A extinção dos grandes felinos
é a grita de alguns ecologistas específicos.
Contudo, enquanto táxon extante
leões perdem dentes e jubas,
hienas e leoas se dilaceram
e caçadores, obsoleta a besta,
que traziam a tiracola do besteiro,
bem como a balista, o arcabuz, o mosquete
dos "Três Mosqueteiros", em romance alinhavados
por Alexandre Dumas, de tulipa negra,
passaram a empunhar um arsenal de tecnologia de ponta,
pois se obsoleta a borboleta não é,
tampouco o é a espingarda, o rifle, o fuzil...
mais ( ou menos): o obsoleto conceito de obsoleto,
que obsoleta,
e a obsoleta palavra quase fora da letra
paralela à língua que lhe serve de espoleta,
porquanto o idioma não espoca,
não possui a espoleta na língua
guardiã também da ptialina
ou amilase salivar enzima da língua
que lambe a vida e faz o sábio,
o provador, mas não o provedor.
A espoleta espoca.
Acha pouco ou pouca a centelha
que a faz espocar?
O que acha a acha do archote
que acha o caminho na caverna tenebrosa
habitat de morcego cego sem ego? Nego
que ache a negra treva da noite
rasgada pela luz
que com a aurora me banha
caiando minha tez alva,
que recebe a salva da alva
em barra de chocolate de cacau
não ignorando o azul o jalde no escudo
do brasão do beato Papa João Paulo II,
cuja inscrição inspira o aroma da Virgem Maria
na voz escrita e para ser falada no mote : TOTVS TVVS,
no listel de blau.
Entrementes, qualquer palavra ou coisa
é ou será obsoleta
até que se atire da besta humana
outro tipo de tiro seguido de pólvora
que faça mutação "genética" no tempo
ou nos memes culturais(redundância rotunda!)
de mãos postas pela cultura,
qual São Francisco de Assis pela Igreja católica,
as quais os manufaturou
com ambas as mãos depostas, dispostas, quedas
em artefatos de fato!
( Que há os de Direito!
em sortilégios algébricos, lógicos, líricos, mentais...
lisos sabres sobre lírios lisos
no escarlate fugidio sob à lua amarela,
em derrame amarelo
que aquarela a aquarela
furtivas nas águas-furtadas
e nos beirais das andorinhas
que bebem das lagoas
nos mosaicos vegetais das restingas,
que são sub-luas
no cozer da glicose,
um geoglifo verde
nutrido pelo amarelo
que também se deita na mata paludosa...).
Todavia, os ecologistas desta gesta,
por pertencerem a táxon extante(táxon extante!),
olvidam de sua própria extinção,
quiçá mais próxima que a linhagem
dos grandes felinos,
pois o homem somos um relógio,
na verdade uma bomba-relógio,
que a qualquer momento pode parar
ou explodir em apoplexia
dependendo do mecanismo
que acione ou assine o ato final
do ator em desgraça
ou lhe cubra de alma cristã
dada na graça de Deus
que a fez em cristal
que canta lenda e mito
em rapsódia suave, branda.
( Posso parar agora
antes do coração contar a hora cardíaca,
ou o aneurisma fatal se instalar
e a eclosão de uma primavera aos avessos
sitiar e invadir o corpo
mesmo se não tiver qualquer doença que seja
um empecilho à função do carrilhão
à sombra ou ao sol,
sob o sono ou em vigília,
quer seja rico ou pobre,
o pobre diabo,
sábio ou tolo,
requintado ou rústico,
feliz, infeliz...: havemos de perecer!!!
Morreremos em sonho ou sem sonho solto
sob o sufocamento do sono,
que não deixa de ser
um travesseiro com fronha branca!
travestido de travessia...
Sem embargo de voz ante o algoz
os ecologistas que não são o que somos,
- sou, somos o homem fora da alienação
profissional, social, cultural, política, ideológica, lógica...
antropológica, telúrico e até cósmica, enfim,
o homem na solidão inextricável do homem,
inóspita solitude montada a cavalo baio castanho
(em cavalo gramatical errado? Solecismo?),
pois não sabemos até onde somos o homem
e aonde vamos enquanto homem
livre das masmorras humanas,
seus grilhões, suas máscaras de ferro
ou de carnaval diuturno,
- não temos noção até onde vamos
na viagem da luz na vagem, pela várzea...
( peluda, paluda, pelada várzea)
em coche com sete cavalos lucíferos
que nos leva pelo universo
( alter cavalo)
enquanto seres humanos ligados à Gaia,
nossa mãe escavada antes do ventre,
na madre, entre o ventre e o vento,
e após o ventre, no seio da terra,
quando mortos, natimortos,
de volta ao círculo-ciclo mineral,
que os eruditos chamam de Reino Mineral
( pudera Monera!),
que vige e vigiam nos rochedos colossais
e nas pedras invisíveis que agem
- como sais minerais!,
pois assim denominam os minerais,
e sais, areia, argila,
quando na areia ou na água do rio,
na orla,
na água do mar e do sangue vermelho vivo.Vivaz!
...Mas os ecologistas que não somos,
- somos homens,
se e quando salvos das salvas dessa alienação;
essas alienações, alheamento do homem
que são ecologistas, filósofos, poetas, monges...
- e não sabem que vão perecer em vão
na sua individualidade letal,
porquanto ecologistas
são alienações da mente humana,
em filosofia-fenomenologia de Hegel, Marx
e na terminologia, nomenclatura dos psiquiatras
( Ah! a individualidade é um veneno de morte
que Shopenhaer, em sua crença na filosofia,
sua demência multifacetada,
sua loucura em mosaico de restinga,
tentou combater com argumentos lógicos-metafísicos,
para gáudio de Erasmo de Rotterdan
em signos na obra "O Elogio da Loucura".
