A atual tolerância com aleijados ( ou mais brando; " deficientes
físicos" ), ainda há pouco, meados do século passado, denominados, não
sei se de maneira ou com conotação assaz pejorativa, de inválidos os
"inválidos" suscitados pelo imaginário da época, que os vestia assim,
mas que , atualmente, ou atuando nas cenas do novo teatro montado pela
cultura, continuam identificados com outros apodos; a saber :
"pacientes", doentes, enfermiços, alcoólatras, homossexual, enfim, os
eufemismo grassam como se fora peste endêmica, típica do país pudico,
que na realidade é impudico ou, antes, indecente, eivado de uma
pudicícia injustificável ante a imoralidade, amoralidade e outras
aberrações morais e incompatíveis com a atitude ou a farsa truanesca de uma
suposta donzela pudibunda ou mancebo que leve a sério tal pudor
representado ), homossexuais, mendigos e outras "minorias" não é
virtude alguma, mas está calcado no interesse, o móvel é o interesse
da "coletividade" ( sendo essa suposta "coletividadade ou "guildas ,
no sentido medieval, corporações postadas para bem além do bem e do
mal, ao menos no fervor doutrinário pingue em uma maniquéia legal,
aonde o "locus" do bem ( e não do estudo, que o estudo é uma farsa
grotesca no caso e conforme os mandatários do país apresentado como
objeto de ciência, quando há alguma ciência em foco) , enquanto
objeto conciso posto na qualidade de ser ou essência, ou área de
estudo, ao postular o pensamento, no local ou área estudada ( "locus",
tópico) fato que alguns debilóides ainda não lograram ler no texto da
cultura por causa do analfabetismo congênico ou funcional, eo peso do
costume, que verga o pensamento, falseando o maniqueísmo, porquanto
cultura e analfabetismo "tópico" ( no "locus" ou "in loco", no estado
sob julgamento científico, "sub judice" intelectual, não normativo, ou
despótico, que é o que sói acontecer com a "ciência oficial ou de
governo", pensamento de sátrapa e caudilho, com assepsia de uma
mínima perspectiva filosofante, pois ciência sem essa perspectiva da
filosofia é mera informação ou comando doutrinário, norma camuflada,
exercido por "doutos" sob o movimento do desenho na pantomima do cetro
real, a batuta da orquestra dos espíritos subservientes ).
A cultura e o analfabetismo, alocados numa maniquéia desfocada, são
interfaces ou facetas laterais do Narciso aviltado por aberração
étnica, ( antigamente “racial” ou raça, cujo teor apelativo e
pejorativo obscurecia o discurso) , que produz, no caudal cultural e
atávico , o pernóstico, um lamentável atavismo ( estas últimas
palavras, outrossim, estão no
índex dos puritanos em disfunção ).
Estes os desdobramentos noéticos, que influem na corrente do ético, da
maniquéia., sendo que a própria maniquéia não é um maquinário ético ;
aliás, nada o é, pois o ético está radicado no comportamento , sendo
este comandado por instintos entremeados à racionalidade, no homem,
porém somente passível de estudo no campo da noética, que narra ou
abstrai da história anterior à história, que é a escrita do que já é
fato, quando antes de escrita não é a história, mas natureza emergente
no ato, indo ao encontro do fato, que é o ato pretérito descrito,
narrado ou dissecado na análise crítica ou assertiva posta em forma
literária de dissertação com fulcro no ato passado, então fato
escriturável, histórico, historial, historiografado em moldes
científicos ou dando ênfase a um enfoque “conjectural-científico” (
conjectura?) , isento ou imune às críticas dos não iniciados, tratados
como bastardos ou ilegítimos no processo cognitivo, que elege seus
“cognitores” e põe outros no ostracismo ou no ridículo. A história é
a escrita do passado, do que não age mais, senão enquanto fato
escrito, grafado.
