sexta-feira, 14 de setembro de 2012

MONGOL - glossário léxico etimoloogia etimo lexicografia dicionário gentílico etnia

 
O Egito fez  das pirâmides seus museus contextuais : a arte, o poder político, a religião, o trabalho excedente, a ciência e a tecnologia rodeia o diâmetro da pirâmide, assim como a vida do povo e do faraó e dos sacerdotes. Na estrutura piramidal toda arte, desenhos, pinturas, geometrias,  filosofia, comportamento e normas do Antigo Egito. Em companhia do faraó plenipotente vinha  toda a vida do Egito na história e na religião, narrada em hieróglifos e retratos do cotidiano.
O luxo, a soberba e o desperdício, a prodigalidade e a liberalidade do senhor do Egito em seu derradeiro ato, fazia parte da economia dos ritos faraônicos, cuja megalomania era patente e cultural. Parece que, com o sepultamento do faraó, os egípcios pensavam em comprar, subornar, sabotar, lograr ou distrair os deuses com uma montanha de ouro, arte, vida e presentes ofertados sem parcimônia. O faraó era pródigo como todo rico, avesso à economia, excepto a do povo pobre coagidos por lei de mercado a pagar a conta, a fim de sustentar a luxúria e volúpia, bem como todos os vícios dos opulentos.O faraó é a figura nuclear, o cerne da vida egípcia.
Ao dominar as linguagens, construindo uma língua, falada e, principalmente, escrita ( hierático, hieróglifos, demótico, copta, no caso específico do Antigo Egito dinástico ) , desenhada, conceptual, sagrada e profana, o homem, no caso, o egípcio dos arcaicos impérios ou reinos,  conquista  o mundo a seu redor e tende a se expandir ao cosmos infinito através das linguagens-substratos que se estão no fundo abissal da língua que  fala e escreve, desenha e geometriza, pensa e ri, extrapola a mediocridade ocre e a vida prosaica do arrivista que sonha em se locupletar impunemente,consoante há um código oculto e toda sociedade que proporciona e estimula tal enriquecimento ilícito ou enriquecimento político.
Amealhar fortuna e poder é a finalidade do político. Ademais finalidades ou objetivos são conteúdos vazios nos discursos para pobres que esperam e desesperam esperando pelas suas benesses, quando as há, no próprio interesse egoísta. O larápio homenageado é o político, o eleito  pelo povo para ter o  direito inalienável de roubar, furtar ao erário, onde a população pinga as moedas lavadas o suor do trabalho. Existe melhor lavagem de dinheiro?!
A linguagem ( que são muitas) medem, equacionam, dão significação e significação à vida; conquistada e dominada a língua, o homem não tem mais limites no conhecimento ou ciência, pois a linguagem possibilita toda a arte, que cria a técnica abstrata e concreta e o pensamento contextual, porquanto a linguagem ( linguagens) tem validade contextual; exilada do contexto de onde derivaram a língua e as linguagens que a acompanham, pouco valem para o leitores e hermenêutas, exegetas externos à cultura, quer seja para ler um livro ou uma frase na língua original, mergulhada em linguagens, que ficam no fundo e , por isso, passam despercebidas, não são lidas; estão mortas tal qual a cultura e o homem que a vivia no dia-a-dia, no rame-rame, fru-fru das onomatopéias. São  barradas à visão do estrangeiro ou do estudioso pela conotação perdida, não mais passível de reconstrução.
No Egito, civilização cujo excedente de produção está óbvio na estrutura e tempo que as pirâmides tomavam, como obras de arte, de vida, e de ciência, religião e pensamento político, bem como ação : era uma civilização rica, com enormes reservas, das quais podiam até esbanjar tamanha a opulência do reino. Fausto e fastio observado nos ritos funerários.
