenta a terra e o homem,
 não a obra e suas pessoas do discurso,
que se cala para o humano
na ciência política e no direito.
Apresenta o sertão em todos os sentidos
e para todos os sentidos alertas.


João, o batista de cá,
onde medra os campos gerais
e as minas que não há mais
desde o poeta mineiro desesperado
em lamentações de Jeremias,
fez qual um profeta que lamuria
um José que foi para o Egipto,

o José filho de Jacó,
que não era o Benjamim,

mas o penúltimo filho do patrarca.  
(Benjamim era denominação
para o último filho
- o caçula!
E então, José?!
- filho de Carlos Drummond de Andrade!,
poeta de uma minas
desmanchada do mapa ).

Aliás, sem e com vanidade,
eu me leio em alguns livros :
Os sofrimentos do jovem Werther, obra de Goethe;
Grande Sertão : Veredas( ou Grande Satã...
- metido entre um buriti e uma juriti?!...);
a poesia de Alphonsus Guimarães;
e, no Dom Quixote imaculado, na Mancha,
onde o autor é o próprio livro! -
e não Cervantes, aquele judeu errante...
- que criou o andante...
(Não existe Cervantes, 

mas o andante cavaleiro
a galopar um rocim fraco).

Sou o cavaleiro e o que monta o mulo,

o Sancho Pança,
rodando o mundo
nas patas do cavalo e do mulo
atrás de moinhos e de Dulcineia,
a única mulher amada pelo cavaleiro,

que não sou eu
- que amo a Dulcineia!
 
( Sou o godo ( ostrogodo, visigodo?)
- um bárbaro preso à escrivaninha
narrando gestas
sobre o lombo
de outras bestas).

Sou o poeta na escrivaninha
que olha a bem-amada
e quer a paz para sempre
ao lado dela.

A paz que chega,

passa e vai com ela!
 
Sou o profeta desistente
deste mundo de títeres e déspotas cruéis;
o vate que não clama mais por justiça
de forma renitente
porque seria ingênuo e inútil
crer em tais mitos humanos.


Agora sou apenas o homem
que, quedo e mudo,
espera na praia,
onde o poeta restou náufrago.


Aspiro tão-somente por um resto de paz
no berço que vejo nos olhos dela :
emocionados olhos negros
cheios de paixão e desejo ardente adrede(?)
da mulher que planta a minha vida
- na alma dela!
( Minh'alma se alimenta
do que ela produz em glicose
na relação de fótons e clorofila;
a alma dela 

- fonte de alimento
retrata-me verde, 

mantém-me e me devolve vivo
violinista verde violetado
na violeta dela...
( Ela que enfrenta corajosamente e confiante
o olhar do balisco
que  olha-a de dentro de mim
- do nervo óptico).


Um dia sem vê-la
é um noite cega.
Vê-la por alguns segundos
é esclarecer o sol
que deixa de se ocultar
em região obscura da alma,
lado negro da lua em mim.

Vê-la é vivê-la
ao menso em olhos,
conquanto eu a queira inteira
- nua em pelo 
corpo e alma...
 
O meu coração não está na Dulcineia,
mas na Cassia...:
única mulher que o basilisco aceita,
que passa incólume pelo  crivo de seus olhos
graças à sua imaculada conceição:
imaculada concepção...
- seu imaculado coração de mulher!

 Ela é meu mito
da Virgem Maria:
meu rito
da mulher real e idílica.
( O canoeiro da minha terra
idealiza o idílio(idílio!)
no rio da poesia,
mas ela realiza o ideal
na engenharia do amor
que beija e deixa-se beijar
na conjunção carnal

para além do carnaval
- para além do bem e do mal
do amém e do mel...
para além do céu!
- e da terra...   ).




Ficheiro:Gustav Klimt 016.jpg
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