Oh! Quanta loucura sem cura, meu Deus dos ceús!,
- meus diabos dos infernos humanos!),
pois os ecologistas que não somos,
mas nos quais estamos alienados,
perdem a capacidade da sabedoria
ao exprimir-se em língua que não lambem
e, portanto, não podem sentir o mundo
- que é, para o homem,
e somente para o homem,
guardado no guardanapo,
onde a mãe deixou o sanduíche,
o sabor do mundo :
a sabedoria
que, em linguagem de um poeta daqui de Minas,
é o "Sentimento do Mundo"
postado em canto poético-filosófico,
tal qual o faziam os grandes filósofos gregos;
a saber! : os pré-socráticos :Empédocles, Heráclito, Parmêndes...
senão Zenão de Eléia.
Essa grita histérica contra a extinção
se justifica plenamente
porque o ser humano individual
sabe que carrega em si
musical na sua escrita genética (geoglifos)
a equipagem que o trouxe das brumas do tempo
em memória genética que acessa inconscientemente
todos os seus antepassados em atos
os quais, ademais, pode observar em seu corpo vivo
( Os corpo vivos de cada indivíduo
são seus genitores, irmãos, filhos, netos, bisnetos, tataranetos...
que quero ver para viver!
- e viver para ver ao sol suntuoso
as sutis silhuetas
que o matiz de Matisse levará ao meus olhos de então.
Viva Matisse, que não vive : vivo eu!
- que viva mais e muito mais, em abundância de felicidade:
aristotélica e não-aristotélica :
outro alter "ego" de ser, não-ser parmenidiano).
Esse saber-se "eterno", escrito em geoglifos genéticos
e enquanto escritura sagrada, viva, vital,
leva-nos às doutrinas da reencarnação,
que é mais que doutrina : é vida!
- e da ressurreição, que também é mais
que um exercício douto,
cujo fito seria exercitar
a controvérsia doutrinária que esteia
o árduo labor filosófico
que faz ouvir
o martelo bater na bigorna
e produzir o canto doutrinário em poesia
e depois em fala mansa
de alguns filósofos
que deixaram a poesia ao tambor da tribo
e passaram a palrar serenamente
sem necessidade de impor um ritmo melódico à voz
que de canto se volta em fala,
que é menos dramático
e não preciso de coro e canto
para narrar, decifrar e analisar a tragédia
com "pathos" de filosofia de Nietzsche
que cante e dança
sem cantar e dançar de fato,
mas apenas mentalmente,
na arena ou anfiteatro da deusa "Mente",
que mente mas não menta
enquanto não descair na demência da velhice,
- demência outrossim denominada mal de "Alzheimer",
nome da moda para "eterna" moléstia
que acomete aqueles em idade provecta:
postulante que é do espadachim
no tempo chim,
em dinastia chin.
A nenhum outro animal
é dado sobreviver muito tempo na velhice.
Esse é um pecadilho do homem,
que pior se alimenta
e, consequentemente, pior vive
tendo a sentença de morte
suspensa pela ação de drogas farmacológicas.
A esta vida miserável
os médicos e o bulário chamam "sobrevida".
São Francisco de Assis, em seu bulário,
trata da vida franciscana,
que mirava na vida eterna, por certo,
e os Papas regem a igreja também
por Bulas Pontifícias
que estabelecem a política da Igreja.
( As mais excitantes Bulas Pontifícias são, quiçá,
se a Sé quiser santa clara : "licet ad capiendos",
"Ad exstipada" e "Summis desiderantes",
esta última contra bruxaria, bruxas, bruxedos e bruxulear...
Ai! quanta santa fé, Santa Sé!).
Essa paixão que nos faz esquecer da própria morte
é o amor ágape,
que nasce ao redor de nós,
do eu para cônjuge e filhos,
e passa à espécie
quando ganha os caminhos do mundo,
este caminhão!
Caminhos e pergaminhos do mundo escriba
- e hipócrita!
de onde origina todo amor :
na paixão de Eros,
"pathos" venéreo e venerando,
que entorna um filo de paixão
pela filosofia que fia que faz amigos
no fio que não fia o bicho-da-seda,
mas o homem furta,
esse ladrão qualificado,
e os leva com levas de escravos ou prisioneiros ( os pobres)
aos teares fabris, febris em sua produtividade,
a qual depende da inteligência de homens
transformados em bestas
do que das requintadas tecnologias
saídas das Quintas dos portugueses
e outros burgueses
que não são contra-Marx
quando editores
ou Burle-Marx
quando pintores
nas caras das cores de Matisse,
pintor da besta selvagem ou fauvistana;
na bigorna do francês :"fauves"(feras).
Quem sabe um dia
eu volte plenamente
com todo o meu ser
consciente do retorno
autoconsciente de mim
buda do Buda
iluminando o iluminado em mim
superando o buda em mim
e retomando ao meu pequeno eu...
ególatra, egocêntrico, egoísta...
mas apenas em consciência
que inaugura uma nova e era na ciência
- outra era que logo será
era de outra alienação
de mim como superbuda
sem dialética, dialeto, diálogo...
porquanto sou terra
cantando à terra,
planta, que é terra viva,
mas não erra com o arameu errante,
animal que anima a bigorna do latim
que late no cão,
do céu e da terra,
e anima o homem
com alma aristotélica-cristã-tomista
em latim para tímpano erudito
- tudo jogado na escolástica elástica, eclética
de Tomás de Aquino, Duns Scott
e doutros doutos doudos
sob toldos, sobre Volvos
em caminhos de caminhão.
Rodado caminhar. Rotundo.
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