terça-feira, 11 de setembro de 2012
FÍSICA QUÂNTICA - léxico glossário etimologia etimo lexicografia terminologia científica
A matemática é uma linguagem descritiva do objeto; ela não fala com o objeto, nem de si, nem tampouco consigo mesma, mas apenas descreve o objeto "calada", sem emitir opinião ou analisar o objeto. É uma linguagem sem diálogo, em monólogo. Aliás, assim falam as linguagens da ciência, ou seja, as variegadas linguagens que caracterizam o objeto da ciência, que é una como a substância ou o ser e não várias ou "ciências" como pensa o vulgo e os cientistas atuais em sua carência ou ignorância epistemológica e ontológica, axiológica, filosófica, enfim. Tanto a química, a física, a antropologia, a sociologia, enfim, cada ramo da árvore da ciência, se apresenta ou apresenta o objeto travestido em uma das várias linguagens específicas da ciência, ciência esta que é uma, única, una e não várias "ciências", porém sim seus objetos e a linguagem usada na ciência para descrevê-la enquanto ciência debruçada sobre determinado objeto, sempre na forma de monólogo, ao contrário da filosofia que questiona e fala todo o tempo todo com seus objetos e mesmo com seus objetivos. A filosofia sobrevive do diálogo em seu estudo e mais especificamente da dialética, uma forma privilegiada de diálogo ou de estudo do objeto e do objetivo. A filosofia separa, porém não se cala sobre o objeto e sobre o objetivo e estabelece tal diálogo, na forma da dialética de Zeno de Eléia, todo o tempo. Aquilo que preenche ou é conteúdo de linguagens é o ser e o não-ser, o bem e o mal, o masculino e feminino, enfim, as polarizações, as quais estão extensas no espaço da realidade natural e sensível, no caso do ser ( ou um, número um, na matemática, aritmética, ou do primeiro átomo ou átomo de menor número ou massa atômica, na química, etc. ), e no espaço imaginário ou intelectivo, no caso do não-ser ou o número zero, numeral que exprime o negativo, o nada, a anti-matéria, na física quântica. São as polarizações entre o existente e inexistente, ou existência e essência ( conceitos medievos ), ficção e realidade, que fazem as linguagens e as movimenta "polarmente", pelos pólos ou em meio à tensão que preenche o espaço imaginário ou real entre o pólo positivo e o negativo, zero e o um ( numérico e não numérico ), o todo e o nada, etc. Esse o motor e torque que move o espaço tenso ou em tensão, quer seja tensão natural, entre polaridade do imã ou elétrica, dentre outras, ou intelectuais, no cado do todo e do nada, meras concepções de fluído ou índole filosófica, em tropel. O ser, não obstante, é polifônico e não vem se esgotar nas polaridades; ultrapassa-as, não se quedam apenas naquele espaço do lugar-comum entre a polaridade positiva ( real, fática, natural, mundana, existente) e negativa (intelectual, imaginária, inexistente, em essência pura, sagrada ). De mais a mais, o ser é visto de vários modos e com muitos atributos que fazem aparentes modificações na essência da substância, que é imutável e eterna. O ser para o homem não é somente o que é dado pela realidade na relação com o fenômeno, mas o que o homem modifica no ser, mormente ao por o não-ser, que é nada, porém exercita a linguagem abstrata. Na realidade do pensamento humano o não-ser é outro ser posto, nema espécie de "anti-matéria", porquanto o pensamento do ser humano vive entre a realidade e a idealidade , o que existe e o que não existe, contrapondo o mundo num contraponto que dá no princípio do contraditório, o qual é essencial à compreensão do princípio da identidade e faz parte dele, constrói esse princípio desconstruindo-o, na filosofia do construtivismo, que é a forma que o ser acha de se por integralmente no mundo. O homem pensante cria no corpo do ser um objeto que ele, o ser, não possui como atributo, não concerne ao ser , mas ao homem pensante, ao modo de Zeno em meio ao paradoxo ou ao labirinto de paradoxos que fecha seu pensamento a toda rota de fuga ou saída honrosa, honorável, possível, passível. O ser e não-ser ( e similares), neste diálogo ou dialética, são dois elementos de linguagens, esteios das linguagens. A distinção entre o ser e o fenômeno está na origem do pensamento, que não pode observar o ser ( coisa-em-si) senão por instrumentos ( e portanto parte de uma observação dependente do objeto utilizado na técnica e conotação fraca ) e o ser enquanto dado manifestado no fenômeno, que dá um ser meio real e com outra metade irreal, surreal, em conotação forte, severa. o estudo filosófico do fenômeno é obra da fenomenologia. Outrossim, estão em opúsculos. O objeto da ciência é o ser em sua descrição exata, no conteúdo do que é exato em linguagens, porém não em realidade; na realidade não há exatidão, mas caos ; a exatidão é uma platonização ou um tipo platônico, uma forma de pensamento colocado no espaço e não de realidade, um sonho de realização, cm tendência à perfeição utópica, idílica, que pode ser observado na geometria, com suas