Os déspotas no poder aviltam o povo, controlam o povo como crianças
tuteladas, agem qual o tutor do menor e, destarte, são um óbice para
que a nação tenha um governo, porquanto o despotismo não é governo,
mas pré-governo, é a forma "desgovernada" que se seque á ditadura ou
tirania, cada um com seu matiz, distintos por sutilezas que vão ao
paradoxo de sorites.
A ditadura, obviamente, é o governos dos
malevolentes, dos ignorantes, dos estúpidos, dos arrivistas,
aventureiros que se fingem imbuídos de bons sentimentos : o governo do
homem, que, sem digressões, é a submissão na peleja, do homem sob o
homem ou de um homem sobre outro homem, do submisso e do que submete
outrem à força, essa "governança" na abastança é a loucura ou
estultícia de Erasmo
o de Roterdan exercendo o poder, que é sempre absoluto, um
absolutismo asqueroso e insidioso, aleivoso, pérfido, porquanto é a
aleivosia, a perfída que confeccional a máscara dos déspotas, sejam
monarcas ou oligarcas.
Não há governabilidade sem submissão clássica, tão antiga quanto a
face dos seixos no álveo do rio ; por isso, os bons governos ( esse
"mal necessário do século",
para evocar um livro do poeta Alfred de Musset, do romantismo francês,
um lírico idílico, como sói a qualquer governo no sua locução, mas não
nos atos do teatro político, sempre salpicado de segredos e crimes
enterrados sob o "espírito das leis", no canto do filósofo sábio, que
não encontrou ressonância de sua sabedoria nas coortes).
A tirania é o governo da prevaricação, de todas as formas de corrupção.
É a forma de governo incipiente, a qual se centra num pólo negativo do
maniqueísmo, mas se põe a escrever nas leis a apologia mendaz do pólo
antitético.
Esse "governo" em vórtice ronda a democracia em vários momentos de
tensão exacerbada e está sempre em colônia nos cartéis, corporações (
é o espírito do corporativismo, parasita a alma dos papalvos, dos
energúmenos, dos mentecaptos, derrocadas sob seus monopólios, graças
ao espírito do paradoxo que anima a sabedoria ou conhecimento por
signos, símbolos e sinais naturais ) e vige, outrossim, sob a forma da
oligarquia, um despotismo do dinheiro, onde o governo ou a
governabilidade irrisória cessa abruptamente quando esse senhor
mefistofélico, porém, ao mesmo tempo feérico, deslumbrante, entra em
cena, no Fausto do Goethe, quando encenado socialmente, no amplo
anfiteatro da política, sob os auspícios de Maquiavel, pensador
político italiano; aliás, o único realista em política ou o que chamam
hoje de geopolítica , seu padroeiro, santo dos astutos, do orador
assaz sagaz e, contudo, para além do espírito de Maquiavel e do
príncipe, se se pode transcender tal sabedoria de convívio, um
sociologismo sensato, assisado, conciso e com siso ; e mais : do
maquiavelismo escuso que move a política, a geopolítica intensa, cheia
de ardis sutis, fonte de interesses e egoísmo mórbido, insalubre,
nefasto, a temperar o apetite de algum falastrão ou canastrão a
dramatizar , enquanto protagonista, um déspota no poder. No poder
todos são déspotas, não importa o regime ou a dieta.
A morbidez hospedeira nessas almas é uma peste endêmica e epidêmica,
uma peste negra, responsável pela morte de muitos homens nos campos de
batalhas, nos vários "fronts" corriqueiros, não iluminados pela
luciferação dos filósofos e dos "pirilampos" errabundo em céu noturno,
outros luminares além dos luares.
O maquiavelismo e a teodicéia são "locus" ou
áreas de conhecimento colonizadas pelo maniqueísmo clássico, que
arremete qual um aríete, na teontologia ou onto-teologia, aplicação
sintética da maniquéia, essa máquina de pensar, sobre o ser e o ser
supremo.
