Não sei se Deus é tão-somente uma fala
Ou um teatro com falha
No rito e no mito
- que imito e emito,
Apito, agito
Vou ao Egipto
De jipe
Porque do Egito
Evoquei meu filho
Sobre o jumento
Que levou também José
E a Virgem Maria
Que faria a viagem
No bago da vagem
Ou pelo gosto da aragem
Que carrega ao colo
O planador e seu piloto em solitude de montanha...
- tamanha a solitude tacanha!
Que a solidão abocanha
E ganha a picanha e a piranha
N’água de ariranha
E aranha que arranha
O eu com teia
E cadeia de vida.
Não sei de Deus;
Sei que o ermitão
que tão-só sou ao sol
É um deus vacante,
Vacum no gado
Que vaga em vaca
Aos arredores das dores
Erigida no altar soerguido em Betel
( Beta Betel havida à
Betelgeuse)
Pelo patriarca bíblico Abraão,
Senhor da Arca
De Noé e da Aliança
Que rói a rua
e rui em Noé
sem noética
- noética de nauta no naufrágio
De frágil nau Catarineta
A nu ( anu, Anúbis?) no romance da Nau Catrineta
E em todo romanceiro
Gitano ou medieval
Que me sonha em baladas
Em anteprojeto para o poeta Cesário Verde
Que pinta um livro pinto
De Violinista Verde
Tocando nas cordas com baqueta
A melodia que jorra natureza fora
Em noturno para Alpha Centauri
E Beta Centauri
Caçadas por Órion
Na abóbada celeste
Que reveste o olho
Que vê o pior piolho
E o molho de rocio
Que roça o solo
De clarim clareado a lua ou sol
Sonolento no lento movimento
Que é a manhã com mingau de fubá
Ou à míngua no que minguou
Da lua quarto minguante
Andante com sua companheira estrela
Atrelada à cauda
Ou rescaldo.
No que tange a lira
Quanto ao Abrão de Sarai
Este não era de Deus
Na fé da terra
Até que seu nome mudou
Com o feito de fé
Para Abraão, então
homem de Deus,
Que o mísero Abrão
Era mero homem da
terra,
Laranja da terra,
Homem de terracota,
Com pés sujos , no barro metido
Tal qual os deuses
Ao modo de Ball
E outros que tal
Adorados como ídolos
Em estátuas chamadas de Balains :
Deuses com pés de barros
E cabeças no oco
- do pau oco
Onde se metem alguns santarrões
E outros glutões
Que se dizem Aquinates
- De araque.
Não passam de basbaques.
Sei ,também, de ouvir sinos de Belém
Ao bimbalhar natalino,
que há um deus me esperando
Na balada narrativa de seu amor infindo ,
Numa mulher nua,
Crua arrancada em pedaço de favos
Da lua que luta ao palor do luar,
A qual se me dá sem pudor
na volta do semi-círculo lunar
Que faz uma circunferência
Pelo contorno da equação
Que desenha o desdenhar do barco de ouro
da lua minguante
Que doura o céu noturno
Espelhado nos olhos da mulher na noite
Pintada na palheta do catalão Joan Miró
Que amava as negras madeixas bastas
As quais vestem a cabeça aromática
da dama da noite
com a Coma da Berenice
em notável noturno,
Chopin ao piano, ma
belle,
Que caça a noite em Cássia.
( A fala, que hoje recolho à bigorna,
Era canto trágico grego,
Depois escorreu em mel pelos cantares lunares e solares
E, por fim, caiu em nossos corações
Que de dois
Viraram com a viração
Em “cor uno”
Que não pressiona nem
impressiona
Olhos de impressionistas à Monet
Mirando nenúfares e catedrais góticas,
porém cala fundo no coração
de grande calado,
à meia-nau de profundidade,
no casco do navio,
entre proa e popa,
no ponto mais baixo da quilha,
- quase afogando a trágica Ofélia de Shakespeare
Que com choque espia
O pecado que espreita
De embocada na sotaina negra do dominicano
Absoluto no luto
Ou alva do monge cistercense
Em nonsense na luta
Contra a barra da alva
Que teima em por uma estrela beta
À Betelgeuse que ilumina caminhos de Betel
Com e estrela Rígel,
Uma Beta Orionis,
Constelaçãode Órion,
Que abre caça no que é céu
Refletido em mar
Que de muito amar
Amargou a erva e a hera.
( Sei no seio do torrão em mim
Que Deus Alpha, Beta, Gamma...
No brilho aparente de sua magnitude visível
Na abóbada que livro do livro
E coloco em anteprojeto).
( Anteprojeto com Baladas(balada!) para os Poetas e as Poesias de Alphonsus Guimarães e Jorge de Lima, Mestres com Magnitude Alpha,
Beta ou Gamma, a consonar com a Uranometria(Uranometria!)u da Musa da Astronomia).
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