A dança (arte cênica, flamenco, flamenca bailarina ) tem o escopo de demonstrar a saúde em plenitude, o que significa : sexo a ofertar em plenitude, tonicidade, beleza, capacidade de gerar prazer e prole, enfim, uma proeza corporal ( física e mental ) que denota vida, no mais alto escalão físico-químico-elétrico- magnético. A arte da dança ( arte cenográfica) tem por finalidade demonstrar a façanha de um herói ou heroína física e metafísica, consoante e sem consonância com a palavra num dos compiladores de Aristóteles, que moldou o vocábulo e o carregou de um sentido sem tradição originária no estagirita. As cantoras-dançarinas populares fazem bem esse ritmo saúde-vida-sexual-plena-ativa ao dançar freneticamente, de forma sensual, voluptuosas como uma serpente sinuosa ou um rio insinuando-se ou serpenteando pelos cânions ( "Grand Canyon", desfiladeiro ou canhão-fluvio-cársico ), rochosas montanhas, dos Apalaches aos montes-santos, às raninas, estepes... mar negro, Jônico, Mediterrâneo...
A dança ( russa em Stravinsky, flamenca na Espanha com castanholas! ), portanto, em seus modos, pode ser : cênica, erótica, ritual, cerimonial, histórica, religiosa, competitiva, esportiva, escocesa, dança latina, teatrais, irlandesa, jazz, lírica ( poesia), profética, social, etc., tendo, cada uma dessas, ou daqueles olvidados ( dados ao olvido em não-violino para ossos ( martelo ( não das bruxas!) bigorna e estribo : deus-não-ouve e põe no olvido à razão "preclara", no feminino-metafórico-alegórico ) , não-oboé para sopro de arcanjo nas narinas, ou para constituir-se em sistema olfativo ( olfato é um fato) : deus-cheira e não-houve pelo ar que aspira, mas sim pelo vento que sopra com a batida em ondas que se desenham no ar em dança senoidal ), seu objeto e arte ( Balé clássico, sapateado, dança acro.. afro e samba, bolero, tango, valsa, flamenco...: o flamenco que retrata a turbulência à época da inquisição; a dança e música flamenca que escreveu vários "poemas trágicos", na fumaça da fogueira da inquisição espanhola, com torturas severas para mouros, ciganos e judeus. Quiçá, isso esteja na dramaticidade do canto e dança flamenca : alma da tragédia, pós-Grécia antiga, mas em festa ( "bulería", bulerias), um pós-tragédia ou tempo trágico, abordado na filosofia de Nietzsche, que era outro "violinista ao telhado", no azul aberto por Chagall durante a Segunda Guerra Mundial : um anil respirado pelo violinista azul, que Nietzsche também o era, ainda que sem o saber e, com suas teorias, alimentando o nazismo em sua megalomania ). Há um resquício ou rescaldo de dor no flamenco: dança e música dramática, com guitarra e castanholas. Coreografia para escarlate, carmesim...
A dança ( de São Guido! (São Vito ou "do-ença" ( semiologia, semiótica para médicos)? : coreografia viva, no mal (diabo, demônio! de Parkinson?) ) tem sua normas ( gramaticais, matemática, jurídicas, tácitas ou geografadas, geoglifadas no corpo e nas vestes para o corpo e adjacências para obra de coreógrafo: coreografia).Existem normas para todo tipo de dança e elas nascem do anseio popular ou erudito, dentro de uma norma, que a torna racional, como tudo o que provem do ser humano. Mesmo os ditos irracionalistas, a exemplo de Nietzsche, são, por ironia, racionais, radicados na razão.São agrupados tecnicamente, por uma questão de entendimento do pensamento ou da orientação da "razão", entre os irracionalistas ( irados! : iracundos) , porém não entre os irracionais, baixo o Cão Maior e Menor a rutilar.
Aliás, o filósofo ( Nietzsche, Aristóteles, Platão ), principalmente, não é outra coisa que racionalista, por menos que o pareça. O objeto ( direito, indireto, de estudo ) que "estuda" ou põe em desnudo, na linguagem da ciência, o método e modo como encara e encarece tal objeto e usa finalidade é que o faz levar a pecha de irracionalista; isso se faz também com o fito de dividir os tipos de filósofos ou o contexto de seu pensamento ( contexto interno e externo ao filósofo, o qual externa o contexto interno em sua obra, que é sua biografia intelectual).
