A estupidez é um conceito que se aplica ao ser humano, exclusivamente,
mas não aos animais ou às inteligências artificiais, as quais apenas
copiam o pensamento humano estúpido, que é um pensamento deturpado,
sem liame ou vínculo com o mundo real; a estupidez ou estultícia é
uma espécie de esquizofrenia não percebida pela psiquiatria, por ser
tão presente no meio social, quase ou fundamento do mundo em
sociedade.
O estulto ou imbecil são vocábulos sinônimos, ambos se
apóiam em sua bengala de velhos antes do tempo ( velhice é uma forma
de "fenomenologia" da alma ( vida, movimento, "anima" no latim, de
onde se origina a palavra "animal", conquanto a alma "cristã",
teologicamente, ou em política teológica, não concerne aos animais,
mas somente aos homens, segundo esses "novos" evangelistas que foram
os teólogos medievos e mesmo os coevos, que só reconhecem a
alma-de-gato na onomástica do pássaro assim identificado
linguisticamente, pela linguística ) , que afeta, efetivamente, o espírito ou
pensamento, ser, essência). A imbecilidade apresenta sinonímia com
estultície.
A estultice é uma praga endêmica e epidêmica, uma peste negra, uma
gripe espanhola pior que essas epidemias porque têm vasto
espectro.Todos os males do mundo tem ocasião com o advento da
estultície, marca indelével do ser humano em sua imensa maioria. Os
estulto povoam a terra, daí a palavra povo segue como substantivo e
adjetivo simultaneamente, ocupando o mesmo espaço de significado no
significante ou corpo da palavra. Cerne e berne, no verbete para
mosca-do-berne ( "Dermatobia hominis"), verbete que é uma corruptela de
verme em língua de povo. Em língua de povo tudo é ovo, verme é
berne...
Nesse "berne" há um rasto de lesma de estultície, que causa
asco, que é asqueroso não no vocábulo, porém nos desdobramentos
mentais, nas operações intelectuais que evoluem negativamente do
pensamento do pernóstico, do imbecil que pensa que está a quebrar
regras, de modo crítico, no sentido kantiano do termo, no entanto está
tão-somente aventando oportunidade para o crime por estultície, que é
uma forma ( idéia ) de crime não captada pelo senso dos juristas, que
somente captam o que os políticos os fazem captar ou mandam eles
perceberam: é a percepção ou sensibilidade maculada pelo conceito de
estupidez, que mancha a humanidade gravemente.
Belo é um violoncelo tocando a gravidade; entretanto essa gravidade
enfermiça é melancólica,
a parvoíce é de se lamentar no homem ou mulher adultos.
Os jovens em geral, reagem contra essa parvoíce sistêmica; todavia eles
não possuem autoridade alguma, carecem de experiência e não podem
fazer muito contra a corrente da estultícia, muito genérica entre
adultos e velhos. As crianças escapam a isso, mas somente enquanto não
entram em contacto com as instituições que educam para se formar o ser
estúpido : a família, a igreja e a escola, a empresa, enfim, todas as
instituições sociais, cujo paradigma e origem é a igreja ou a religião,
nos casos de sociedades primitivas, neolíticas, paleolíticas, etc.
Contudo, os jovens são susceptíveis e podem aprender tal qual aprendem
os computadores ; por estupidez, pelo método estulto, que ´o método
sempiterno aplicado à inocente criança desde tenra idade, pela língua
e pela linguagem, que é mais vasta em sues signos, símbolos e sinais
que o idioma, cujo fito é atingir o intelecto, à memória e a
imaginação e nem tanto as emoções, os sentimentos, que fia a cargo dos
ritos, os quais cumprem essa função precípua da estultície, da
educação para formar papalvos, parlapatões, embusteiros, vigaristas,
padres, frades, pastores, médicos, profissionais, enfim, que todos se
defendem com a estupidez que aprenderam a venerar e obedecer cegamente
desde pequeninos.
Aos jovens fazem abrigar o mundo onírico da sociedade, passado pelos
indivíduos cuja individualidade foi bastante mitigada pela profissão
(profissão de fé), sonhos esses que por serem mendazes, meras
mentiras, trazem decepção e amargura , que acaba por alijar dos
processos de renovação, tornando-os, quando muito, eremitas dentro do
corpo social estúpido.
A essência da vida coletiva é a estupidez, não a
inteligência; ou , quando há mister da inteligência, essa inteligência
tem que ser mitigada, controlada, imbecilizada, enfim. Inteligência
faz mal ao corpo social, um corpo para o estulto, onde o débil mental
se sente à vontade e pode exercer sua inteligência política que, em
suma, e pura vigarice legalizada, por que os políticos são os donos do
poder e, consequentemente, do país ou cidade ou mudo em que vivem e
constroem seus territórios, com armas, direito, ciência, enfim, com os
escravos de todas as profissões formadas pela escola, fábrica de
tolos, que conquanto estejam de posse de toda a inteligência não a
utilizam senão de forma pífia e medíocre. a sociedade industrializa
não o aço ou o automóvel, mas principalmente o homem medíocre, o ogro
do desenho animado.
A lei obriga alguns ou muitos a ser o ogro e se
identificar com ele : isso é empatia social, coletiva, que faz do
homem individual um ser coletivo, totalitário como todo estado, que não
é estado algum senão em nome, mas homens que são esses estado, de onde
comandam o bando de gnus que é o povo. A alcatéia e o rebanho, esta a
relação natural que as palavras peneiram, tapam; palavras são
tapa-olhos para leitura minimizada; ínfima leitura com olho de
pirata,perna de pau, cara de mau... conforme canta uma bela marcha de
carnaval."Carnaval do Arlequim", obra pictórica de Joan Miró, artista catalão.