Falavam o demótico, língua do povo, o copta, que era um grego sórdido, idioma para felás, não obstante escreviam com arte suprema e superior erudição na língua dos hieróglifos, no qual se expressa o livro dos mortos e, provavelmente, nas suas linguagens matemáticas, científicas e técnicas, enfim, que não estão em copta sujo ou no demótico para simplórios,  aonde guardavam em segredo , a sete chaves, seu conhecimento, sua sabedoria tirada às linguagens cósmicas, que "falam", e "escrevem" por toda parte, inclusive em geometrias ( as geometrias não são várias  na mesma cultura, nem tampouco em culturas diversas, independente do grau de maturidade da civilização, da sofisticação da língua : são de fato uma só geometria, insulada numa cultura e língua, com linguagens que buscam um referencial próprio a cada cultura, porquanto  a ciência é uma só em qualquer cultura e civilização, consoante seu estágio de desenvolvimento e envolvimento intelectual, pois a ciência é linguagem no bojo de linguagens, no âmbito de uma língua e um comportamento tocado por uma maneira de pensar o mundo e o homem em sua axiologia).Não há duas matemáticas, há duas ou mais abordagens da matemática de um cultura ou de culturas díspares, insuladas em seu pensar o mundo em linguagens matemáticas desenvolvidas, bem como várias linguagens para exprimir a matemática numa mesma cultura ou em cultura alienígena, a qual não tempos como ler e, consequentemente, compreender em contexto.
Tendo uma língua culta, constituída de variedades de linguagens subjacentes, chegado a um grau de refinamento, a uma literatura de primeira qualidade, que somente alguns homens de alto nível mental, intelectual, é capaz de compreender e utilizar com proficiência,  a cultura abre as portas à civilização e ao surgimento dos homens inteligentes, dos gênios, sábios, os eruditos,  tão extraordinariamente dotados de tal grau de inteligência que, tendo seus feitos intelectuais e técnicos, narrados com pretensões históricas, pelos homens comuns, ou ordinários, levam a credulidade dos incautos a passar a narração de história à lenda e ao mito divino,  abrigando, inclusive a crença infantil  de que tais homens eram extraterrestres, pois os extraterrestres são os deuses aptos para atender a um tempo  de alto nível tecnológico, ou seja, justificar com uma tecnologia miraculosa, oriunda da mente de gênios telúricos, errar pela seara da poesia épica e da mistificaçao religiosa ou cultura.Uma línguas que atingiu as raias da erudição, tem um livro fundamental, pelo menos : Bíblia, Corão, Teogonia, Os sertões, Os Lusíadas, A Eneida, A Odisséia, As Metamorfoses, Os Upanixades dos Vedas, etc.
Os gênios e os sábios supremos, cujos feitos são heróicos e aparentemente impossíveis ou improváveis  de serem realizados pelo simples mortal,  no contexto atual,  e, mormente, no contexto de um tempo nu de tecnologia, a menos na literatura do espaço vazio  que a história não pode preencher, nem tampouco vincular ao que é humano ("demasiado humano" ) entram pela perna da lenda e  saem pelo pé  do mito, atendendo os ditames e as lacunas que o contexto da cultura que os lê não pode penetrar naquele universo escrito, cifrado pela cultura que o escreveu e leu em seu mundo único. Então nascem os heróis, deuses, extraterrestes,  consoante o contexto que lê e reescreve a língua e linguagens dentro de si, como se isso fosse possível de levar a cabo.
A leitura da Pedra ou estela de Rosetta é descontextualizada u  recontextualizada para  à época e o momento em que vivia Champollion, que não deixa de ser um gênio extraordinário, um verdadeiro extraterrestre em sentido figurativo, pois, pelo que se sabe, se existem ( e existem!) extraterrestes, esses são bactérias ou extremófilos analfabetos, que não lêem em grego, demótico, copta ou em hieróglifos. Quiçá possam as bactérias ler algo em geóglifos, nos textos fragmentados e seccionados que a terra produz desde os primórdios, antes das epopeias humanas-homéricas, da ciência em verso de Hesíodo. A leitura da Pedra ou estela de Rosetta ainda aguarda contexto.
A linguagem, que se polariza, modifica-se , consubstancia-se em linguagens, sendo essas linguagens a ciência mesma em sistemas para diletantes e profissionais. Povos de linguagem oral ou tradição oral não evoluem muito em conhecimento técnico ou intelectual. Sem o acréscimo do intelecto pelas linguagens o conhecimento é pífio, repetitivo, travado no limite, bastardo. É essencial os signos e símbolos e suas gramáticas e normas diversas para que  o intelecto tome à mão sua ferramenta abstrata que vem constituir um mundo à parte, de linguagens e nas linguagens, as quais permitem escrever ou desenhar os conceitos que nortearão o conhecimento, seus princípios de razão suficiente, sua axiomática, teorética, doutrinas, seu pensamento, enfim, envolto por essas formas de linguagens figuradas.
