terça-feira, 4 de março de 2014

DUNA, DUNA! - verbete glossario lexicografia

Deixarei em signos,
os atos mudos,
realizados por mim através da escrita,
os quais são discursos
( para capitães de longo curso,
de corveta e nau capitaneada)
que leitores e musas
levantarão  da tumba,
quais cascavéis ziguezagueantes
nas areias do deserto mudo,
mudando duna a duna,
grafados, geoglifados, petroglifados ou hieroglifados
sobre objetos insólitos
e não sólidos,
que não realizam travessia
pelo universo natural  da química,
pois signos são mudos,
não falam, não cantam, nem tartamudeiam;
entretanto, podem suscitar
os significados e símbolos nas vozes
das musas, dos homens ou dos instrumentos musicais
que os erguerão do limbo
ao solo de oboé ou violino,
em solo de solista humano,
quer seja soprano, tenor, barítono
a chorar em tom
com olhos postos
no orvalho da madrugada
em madrigal para besouro,
coleóptero  na madressilva,
todo iluminado
buda que é
no vaga-lume e pirilampo
co campo ancho no angico.

Meus cantos e discursos
terão "voz" também
no silêncio dos olhos e da mente
de quem os lê,
pois após as auroras
dos 96 anos de vida
a fala será apagada da memória,
bem como todo o resto
que ficar pela terra
- e que é terra
na terracota,
mas não no mutismo dos signos,
que não levantarão minha voz,
porém meu pensamento
no DNA dos signos e símbolos...
- Até que a língua da água
desmanche os sulcos do código em areia
e a proceda à erosão da língua!
a final.
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