As danças populares são mais simples, de uma singeleza tocante, sua gramática ( norma ou princípios da razão que a informam e formam) são mais singelos, menos elaborados pela razão ao modo de Kant ou Aristóteles, que leva a racionalidade ao cume, ao ápice, à cúpula, avistada no Domo (Duomo), com a cúpula, de "Santa Maria del Fiore", obra de Brunelleschi, o arquiteto italiano, que atingiu a culminância em arquitetura.Ele, o arquiteto , por excelência. ( O termo, léxico, Arquiteto, significa governo de quê? Aliás, a palavra governo é mais ampla em suas raízes do que se imagina!, ou o imagina o vulgo. )
A dança é uma ciência e enquanto ciência, no ato, antes do fato, ou durante o ato ( em-ato) "enfatizado" no fato ( ou no ato de fato.É árduo, tarefa árdua, discorrer sobre o conceito de ser presente-presença em função de ser em virá-ser ou vindo-a-ser, existente-imaginário, na boca e em digestão no tempo e espaço, que é tempo transformado pelos atritos...) é uma em suas inúmeras linguagens, mas se manisfesta em várias linguagens, conquanto seja única em todas as línguas; suas linguagens são adequadas ou se adequam aos objetos que a ciência dá enfoque; eles, com seu desenho ou figura ( geométrica ou não geométrica) molda e é o molde da ciência no objeto : o objeto modela cada linguagem, constrói jargão, jergão, lexicografia própria, terminologia cientifica específica, elabora seus verbetes, seu glossário, busca seu étimo ou funda com neologismos sua etimologia ou léxico. Seu dicionário ( onomástico, linguístico, filosófico, jurídico, enciclopédico, científico ) e sua nomenclatura ( binomial em latim de Lineu ) abastece, provê a língua vernacular e outros idiomas construído para o pensamento e a onomomástica. A dança ( clássica) também é assim; aliás, toda atividade humana é assim ( ou "assado"?_).
Cada objeto requer a construção e um projeto arquitetônico ( de governo da construção ou da mole ) para a ciência a fim de facultar o estudo o objeto, o que depende de uma gramática ou conjunto de normas técnicas, jurídicas, gramaticais, matemáticas, filosóficas, ao mesmo tempo e para por em-ser em-sendo e em-foi-ser-antes, no pretérito agora fictício ou ficção de memória e imaginação, não mais objeto de ciência, ou objeto de ciência e imaginação e memória, não no ser dado, mas no ser em-sendo ou em-foi-ser-de-antanho ( Santo Antão!, me salve! ),no mesmo espaço.
As formas que a ciência assume em módulo ou modo de filosofia são : epistemologia, ontologia, ética, noética, gnoseologia, gnosiologia, etc., consoante o objeto que deforma ( em gravidade ) e dessa "deformação" ou "má formação" ( fetal) "calamitosa", em arte, idealiza o espaço torcido, curvado em corcova.No dromedário?( taxionomia, taxonomia, zoologia, sem taxidermia).
A ciência assume formas as mais diversificadas, consoante soa o verso e o verbo entonado na voz ou à mão desenhando para senóides ( as ondas são senoidais ; o desenho algo geométrico, de uma geometria analítica em parábolas ou parabolar, é senoidal ), que não se ouve, mas se vê no gráfico ( grafoteca (?), grafologia, cartografia...), o odor da "odorata" em olfato, no texto no tato dado pela textura do artista que pinta...; enfim, os modos de ciência, livres da forma da filosofia, no âmbito agora de normas gramaticais, jurídicas, ética, dianóicas, etc, do que, atualmente, se chama de ciência, assume as formas ou modos de : antropologia, psicologia, direito, biologia, entomologia, arqueologia, paleontologia, etc., que, em verdade, são as formas de sues objetos. Tomam, destarte, os nomes de seus objetos, os quais lhe dão o "nous" ou : inteligência.
Inteligencia objetiva e, antes, subjetiva, ao menos no ser humano e, evidentemente, no animal, que não pode prescindir de um interior com cérebro "pensante" ( de um pensar "sentido") para sobreviver.
A vida é uma dança que só para no cadáver ; no moribundo a dança final ocorrre-socorre o ser humano nas vascas da agonia, em rito derradeiro, anunciando, feito anjo de Michelângelo Caravaggio, o nascimento às avessas, que é a morte, ciclo escuro, no escuro do ventre da terra, no retorno à Gaia ( ciência), por onde passa Nietzsche ( para "Além do Bem e do Mal", ou seja, para lá do maniqueísmo simplista ) e todo mundo vai passar, na região da sombra. Passamento.
Prova do que escrevo?! : Começo a dissertar sobre dança e termino com ciência. por quê?: Porque tudo o que o homem faz ou pensa é ciência, em graus, grados, graduação de consciência, inteligencia posta no ato, etc. Se o tema envolvesse religião ou filosofia, ou o que quer que ofereça um objeto virado para o deus ou demônio subjetivo, terminaria do mesmo modo , ou seja, saber : em molde de ciência ou de fazer pensando e pensando fazer ou, ainda, pensando e fazendo e fazendo-pensando. Aliás, Dostoievski faz isso com sua polifonia ou suas idéias polifônicas que desorganizam o caos ( o caótico?!) , que já é o caos, mas ele, com sua arte literária, meslcada ciência, filosofia, religião ou sentimento religioso ( quiçá místico), embaçado com um ateísmo e um deísmo dialético, em perpétua síntese entre tese e antítese..; enfim, em Dostoevski ( Dostoievsky-literatura russa ( Rússia) ) que em polifonia canta em todas as formas e modos da ciência, mas a linguagem não muda de tom ou de forma ( jargão ) ao entrar em relação com o objeto.Ele era, antes de tudo, um artista, um autêntico profeta, um homem pleno de vida e completo...: não fosse adepto fervoroso da dança de São Guido, ou São Vito : a epilepsia, que o vitimava, do qual era vítima.
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