Os computadores são a essência da estupidez e inteligência
artificial,pois se se pode engodar as mentes juvenis com conceitos
sofísticos ( de sofistas, sofisma) ou mesmo sofisticados, cujo requinte impressiona até um
pintor impressionista, isso não sucede com o computador, que não tem
senso crítico, senso do ridículo, que o jovem, por mais ridículo que
se comporte, por mais macaco que seja ao arremedar seus ídolos
profissionais ( terminologia que está mais próxima nesta mundo em
atuação para prostituição ou meretrício, que da fé que caracteriza o
profeta autêntico, genuíno, que morre por sua fé, tal qual o mártir
cristão e os heróis comunistas, marxistas, que, por mais incauto que
possam ser, pensam, incomodam, podem ter despertado o senso crítico,
apagado pela educação estúpida que permeia toda a "mídia", enfim, todas as
esferas sociais.
O computador, não; é sempre um estúpido, age com
estupidez plena, irreversível; essa máquina não possui senso crítico,
nem pensa; responde ou reage ( pensar não é reagir, mas agir; reagir
é sub-ato; o ato é pensar, que se transforma em fato ao se realizar no
mundo ou fora da esfera do pensamento que, então, dessarte, se
aliena,e ai vem outro problema filosófico grave, profundo, áspero,
ruinoso).
O homem, mesmo o "estupidificado" pela educação obrigatória, está entre
o conhecimento e a sabedoria, ou seja, entre o saber, que lhe é
próprio e aos animais também, e ao conhecer, ato exclusivo do homem,
que está nos signos, símbolos e seus derivados como artefactos,
valores, histórias, filosofias, etc. Esse pensar ou conhecer, que
discrepa do saber, meramente ato ou reação animal e humana também,
fundada nos órgãos dos sentidos, e no organismo todo, está entre as
tensões do sim e do não, do positivo e do negativo, enfim, entre todas
a tensão, pois todas a s palavras para nomear as várias tensões nomeiam
na verdade a mesma tensão sob variegadas onomásticas por uma questão de
necessidade de comunicação antes que de conhecimento. Na realidade
dentre essas tensões que permeia todo o conhecimento humano está a
doutrina maniqueísta, pois o maniqueísmo é toda a doutrina da
ciência, da religião e só não cabe mais na filosofia final de
Bachelard que anunciava ao fim da filosofia, assim como Aristóteles foi o
fim da filosofia antiga. Bachelard fala da geometria e da
não-geometria ou geometria euclidiana e não-euclidiana, da química sim e
não e da demais ciências ou metafisicas que tratam o u migraram para o
sim e não o positivo e negativo , o mal e o bem cuja ligação ou liame é
feito pela doutrina maniqueísta, que as copula, as conecta, faz a
conexão necessária e tem vários nomes metafísicos embora seja o mesmo
espaço-tenso ou em movimento permanente, perene, que fica ente o bem e o
mal, com o qual concebemos todo o conhecimento. o conhecimento é isso e
está entre isso e nas respectivas polaridades, ou pólos, formando o
conhecimento, que os medeia e polariza e vai aos pólos antípodas.Maniqueu
que o diga e disse! - E o diz ainda.
Sem embargo, isso não oblitera o conhecimento, pois o conhecimento
transcende ( transcender é um apanágio ou atributo do conhecimento ou
do ato de conhecer, conceber), pois o conhecimento em sua apercepção,
no sentido kantiano, conhece mais, estende ou transcende as fronteiras
da imanência e do imanente vai ao transcendente quando ode conhecer e
conceber, graças á palavras, as quais podem tudo, assim como os
números, que podem até infinito matemático e abstrações algébricas ou
geométricas, os conceitos também saem dos vocábulos para conhece tudo,
pois o homem pode conhecer tudo, mas não sabe tudo; o que sabe está
em sua esfera de alcance dos sentidos, dos sensores, os quais medem o
mundo de fato, enquanto o conhecimento mensura um mundo de Direito (
no sentido que Kant fala em Direito em oposição fato, sendo,
portanto, o de direito aqui, puro ato, ou pensamento, hipótese que
pode virar tese quando fato, tanto no Direito quanto na filosofia que
engendra o Direito e o ato de direito ou louvado no Direito).
Entre o bem e o mal ou sim e não esteve o conhecimento até aqui, mas o
conhecimento transcende isso, está além, aquém e permeia o bem e o mal
ou o feminino e o masculino, ou quaisquer outras polaridades em
espaço tenso ou espaço de tensão , que pode ser o misterioso tempo. Não
somente transcende e é imanente a todo o "espaço" e "tempo" entre o
bem e o mel , a doutrina maniqueísta, que também reveste o sim e o
não, o macho e fêmea, o Yang/Yin chinês, enfim, o positivo e o
negativo e todas as polaridades, mas também está antes do bem e do mal
e das respectivas polaridades, medeia os pólos magnéticos ou
abstratos ou elétricos, eletromagnéticos, bem como vai além de todo o
espaço e tempo das polaridades, do espaço e tempo extenso entre elas e de antes ou do
espaço anterior e posterior a esses pólos norte e sul, por assim
dizer.
O conhecimento é todo expresso pela doutrina maniqueísta, conquanto não
seja bem aceito essa realidade. Todavia, a doutrina de Maniqueu
esqueceu dos espaços tensos de antes, anterior, e depois, posterior ,
do espaço e tempo no qual
colocou o bem e o mal, que são extravasados numa nova visão, que, de
certa forma , já passaram pelo crivo da intuição de alguns filósofos
coetâneos, se o há.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
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