A"coletividade" nada mais é que alguns comandantes ou ditos
formadores de opinião ( as oligarquias ativas, dinâmicas, a subsistir
às tiranias infindáveis ), ou seja, em clareza meridiana : os
mandatários e os donos dos mandatários, que é este mundo o mundo sob
a batuta do maestro "dinheiro" ( economia, finanças são alguns
eufemismos para "calar" o tilintar das moedas em profusão em vida de
poltrão ).
Na "coletividade" há o "acervo" dos exlcuídos do convívio social pela
lei ( "dura lex, sed lex" ) dos poderosos senhores do planeta Terra :
os prisioneiros, loucos, vagabundos, insurretos, enfim, uma coleção ou
coletivo para Goya ou Brueguel por em crônica perene; retrato de época
antes da filmoteca. Os prisioneiros, alijados da vida social, são os
novos escravos sociais, porquanto perdem, ao perpetrar um crime, todos
os seus direitos de cidadão e é tratado como escravo, abaixo mesmo do
animais, conquanto a maniquéia para isso sussurre docemente "Direitos
Humanos"a fim de desviar o foco para um pólo que não há, revirando a
seu alvedrio os olhos dos tontos, que são muitos com boa formação para
a conveniência da cegueira ou a leniência morosa, a lenidade em
cristal, dócil ao tempo geológico, e do leniente cristão devoto com
ex-votos à mancheias, num exibicionismo torpe, banal, maquinal.
Os excluídos pela maniquéia do poder, que faz funcionar a máquina de
pensar dogmaticamente sob um maniqueísmo raso, ralo, incipiente e
amoral, dista as polaridades maniqueístas em duas frentes : uma para a
prática do discurso,onde polariza todo o bem imaginário, idílico,
utópica, abstrato, ilusório; enfim, o tecido do eu de Maia para
ocultar a face de Maria, a bela “Virgem das Rochas”, de rosto
perfeito, extrapolando o postulado extraído do paradoxo para o
perfeccionista cuja candidez beira à “alvatura do círculo” e não à
quadratura ; os alijados de todos os Direitos mínimos ( até para o
Direitos dos animais ) pensam, no interegno ou lapso de tempo que
apodrecem no cárcere, nos ergástulos ou porões da lei, que ali,
naquelas masmorras, naquelas galés, vige a lei do maligno, o
cramulhão, o capiroto, enfim, as personagens em vocábulos de João
Guimarães Rosa, figuras da geometria psico-social originárias das
lendas cujo “arrasto” vem da tradição oral, da oralidade, são tão
populares e em convivência diária conosco, quanto os caracteres postos
na comédia de arte italiana, personalidades essas onipresentes na vida
cotidiana, tanto nas camadas populares, no populacho, quanto na escol,
nas elites que comandam o circo canhestro com veemência e impiedade.
Alvíssaras!
O dinheiro ou a economia política, como gostava Marx de pensar, é,
efetivamente, o primeiro poder, quiçá o único, onipresente, onisciente
e onipotente, abaixo de um deus folclórico ou lendário ou mitológico,
consoante o rito a aplicar aos "mistérios de Elêusis" ou eleusianos,
os quais mistérios deixam alguns embevecidos. Outro poder ( se existem
três poderes, essa tríade é para servir aos poderes maiores, que a
trindade aqui é poder menor, majoritário apenas em voto para o
executivo, que fazem os outros três porquinhos, bailarem de nédios e
luzídos. Um " porco pingue da vara de Epicuro", no dizer de Erasmo de
Roterdão). De lembrar que vara é coletivo de porco.
Aliás, o maniqueísmo, é meramente o interesse na sua forma poética,
utópica, idílica, romântica, filosóficos, ou seja, os interesses
enfeitados como uma bela mulher cheia de adereços, adornos e gemas preciosas
valiosas, presentes ou brindes de homens abastados, aptos a comprar
mulheres no mercado negro ou outro buraco negro que a sociedade abre
nas brechas da lei, nos gargalos para nababos. A mulher quase sempre é
venal, porquanto a sociedade a põe como mercadoria para escambo e não
troca. Ela, inconscientemente, é uma espécie de pitonisa, sacerdotisa
ou prostituta sagrada, representando ritualisticamente um drama , que
termina em tragédia, o qual é uma reminiscência do comérico de
escravos e do escambo. Vivo em seu genoma ou em todo o seu corpo, por
onde flui o sangue feminino, desde priscas eras, ó sibila Prisca!