O que se fala e escreve numa linguagem ou numa "dinastia" de linguagens, não pode ser lida, senão restritivamente, em outro sistema linguístico, que não apresenta senão a língua, mas não as linguagens e suas mazelas,suas "idiossicrasias", idiotismos, particularidades intraduzíveis, por próximo que seja  povo em etnia, em tempo e  espaço que os separa e circunda.
Essas linguagens também cria formas ou geometrias e ideias que se sobrepujam conforme a necessidade e os objetivos. Senão vejamos:  arco mongol difere e muito dos demais arcos, pois as linguagens que o elaboraram tinha um diálogo diversificado quanto aos objetivos perseguidos com perseverança de homem obcecado.
 As pirâmides maias, astecas, toltecas, inca, não guardam similitude verdadeira com a pirâmide egípcia, conscientemente, porque são objetos realizados por outra cultura com suas linguagens inconfundíveis;  exceto na leitura que fazemos delas através  da ótica da geometria ocidental e as ideias de Platão, que nos dão a ler o que está escrito nas linguagens do filósofo da academia e nos "desenhos" com a arte abstrata de Euclides. Parece até que Platão e Euclides eram a mesma pessoa, pois as formas de Euclides correspondem às ideias de Platão e lhe dão formas econômicas de linguagens do desenho, simplificação que torna a ciência, inclusive a das pirâmides, possível, senão decorre necessariamente de uma a outra. Esse encontro ou intersecção ocorre por  necessidade, funda toda a engenharia e arquitetura, o desenho técnico e artístico e fornecem objetos à ciência e à filosofia : ontogênese.
 Lemos o que sabemos e podemos  ler dentro de um contexto linguístico e principalmente de linguagens que a fonte da leitura não aborda, conquanto na sua aparência externa haja similitude, similaridade,  porquanto mais complexa que a linguística são as linguagens em diálogo e dialética permanente.
O Egito faraônico tinha uma fortuna fabulosa, inimaginável, inenarrável, concentrada na pessoa do faraó, que era o centro ou sol de tudo. O faraó ou a vida e morte do faraó iluminava o Egito, era mais que o sol. O esporte ou a obsessão do faraó era evitar a ociosidade da população ; como a riqueza do reino era sem fronteiras, incomensurável, mormente por ser praticamente do clero , dos nobre e, mormente, do faraó, que concentrava essa imensa quantidade e qualidade de bens e serviços, tinha o governante, para manter a paz, evitar rusgas e insurreição, levante,dar trabalho infinito para a plebe ignara e indócil, que, somente assim, olvidados de si na labuta, mantinha-se dócil e manso, ocupados que estavam por toda uma vida, na construção da pirâmide do faraó. Cada faraó mandava construir sua pirâmide, era de praxe e, decerto, obrigatório, porquanto tal empreitada colossal era útil aos sacerdotes e aos nobres, que se empregavam como engenheiros, certamente por esporte, livremente,cujo escopo era exercitar o intelecto.
A pirâmide em construção centralizava tudo na figura do faraó : arte, ciência, política, economia, enfim, uma gama de atos e fatos que movimentavam a vida social e cultural do antigo Egito, ainda sem egiptólogos, por certo. Essa ardilosa, sagaz, arguta forma de governar foi copiada pela Igreja católica, que pôs a figura do Cristo como nuclear ( figura nuclear ) , em torno dela girando uma infinidade de artistas, artífices, sábios, eruditos, arquitetos, engenheiros, teólogos ( intelectuais) e juristas ( Direito Canônico); enfim, um mundo tão vasto socialmente que é impossível abarcar a cadeia completa de indivíduos e corporações envolvidas no processo construtivo-político.
A língua, sem as linguagens submersas,  sistemáticas, inconscientes ao homem comum, cavando cavernas na alma e no espírito do gênio e do sábio, não faz a ciência, nem tampouco possibilita estudos tecnológicos, porque não tem lógica, uma das linguagens-berçário; na melhor hipótese, tem uma técnica, forma rudimentar e incipiente de ciência.A prática e conhecimento teórico íntimo dessas linguagens é que habilita a ciência, a filosofia, a tecnologia, que entra no cérebro genial e passa ao largo da mente infantil do homem do povo, de senso comum.

 
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