figuras imaginariamente perfeitas ou as formas perfeitas de Platão : as ideias. A perfeição em pensar, em esculpir figuras abstratas, basilares, representando ou postulando princípios do espaço com seus axiomas, corolários, escólios, proposições, juízos. O espaço e as idéias, ambos formas concomitantes, têm, outrossim, seus princípios. O objetivo da ciência é a técnica ou tecnologia, não realizar um estudo do ser, mas, principalmente, fazer o ser ou transformá-lo industrialmente, em artefato, que é outro ser, este da feitura do ser humano, dado em linguagens de equações e depois realizado pelo homem ( "homo faber") em matéria e energia, assim como os objetos geométricos são dados na mente com outro objeto e objetivo, modificados, em indústria, depois em escala industrial ; aliás, o objeto ou o ser construído ou desconstruído, e o objetivo mudam conforme o ser venha a sofrer as mutações que a arte, o labor, a engenho e a habilidade do homem proporciona e põe em objeto inovador, que não prescinde de objetivo inédito. A inovação do objeto, do pragma, norteia outro caminho para o objetivo, que , senão, fica defasado, obsoleto, arcaico. No fenômeno o ser é representado, quer dizer, é apresentado desde o pretérito, ou no passado, e não está , pois, presente, no tempo, porém fora do tempo real, que é o presente : sem realidade ou existência, excepto a existência dos sentidos que o captam, os recolhem ou colhem no mundo das coisas. Daí, é representado tal qual a luz da estrela que vemos agora é representada, porque sua luminosidade vem de um passado remoto, e sua luz observada agora, viajou muito para chegar ao olho humano, na velocidade da luz. Quiçá, a estrela em foco nem exista mais, nem esteja mais emitindo. Aliás, todo ato de representar é um ato que remete ou se refere a tempo pretérito; logo, na representação não há presente, mas presença do ser que se remete ao passado remoto ou imediato com presença no pretérito, pois, enfim, o presente já é passado, quando chega à percepção humana, de ato a fato. Não percebemos imediatamente, mas mediatamente, porquanto o tempo que se leva para compor o ato em fenômeno já constitui um tempo pretérito, como, aliás, dí-lo o prefixo "re"( para trás, no pretérito), que encetam palavras que exprimem o tempo passado ; senão vejamos: recuar, rever, requerer, repetir, representar ( tirar do passado ou pretérito e por no presente como presença do homem pensante, porém nunca como tempo presente, porque o presente mesmo não é nos dado conhecer, mas apenas vivê-lo e enquanto vivendo, existindo não há representação da vida em ato imediato, apenas é possível uma representação da memória de vida, no fato que deriva do ato. O presente vivido com o ser a percebê-lo imediatamente, ou a coisa-em-si, no sentido de linguagem filosófica, não existe, não há, é impossível, pois a percepção não acompanha a vida, que vem antes (pré), enquanto o pensamento vem posteriormente (re). Não há presença do ser em percepção, mas sim na vida. o ser é ausente no ato, porém pode ser representado no fato, como a luz da estrela cintilante que vemos hoje no céu, conquanto ela, a estrela, já tenha emitido tal luz há milhões de anos-luz. O fenômeno tem liame com a sensibilidade, que dá o ser representado, ou o não-ser, que se passa por ser, porquanto fora do presente não há ser presente, não há ser algum, mas apenas não-ser. O ser é, enquanto coisa em si, ou seja, coisa no homem, no tempo presente, algo vivido ou experenciado no homem e pelo homem, no tempo em que o homem atua, vive, existe; tempo vivo, vital, que pode e é vivido, no ato, porém não pode ser percebido : é imperceptível, não passa pelos sentidos, e tão-somente toma fumos de conhecimento, naquilo que não perceptivo, não sensível, ou seja, na apercepção do intelecto que, assim, outrossim, conhece a coisa em si, não no sentido kantiano, que mira a razão ou de Shopenhauer que atira na volição como ser em si. Trata-se de um ser pensado, não vivido; parte existente, parte essencial. o ser não está em presença senão da vida, a qual não percebemos; no entanto, refugiamos na apercepção intelectual para realizar esse ser, compô-lo de pensamento e de realidade mista, não fenomênica. Vivemos no presente, mas somente percebemos e experenciamos o mundo e o tempo como pretérito, no tempo passado para a memória, a qual cumula fatos, ou fabrica fatos conhecidos dos atos vividos. A coisa-em-si é um não-ser no fenômeno, algo em natureza que que não partilha a coisa com a sensibilidade, pois o ser sensível do homem não percebe, imperceptível que é a coisa, que é um ser em si, não para o outro, não para a percepção, mas para a apercepção intelectiva; porém a coisa percebida pelo intelecto em si ( intelecção coisa ou ser de intelecto ), tem expressão na imaginação, em parte, e em parte na razão, a.qual põe o quadrado e a raiz do quadrado : a quadrada, quádrupla, hermética em si como a coisa-em-si.
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