O interesse é a maniquéia da realidade social, não da idealidade. A
idealidade encontra seu pólo-maniqueu no conhecimento, enquanto a
realidade o acha na sabedoria, sempre silvestre, de bom alvitre no
bote da víbora do Gabão, bufadora, de Ruswel. De quem seria a
víbora?!
O tempo é um tecido ( história, tecitura, trama e drama ) do homem,
mas do homem no poder, com o qual se veste e veste os demais, com
vestes talares ou roupas para penitentes, frades, mendigos, pois a
veste diz da túnica que veste o homem por dentro, enquanto indivíduo e
por fora, enquanto ser social ou "animal político". ( Não sei se a
palavra “indivíduo” no duo final, exprime alguma dualidade, abordada,
quiçá, por Freud no ego e superego, conforme o jargão psicanalítico ou
da psicanálise.
Cada tempo é fabricado na indústria têxtil da história dos mandatários e vige
consoante os interesses do grupo no comando do mundo ou tempo, que o
mundo do homem é mais tempo que espaço, basta ler os retratos ou as
pinturas a óleos desde Jan Van Eyk ( no claro-escuro do artista pode
se ler toda a maniquéia presente nos desenhos e coloração : toda a base
do pensar tem seu alicerce no maniqueísmo, assim também o tempo e a
eternidade não refogem ou vem refutar a maniquéia óbvia, uma obviedade
peremptória ) , o qual enceta a escola flamenga.
O tempo é um artefato humano, meramente humano, se é que algo é
"humano" no sentido humanístico ou do humanismo, uma doutrina que traz
em sue bojo uma veemente utopia, uma grão de mostarda de idílio,
porquanto toda obra proveniente do conhecimento humano é unilateral,
oposta ao maniqueísmo em sua essência individual e solitário, pois o
maniqueísmo ou a maniquéia é uma maquina que somente funciona
socialmente; cumpre função política, está entre o crime e tudo aquilo
o aquele (a) que concebido (a) sem pecado.
O tempo, não existe, senão enquanto instância da temporalidade, um
fenômeno "humanóide", em sentido metaforizado para significar o que
ainda não e significado; o temo não é conhecido em natureza vital, não
tem posse de alma natural, não é em si; aliás, nada, pois nada é em
si, mas no ser ou pensamento do homem; logo, em concomitância, uma vez
que o tempo é tão-somente um ser ou essência do homem, uma instância
do homem ( não há "coisa ou ser em si") , um ser oriundo de suas
elucubrações mentais, com origem em seu estro, algo que não é nada (
que é nada? Há um ser para o homem cognominado de "nada", a essência
do niilismo em evidência , uma rapsódia filosófica do homem pra um
ser, que é um não-ser paradoxal, um ser em nada : o zero ou ente
matemático-filosófico, algo lógico, metafísico, que só existe assim,
enquanto é sempre em pensamento; o pensamento que é uma instância do
ser ou essência das coisas e entes, mas não da existência ou realidade
desses entes expropriados no fenômeno, parte ou receptáculo do mundo
na sensibilidade do homem e animal em vida ); um nada, enfim,
retirado ou posto pelo pensamento com a nadidade ( o nada dada à mente
pensante ou ociosa, de um ócio elementar ) , pela filosofia enquanto
gnoseologia, ontologia, noética, etc., e as demais ciências que não
são filosóficas, mas técnicas para gerir os artefatos e o gentio.
O tempo do homem, nunca apolar, isola, em cada época, uma maniquéia
como bem e reserva outras para mal, consoante os interesses mesquinhos
e meticulosos dos senhores no poder, sempre feudais, sempre sob a
maniquéia do feudalismo em desenhos inovadores, novo, inovador
"design" na medida mediana e medianeira e na proporção sintática e
semântica ( é, outrossim, um semantema! ) da geometria do tempo. Toda
ciência ou consciência é de época ; a vestal é mito para se ler em
escrita “cuneiforme”, ou seja, ler sem inteligência, em menoscabo ao
contexto inter-conectado no texto. Ao texto em “simbiose” com o
contexto.
Seria o homem um animal decimal? Ou um ser fincado na maniquéia, moto
contínuo de seu pensamento, no paradoxo do moto contínuo, o qual não
existe em natureza ou realidade, mas sim num diagrama humano. E a
maniquéia uma máquina azeitada para atender o surto de interesse de
época, que modifica suas polaridades, conforme as necessidades do
padrão vigente na lei que zela pelo princípio do interesse, princípio
magno da sem-razão, que não ofende o irracionalismo nietzschiano, o
materialismo de Marx, Engels , e outros mentores e disseminadores do
materialismo dialético, tão amado pelos iconoclastas quanto detestado
pelos seus detratores, os sacerdotes idólatras, nem tampouco o
niilismo de Jesus, um niilista de um radicalismo profundo, o qual a
igreja abomina, opera na doutrina por meio de distorções textuais e
contextuais, ortodoxa que é , fundada na austeridade de uma ortodoxia
paradigmática , incapaz de propugnar um ideário teorético discrepante
aos interesses dos senhores no poder de época ; portanto, não
propugna, nem tem a presunção de propugnar premissas ou silogismos que
objetivem instigar amotinamento, motim, levar à insurreição, ao
levante, ou todo e qualquer ato ou fato que possa vir a provocar o
descalabro, a derrocada do “status quo”, vigente há século, antes nos
costumes, hoje na força da lei que cala o desordeiro, o adversário a
vencer na outra ponta do maniqueísmo : débil êmulo, que os próprios
senhores instigam a se comportar do lado “negro” da lei : no mercado
negro, câmbio negro, na calda da noite negra ainda freqüentada por
Íncubos e Súcubos, sob outra terminologia cujo escopo é elencar ou
arrolar um glossário com neologismos aptos a fundar verbetes para
novas maniquéias , inovadoras somente nas palavras, não na idéia
nuclear do maniqueísmo, cujo estratagema sempre foi o de infundir
pavor na ralé, manter o povo sob um terror diuturno , de forma a
escrever seus códices, não apenas nos alfarrábios, mas também no
coração da plebe lastimosa, nos quais desenrolam os dramas e as
tragédias e as comédias, cujas personagens são estes debilitados
opoentes expulsos para o mercado negro com seus guetos amarrados nos
símbolos que grafam na forma dúplice da palavra e do desenho
geométrico que mensura os objetos no tempo e no plano, no âmbito do
tempo vivido, que, posteriormente, serão descritas e narradas suas
histórias, seus dramas e tragédias anunciadas, sob a forma de ciência,
filosofia, teologia, ou na esfera dramática da arte, aproveitando o
adubo fértil no túmulo e no além-túmulo, ou as cinzas esparsas ao
vento, panteísta cético, depois que o tempo arrastar consigo as vidas
em ato no teatro do gueto, quando do “arrasto” “aerodinâmico” da
morte, a inelutável anunciada pelo anjo “torto” em poema de Manuel
Bandeira, anjo posteriormente capturado por Carlos Drummond de
Andrade.
As peripécias ou périplos dos pobres para sobreviver é entretenimento
cruel para o abastado,o opulento, o homem de vida nababesca, o
perdulário contumaz e indiferente, cujo capital foi ganho facilmente;
portanto se divertem, enquanto espectadores do drama e da tragédia
alheia, esses senhores dos dois mercados, por onde a lei passa com um
hálito diferente na brisa, haurindo as fragrâncias na aragem tépida,
na tepidez lânguida da tarde que se curva em sol para o lusco-fusco.
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